Capítulo 11

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Voltei meu povo, saudades? :D 

Temos referencia de musiquinha que talvez vocês não conheçam, então já sabe... só dar play ;)

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Roteiristas, escritores e afins que me perdoem, mas eu tenho uma opinião polêmica sobre bloqueio criativo: bloquei criativo existe quando você não faz ideia do que você quer da sua história ou não sabe onde quer chegar com ela. Escrever é algo simples, aprendemos quando ainda não temos nem todos os dentes permanentes na boca, mas a questão aqui não é escrever por escrever, a questão é que as palavras e o enredo precisam fazer sentido. Talvez eu veja escrever como uma receita de bolo, mas sei que serei eternamente xingada sobre isso. Mas quer saber? Um grande e belo foda-se! Nunca me importei com julgamentos. Afinal, se me importasse não estaria lhe contando essa história. Por sinal, você ainda lembra que essa é a história da minha decadência? Ou a senhorita Sinclair lhe roubou a atenção assim como fez comigo?

Jornada do herói, simples e eficaz, esse é meu estilo de storytelling favorito, o queridinho de Hollywood e dos principais best sellers. É fácil se identificar com o herói. Desculpa, no momento estou rindo ao escrever essa frase, sério que eu me considero algum tipo de heroína? No momento não iremos julgar meu caráter, deixaremos isso para o final, peço que você tenha paciência, primeiro preciso apresentar meus motivos e só então, você poderá ascender a fogueira de Salém e me ver queimar como fizeram com outras milhares de pessoas durante a Santa Inquisição. Calma, voltemos a sua pergunta: O que é Jornada do Herói? Jornada do herói é uma forma de contar uma história, digamos assim para a melhor compreensão, é dividida em três atos. O primeiro ato se divide em 4 partes, são elas:

· 1º parte: Mundo comum – Eu estava vivendo normalmente minha vida decadente até aquela merda de exposição do Xavier. Diga-se de passagem, ouvi boatos que recebeu críticas horríveis, alguns críticos chamaram seus traços artísticos de "infantis e amadores".

· 2º parte: O chamado à aventura – A editora me cobrando o novo livro de Goody Addams.

· 3º parte: Recusa ao chamado – Esse é meio autoexplicativo, não acham?

· 4º parte: Encontro com o mentor – Bianca jogando verdades na minha cara enquanto eu comia meu nigiri.

Agora que já expliquei o primeiro ato, senhoras e senhores, bem vindos ao meu segundo ato. Peço um pouco de paciência, porque daqui para frente, só iremos para trás.

Passei o restante da semana com as palavras da Bianca martelando na minha mente juntamente com o acordo ridículo que selei com a senhorita Sinclair. Por falar em Enid, não nos falamos desde então, quer dizer, nos falamos sim, trocamos algumas mensagens, mas ela parecia monossilábica e eu achei que estava incomodando, ou ela só estivesse ocupada mesmo. Olhei para o meu celular e nem sinal dela, hoje era quinta-feira e amanhã iríamos ao instituto. Será se ela vai cancelar? Não sei porquê isso está me incomodando tanto, na verdade ultimamente muitas coisas estão me incomodando que eu não sei explicar o que são. Não gosto dessas sensações, me sinto vulnerável e frágil, e isso são duas coisas que Wednesday Addams definitivamente não é.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Tyler, ele não tinha dado sinal de vida sobre os ingressos desde que pedi para compra-los.

"Conseguiu os ingressos?"

"Vou querer um aumento depois disso. Mas acho que sim, na verdade estou negociando. A irmã de um amigo tem dois ingressos e não vai poder ir, mas parece que ela já tinha fechado com outra pessoa. Estou esperando a resposta."

La Belladonna  (Wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora