Capítulo 54🎸

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A rua hoje a noite está muito movimentada, os bares estão super cheios e os pequenos restaurantes também encontram-se lotados. Enquanto dirijo penso no plano em que Bill me ajudou a planejar, na conversa que infelizmente aconteceu entre mim e Tom, e em toda a porra que está acontecendo comigo! A pressão dentro da minha pessoa está extremamente grande, eu não queria que tudo acabasse desse jeito, eu não queria que tudo isso tivesse acontecido desse jeito. E tudo é minha culpa!
Decido colocar uma música, para espairecer e tentar esquecer de tudo que acontecera nesses últimos dias.

Beyoncé-Crazy in Love

A batida da música começa e o ar suaviza no mesmo instante. Começo a me movimentar agitada no banco onde estou sentada.

-Yes... whoo, ow

- It's so crazy right now- canto freando o carro no semáforo.

-Most incredibly, it's ya girl, B.

- YES- digo batendo a mão no volante do carro. As batidas do começo da música acabam e a diva da Beyoncé inicia a sua parte.

- Uh oh, uh oh, uh oh, oh, no, no ow
Uh oh, uh oh, uh oh, oh, no, no
Uh oh, uh oh, uh oh, oh, no, no
Uh oh, uh oh, uh oh, oh, no, no

- YEAH- repito.
...

-I look and stare so deep in your eyes
I touch on you more and more every time
When you leave, I'm begging you not to go

...

O refrão começa, eu aumento o volume da música e começo a cantar ele, ou melhor gritar.

-Got me looking so crazy right now, your love's
Got me looking so crazy right now (your love)
Got me looking so crazy right now, your touch
Got me looking so crazy right now (your touch)
Got me hoping you'll page me right now, your kiss
Got me hoping you'll save me right now
Looking so crazy, your love's
Got me looking, got me looking so crazy in love

A sessão que a música me trás me faz esquecer completamente da realidade que estou sofrendo, isso sempre se repete quando estou tocando com os meninos e quando sou possuída pelo deus alemão: Tom Kaulitz. Odeio pensar que tudo possa ter acabado e principalmente que essa merda é minha culpa! As vezes me pergunto o por que estou me culpando, não fiz nada de errado, mas sei que tenho uma grande responsabilidade em tudo que está acontecendo. Abandonei Tom, isso é fato, dexei ele, demorei para voltar e enquanto não voltava fazia coisas para esquecer dos problemas e principalmente da saudade que senti, mas em nenhum momento trai Tom, ou quebrei a confiança que ele depositou em mim no tempo que ficamos separados.

Estaciono em uma vaga e desso do carro. A praia está lotada, como o resto da cidade. O barulho do mar está impossível de ser ouvido, o som da música abafa qualquer outro ruído da natureza.
Tiro as sandálias e sinto a areia gelada em meus pés, ando em direção a aglomeração, logo avisto Bill e o resto da banda. Me junto a eles, nesse tempo evito olhar para Tom, acredito que seu olhar está igual na noite em que discutimos, transbordando desgosto.

[...]

- Laylinha, vem pegar uma bebida comigo?- Bill pergunta.

- Tá!- respondo com tédio. Me levanto com ajuda do mesmo e vamos em direção ao bar. Nos apoiamos no balcão e enquanto isso consigo perceber os olhares em nossa direção. Antes que perguntem, ninguém sabe, eu imagino, sobre o que está rolando entre mim e Tom.

- Uma batida de baunilha, por favor!- Bill pede e abaixa a cabeça suspirando.

- Está desesperada, é?- ele pergunta direcionando seu olhar em minha direção.

- Imagina, estou com cara de desespero?

- Por quê se for, não é só a cara que está desesperada!- digo brincando, Bill ri tomando um gole da bebida, que acabara de chegar.

- Nossa!- ele diz elogiando o seu drink, imagino.

- Então tá, é um seguinte, fica de boa, tudo vai acontecer como planejado, a não ser... que Tom deseje que ocorra de outra forma!- Bill diz dando outro gole em sua bebida. Nossa, sem problemas se isso acontecer!

- O vou retomar o plano. Se vai tentar atrair Tom para algum lugar, sei lá, vai deixar ele durinho e depois o mesmo vai voltar para você, com o rabo entre as pernas rapidinho, fácil, facil!- com a fala de Bill, percebo o quão bêbado o mesmo já está, pois o que ele acabara de explicar não foi o combinado que fizemos ontem a noite, claramente bebeu muito mais do que uma batida de baunilha!

- Fácil?- debocho incrédula.

- Sim, mamão com açucar!- Bill distância-se cambaleando. MISERICÓRDIA, FUDEU!

[...]

Estou sentada no banco do bar, apenas observando a pista de dança. Forças dentro de mim me matam para eu levantar minha bunda e remexe-la! Então rapidamente me levanto e vou dançar. Chego ao meio da pista, embaixo do disco ball e lá começo a alimentar as lombrigas enquanto remexo o meu corpo. Movimento meu corpo com leveza, passo minhas mãos sobre mim, as descendo e subindo-as, meus quadris ganham vida própria, tudo em mim se movimenta sozinho, a música toma conta do meu corpo, o ritimo, o momento, a adrenalina transbordam prazer. Por minutos, esqueço o quão merda minha vida está, mas...
De repente sinto duas mãos, elas me agarram com confiança e força, acelerando meus movimentos e sensações. Quem quer que seja que esteja atrás de mim, sabe dançar, e muito bem! MAS NÃO DEMORA MUITO, PARA A FIXA CAIR!

- TOM!- digo assustada, tento me virar, mas o mesmo me impedi de fazer isso e continua a se movimentar junto ao meu corpo. Ele me segura agora com brutalidade, suas mãos chegam a machucar meus quadris.

- Tom está me machucando, Tom!- resmungo em seus ouvidos.

- Tom, por favor, está DOENDO!!- ele não responde e continua me apertando.

- QUAL É O SEU PROBLEMA?!!- grito conseguindo me soltar das suas garras.

- Sabe, o meu problema começou quando você decidiu aparecer em minha vida... QUANDO ME APAIXONEI POR VOCÊ! PORRA!

- Você não enxerga, que o problema é você? Tudo acontece por sua culpa!

- O fato de eu não ter mais um bom relacionamento com Gustav aconteceu por sua culpa, por eu brigar com meus sentimentos todos os dias... sentimentos idiotas que sinto por você... isso é tudo sua CULPA!

- PORRA!- ele diz gritando, as pessoas a nossa volta param tudo o que estão fazendo  no mesmo instante e voltam suas atenções em nossa direção.

- Tom... Por favor- suplico segurando seu rosto em minhas mãos, as suas lágrimas descem, escorrendo pela minha pele. Ele rapidamente as tira do local e me olha fixamente e de uma forma extremamente penetrante. Seus olhos estão com uma sensação de morte. Não sei dizer. Talvez cansaço...

- Layla, por que você me deixou, por que fez isso? Por quê você preferiu dar o CU para o farmacêutico em vem de me DAR?- sorrio com sua fala sem noção. Tom olha para baixo com um sorrisinho, mas sua face logo volta, transbordando possessividade.

- Eu nunca...

- Eu...Eu estou assim, pois você deixou de me amar, agora, é a minha vez. Você vai ver o que é sofrer de verdade, você vai sentir o que é ser corroído por dentro e por fora, vai ver o quão injusto o amor pode ser, você vai suportar uma agonia deseperadora e eu... bem eu também.- sua fala soa como morte... destruição, é como se Tom estivesse cansado, morto de lutar... Por mim? Se isso é tudo minha culpa... então tenho que desaparecer. Não apenas da sua vida, mas do mundo, isso vai ser um privilégio.

Oii gente mais um episódio para vocês. Cara, tá triste isso em, Porra! Você deixou de me amar e agora é a minha vez... CARALHO!
Beijos beijos 😘😘😘

The room 483...Onde histórias criam vida. Descubra agora