PÓS-BELLADONNA cap 2

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CHEGUEEEEIIIIII!!!

Postei

e to indo embora =*

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Enid acordou no dia seguinte um pouco desnorteada, a jovem olhou ao redor e viu os aparelhos ligados ao seu corpo, ela olhou para baixo e viu o curativo sobre seu tórax. Então era verdade, ela não havia sonhado dessa vez como sonhou outras milhares de vezes, seus olhos encheram de lágrimas que escorreram para a lateral do seu rosto.

- Oi, boa tarde – a enfermeira falou entrando no quarto, totalmente protegida pelas roupas.

- Oi. – Sinclair falou sorrindo.

- Vim trocar seu curativo – a senhora deixou a bandejinha de inox sobre o pacote que Wednesday havia deixado no dia anterior. – Como está se sentindo? – A enfermeira perguntou passando a mão na cabeça de Enid.

- Um pouco tonta. – Sinclair respondeu e piscou lentamente, virou para o lado e assistiu a enfermeira calçar as luvas de látex e não pode deixar de reparar no pacote de papel pardo onde a bandeja estava apoiada. – O que é isso, esse pacote?

- A filha do Dr. Addams quem trouxe ontem – a enfermeira colocou as mãos sobre o pijama hospitalar de Enid – com licença, querida – falou antes de abrir a roupa, tentando preservar os seios da paciente cobertos e apenas deixar o curativo a mostra.

- Ela esteve aqui? – Sinclair perguntou chocada – ou ela trouxe e entregou para alguém deixar aqui?

- Não, ela veio aqui, veio lhe ver. Ela estava bem emocionada na verdade.

Enid guardou aquela informação e deixou que a enfermeira fizesse seu trabalho. Sinclair não sabia explicar seus sentimentos em relação a presença de Wednesday ali, em sua cabeça o que ela fez não tinha perdão, ela tratou com banalidade as suas maiores dores e quando pediu para que abrisse mão daquela ideia absurda, Addams decidiu pensar nos outros ao invés da pessoa com quem dividia a cama, ela não se sentiu priorizada, talvez da mesma forma que se sentiu com a madrasta anos atrás.

No início da noite Dr. Addams foi até a UTI, ele já havia recebido a notícia que Enid tinha acordado, mas não pode ir até ela antes porque estava em uma cirurgia de revascularização do miocárdio, mas não iria para casa sem vê-la.

- Posso entrar? – Ele falou da porta, enquanto um enfermeiro trocava o acesso venoso de Enid que havia escapado.

- Dr. Addams – ela sorriu ao reconhecer a figura do homem em seu leito.

- Como está se sentindo, querida? – O homem vestido com as roupas descartáveis da UTI, máscara e toca, se aproximou e beijou o topo da cabeça de Enid.

- Um pouco tonta, mas estou bem – ela respondeu.

- É por causa dos remédios, minha querida, eles são fortes.

- Prontinho – o enfermeiro falou – com licença, Dr. Addams.

O rapaz saiu do leito, deixando a moça e o médico a sós.

- A enfermeira me disse que ela esteve aqui. – Sinclair disse assim que se viu a sós com o seu médico.

Dr. Addams respirou fundo, não queria que Enid sentisse sua vontade desrespeitada, mas decidiu não mentir.

- Esteve, filha – ele respondeu calmamente, balançando a cabeça positivamente. – Eu sei que você não a queria aqui, mas ela precisava te ver, principalmente depois do transplante.

- Ela está bem? – Sinclair perguntou um pouco receosa e Gomez respirou fundo.

- Não, minha querida, não está. Wednesday voltou a ter velhos hábitos, os quais eu me esforço muito para entender.

La Belladonna  (Wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora