- Layla, querida, vamos entre!- Simone a mãe dos meninos me recebe com braços abertos, ela me abraça com força, o aroma nesse exato momento cheira a saudade e carinho.
- Oiii!- digo meio ão seus braços. Nos soltamos e vamos em direção a mesa. Ela pega minha mala e a coloca em algum canto.
- Os meninos logo, logo chegam. Enquanto isso, estou preparando um bolo, bolachinhas e um pãozinho para vocês comerem!- Simone fala alegremente mexendo a massa de alguma comida citada.
- Deixa eu ajudar, por favor!?- Peço choramingando, a mesma olha para mim esbanjando felicidade em seu olhar, ela lança um sorrisinho gentil e acena com a cabeça. Vou até ela e coloco mão na massa.
- Forminha de coração, para os apaixonados!- ela fala enquanto coloca o objeto sobre a massa de bolacha, pressionando-o. O sorriso em meus lábios desaparecem rapidamente e a dor os preenche. A minha vida está sendo difícil de vive-la, deste a última mensagem que ele me mandou. A palavra tempo fica se repetindo diversas vezes em minha cabeça, me lembrando da perturbação que senti lendo-a. Sabia desde o começo, que era o certo ambos tomar esse partido doloroso. Não sei de que maneira, Tom está levando esse assunto, talvez deve estar se afogando em mulheres novamente, talvez deva estar se sentindo culpado, igual a mim, por fazer amizade com o farmacêutico, ou ele está metendo o foda-se e vivendo sua vida, igual ela era antes, de tudo acontecer.
- Tudo bem Layla? Você ficou muda derrepente.- Simone pergunta, viro-me para ela com o sorriso mais forçado possível, mas a mesma logo me abraça, percebendo a mentira escondida atrás dos meus lábios.
- Layy, Bill comentou comigo sobre o que aconteceu. Você quer conversar um pouco?- aceno com a cabeça, como confirmação.
- É tudo minha culpa!- choro enquanto mexo a massa do bolo, ela é de pistache!
- Não querida, não é sua culpa.
- Então é de quem? Por quê a única pessoa que causou isso fui eu, por amigar com um farmacêutico!- falo ainda chorando.
- Não é sua culpa, você estava solitária, precisava de alguém, ainda mais depois de tudo que você passou com sua tia... E não é a segunda vez que te acontece isso, os meninos já deixaram você, layy.
- E sua situação não ficou ilesa, sempre se entupindo de remédios, para no máximo tentar curar a dor que você sentia, para curar o sentimento de solidão e de deixada para trás, mas acredite, você nunca foi deixada, os meninos nunca falaram tanto de uma menina, quanto de você. Era todos os dias.
- Mas, como você sabe dos remédios?- pergunto, imaginado que minha mãe possa ter lhe contato.
- Sua mãe.- SABIA!
- Mesmo quando existia-se uma distância enorme, você nunca foi esquecida, e principalmente, deixada de lado, isso você jamais foi!- ela continua e suas palavras me tocam de uma forma reconfortante, mas a decepção ainda circula dentro da minha alma.
- Mas... Tom?
- Ele está sofrendo, e muito, desde da sua partida. Tom chorou. Nunca havia visto ele daquela forma. Ele jamais chorava por alguma menina, nem quando uma de suas namoradinas o deixou, falando que o mesmo era um cretino, ou até quando ele sofria algum tipo de intimidação na escola. Tom sempre foi forte nesses aspectos, mesmo quando ele sufocava a tristeza e as lágrimas dentro de si, ele segurava para não demostrar fraqueza, e é esse o problema por que demostrar a fraqueza, o faz uma pessoa fraca, o que torna ele um cabeça dura.
- Layla ele te ama, você não imagina o que esse garoto passou quando você começou a namorar o Gustav, você não faz ideia! Era todo dia Bill me ligando e falando sobre o que esse moleque aprontava!- Simone fala rindo e lágrimas continuam rolando pelo meu rosto, mas não havia tristeza nelas, existia esperança e um pouco de felicidade. Ela as enxuga com os dedos e me abraça novamente. E assim ficamos, até ouvirmos três batidas na porta.
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The room 483...
RomanceUm segundo encontro pode sempre acontecer, mas esse aconteceu da forma mais... Layla, uma menina que se muda do Brasil para os Estados Unidos, e acaba conhecendo uma banda, que no caso eram seus vizinhos, só não esperava que depois de 4 anos eles t...