2003...
Eu acho que estar saindo do Brasil é algo bem estranho, mas por outro lado muito interessante, pelo fato de agora poder conhecer muitas coisas novas, já que os Estados Unidos é um país certamente "diferente".
Diferente digamos não de uma forma ruim, mas pelo contrário. Os Estados Unidos é um dos países onde se há uma concentração maior de famosos, coisas legais para se fazer, lugares interessantes para conhecer, por exemplo, a Disney, a calçada dos famosos e entre outras coisas. Não querendo menosprezar o Brasil, pelo contrário.Estou muito animada para esse novo começo, estou muito animada para viver esse novo ciclo.
Apenas vejo nuvens e nuvens no céu, estou sentada na poltrona do avião observando a paisagem e imaginando como tudo pode dar errado. Minha vida no Brasil era boa, eu gostava de lá, tinha meus amigos, sabia falar a língua, pelo menos... bom tinha algo que estava sendo vivido, mas enfim, é oque sempre minha mãe diz "as coisas acontecem por que elas têm que acontecer" nunca acreditei muito nisso, até porque a maioria das coisas acontecem por nossa iniciativa, não estou nesse avião por conta de um passe de mágica, estou aqui por que minha mãe teve a iniciativa de comprar a passagem ou do trabalho oferecer essa oferta.
Depois de algumas horas...
-Filha, filha acorde vamos - ouso minha mãe resmungando no meu ouvido e balançando minha coxa.
-Hummm... -resmungo
-Filha você vai querer tomar café da manhã?
-Que? Eu?Claro que vou querer- digo acordando rapidamente e meio sonolenta.
-Oque tem?-pergunto
- Isso aqui.- minha mãe aponta para uma bandeja com um misto quente, um suco de laranja, uma uva e um bolinho de aparência duvidosa. Mas mesmo assim como, estou morrendo de fome, não comia deste da hora da janta do dia anterior.
-Queridos passageiros peço por favor para que ponham o cinto de segurança para melhor segurança de vocês caso haja turbulências no pouso. Obrigada pela compressão!
Você acha mesmo que vou por esse negócio apertado e desnecessário que não segura nem uma pena? Ahhh, mas não vou mesmo, puta que pariu viu!-digo em pensamentos.
Mas para minha infelicidade minha mãe percebeu que eu não havia colocado o cinto.-Layla coloque já o cinto. Se você não por vai causar problemas para gente.
- Ahh mãe sabe oque que é.
-O que?
-Não estou muito afim não sabe?- digo dando uma risada de lado.
-Layla, agora não é hora de graça sem graça, vamos coloque agora a porra do cinto- diz minha mãe transparecendo um pouco de raiva.
Talvez minha mãe esteja exagerando já que é só um cinto, que além de tudo não vai ajudar em merda nenhuma e também se o avião cair quem disse que ele vai virar um helicóptero de combate e me salvar de uma trágica morte!
Mas não querendo causar mais problemas coloco ele.
-Hmm- resmunga ela parecendo orgulhosa, mas com ela mesma viu!- Queridos passageiros, acabamos de pousar então pesso que com cuidado se levantem e podem pagando suas bagagens de mão. Obrigada e desejo um ótimo passeio para todos!- diz a aeromoça.
Nossa graças à Deus não aguentava mais, puta que pariu 9 horas sentada é pra acabar né, e ainda mais sentada nesse cadeira puta desconfortável, com essa porra de cinto incomodando e essa comida de aparência totalmente duvidosa.- reclamo em minha mente, como se eu fosse a última bolacha do pacote.
Desço do avião já indo direto para a imigração. Não gosto desse processo é apavorante.
Passo por uma rampa sem graça preta, e vou em direção a esteira de bagagens. Chegando lá pego as malas minhas e as da minha mãe.Começamos a andar para fora do aeroporto para tentarmos pegar um taxi, e pelo jeito ia ser um pouco difícil pelo tanto de gente que tentava fazer o mesmo que nós! E para piorar nem inglês eu sabia direito, iria aprender aqui na escola com um professor somente para pessoas de fora, eu realmente estava assustada com toda esse mudança repentina! Mas eu não posso negar que amo uma aventura.
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The room 483...
RomanceUm segundo encontro pode sempre acontecer, mas esse aconteceu da forma mais... Layla, uma menina que se muda do Brasil para os Estados Unidos, e acaba conhecendo uma banda, que no caso eram seus vizinhos, só não esperava que depois de 4 anos eles t...