Natasha Romanoff

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O silêncio dentro do automóvel era tenso, Mike olhava pela janela e se recusava a responder qualquer tipo de pergunta que direcionamos a ele, o rostinho vermelho e o bico emburrado me davam vontade de chorar junto com ele, minha esposa por outro lado me olhava com o cenho franzido quando funguei e limpei uma lágrima que descia pela minha bochecha.

Algumas gotas de chuva desciam pela janela do carro, o veículo deslizava pela pista molhada, o cuidado de Natasha ao dirigir com esse clima era dobrado, não estávamos longe de casa, mas parece que todo mundo de Ohio resolveu sair ao mesmo tempo e estávamos presos em um engarrafamento horrível.

— Eu tô realmente preocupada com vocês dois - virei o rosto na direção da ruiva, encontrando ela alternando o olhar entre nosso filho no banco de trás e eu.

— Machucaram ele, amor - eu disse com pesar, abraçando meu próprio corpo e me encolhendo no banco do carro.

Natasha manteve a confusão evidente em seu rosto, mas dessa vez uma risada baixa escapou de seus lábios.

— Foram vacinas, meu bem, isso vai protegê-lo - minha esposa levou a mão até minha coxa, deixando um aperto ali, eu olhei pra ela com um bico emburrado, igual ao o de Mike.

— Mas ele tá tão triste... Ele é tão pequeno, amor... - a ruiva do meu lado desviou o olhar para o olhar o banco de trás.

Ela se esticou um pouco, e com isso alcançou a cadeirinha que nosso filho estava, Natasha deixou uma leve carícia em sua bochecha, Mike olhava pra ela com uma certa admiração, mas ainda estava meio choroso.

— A mamãe vai fazer a dor passa já já, tá bom? - ela usava um tom de voz especial, que era direcionada apenas para o nosso garoto, Mike pareceu entender o que ela disse, abrindo um pequeno sorriso que logo contagiou nós duas.

A Romanoff voltou a olhar pra frente quando o trânsito finalmente começou a andar, de vez em quando a ruiva olhava pelo retrovisor o banco de trás, e deixava alguns aperto em minha mão.

Nós tínhamos adotado Mike a algumas semanas, apesar do processo ter levado alguns meses, o garoto agora nos seus nove meses e é a primeira vez que o levamos para vacinar, e ver meu bebê chorando me dar vontade de chorar também, podem me julgar. Ainda que Natasha sabe lidar com isso melhor do que eu.

Quando finalmente chegamos em casa, minha mulher pegou nosso filho no colo, tentando proteger ele dar chuva até entrarmos em casa, nós tiramos os casacos em cobriam nossos corpos, e logo tratei de tirar as várias camadas de roupa do garotinho.

Imagine girls - 2Onde histórias criam vida. Descubra agora