~Capitulo 2🎸

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2003

Estou entediada.

No táxi observo a estrada, ela é diferente e sem graça.
Já que não tenho nada para fazer a não ser ler um pouco de revista,pego uma, minha predileta e de edição ilimitada do Leonardo DiCaprio e começo analisar-lo . Nossa como eu me amarro nele, que homem gato, misericórdia! Depois de alguns minutos só analisado a sua beleza, me pego pensando em como deve ser sua amante ...

IMAGINAÇÃO-

- Oii tudo bem docinho de Coco?-pergunta DiCaprio com uma voz sexy.

- Oii chuchu, mas é claro que estou bem, estou com você. Lindo!- falo fazendo garras com as mãos como se fosse uma gatinha perigosa.

- Então tá bom- fala ele me dando um breve selinho- Vamos logo ali?- aponta para escada.

- Nossa! Nem precisava perguntar né.

Enquanto subimos os degraus escuto uma porta sendo destrancada.
- Amor, deve ser sua esposa.-digo me fingindo preocupa.

- Essa não, pensei que ela ia voltar amanhã - diz ele falando com ele mesmo.
-Docinho de Coco infelizmente você vai ter que se esconder no armário, até eu conseguir fazer alguma coisa.

- Mas eu não quero! Eu quero ficar com você chuchu.- digo como uma criança mimada e dando volta ao seu redor e deixando beijos...

- Está tudo bem?- diz minha mãe.

-O que?-me embaraço toda
-É.. é está sim - digo nervosa

- Então tá.. tá bom- diz minha mãe me copiando.

- Você está parecendo uma criança, até parece que tem 30 anos.

Silêncio

- Você não estava imaginando aquilo de novo né?- pergunta minha mãe.

-Aquilo o que mãe?- digo meio nervosa.

- Aquilo igual da... sei lá acho que estou me confundindo.

Dou de ombros, mas minha mãe percebeu meu olhar de nervoso e de vergonha.

- Meu Deus Layla! você só tem 13 anos filha- diz ela rindo igual uma louca!

- Do que você está falando? Você está ficando maluca!

- Eu que sou a maluca agora?- Concordo com a cabeça

- É claro, era eu que estava nas nuvens com DiCaprio.- diz ela olhando para mim fazendo uma cara de apaixonada.

- Aí misericórdia mãe, vê se cresce!

- Pode deixar, mas vê se cresce também, aí vai poder fazer tudo que você tanto imagina com seu amor platônico.- diz ela colocando a mão no rosto como se fosse desmaiar.

Com muita vergonha me encolho e coloco minhas mãos em meu rosto, só conseguindo perceber o olhar do motorista em mim. Misericórdia!! Vou morrer, vou desmaiar e chegar ao colapso.

Depois de horas dentro do carro chego no Texas. Vou passar o resto do mês na casa de uma tia, até minha mãe encontrar um lugar para morarmos. Passo por ruas e bairros e até que em fim chego na casa de minha tia, é uma casa arrumadinha mas sem graça, ela é branca e amarela, as paredes já partiram dessa para melhor, a grama é seca e cheia de buracos e a cerca está detonada. Não estou reclamando só achei que seria algo diferente, acho que criei muita expectativa.

Saio do carro junto com minha mãe, pego minhas malas, no porta-malas e vou em direção ao caminho de cimento que dá direto para a porta. Estávamos em silencia absoluto, até que derrepente uma adolecente ( aparenta ser pelo menos) sai da porta vindo em nossa direção pulando como se tivesse tomado a pílula da felicidade. Era uma moça que vestia uma calça de pano cheia de desenhos abstratos, uma blusinha marrom com alguns bordados, estava descalça, tinha um cabelo castanho cheio de tereres e alguns colares de miçangas  e um bem chamativo com uma pedra bem grande rosa.
Ela para em nossa frente com um sorriso grande, é uma mulher bem bonita e parecida com minha mãe.

The room 483...Onde histórias criam vida. Descubra agora