La Belladonna (Wenclair)

Capítulo 28

Seguinte... não tenho muita coisa para defender sobre esse capítulo. Muita coisa pra um dia só, gente, bagunçou minha cabeça toda, teve The Eras Tour (quem tá juntando as moedas pra SP? favor entrar em contato, to achando que vou só) ainda teve Tudum (falhei família, não consegui ingresso :( )... meu TDAH gritou, mas eu consegui escrever. Se não tiver bom a gente finge que tá, blz? kkkkkkk

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Eu sempre gostei de ficar só, a solidão me caía bem. Sim, caía, pretérito imperfeito, porque agora a solidão me incomoda. Aprendi a ter você por perto, eu desejava sua companhia todos os dias e meu corpo parecia receber uma dose extra de serotonina quando você chegava, ligava ou de alguma forma lembrava da minha existência miserável. Eu sinto falta da sua companhia, Sinclair.

Pedi que Pugsley trouxesse meu carro e deixasse no estacionamento do hospital, avisei que passaria a noite com Enid. Mandei mensagem para a senhora Thornhill e expliquei o que tinha acontecido, ela pareceu bastante preocupada, pedi que ela fosse para o apartamento sábado de manhã e deixasse tudo preparado para quando eu e Enid chegássemos. Normalmente não vejo minha governanta aos fins de semana, mas essa era uma ocasião ímpar e agradeci pela sua compreensão.

- Com licença – a enfermeira que tinha a cara de poucos amigos afastou a cortina – tem uma senhora loira lá fora querendo ver a Senhorita Sinclair. Só pode ter um acompanhante por vez – ela falou olhando para mim.

- Já estou indo lá fora, obrigada. – Falei e ela nos deixou a sós novamente.

- Você ligou para a Senhora Weems? – Enid me olhou com o cenho franzido.

- Eu precisava que alguém entrasse em contato com o seu médico – deixei um beijo no topo da sua cabeça – eu já volto.

Enid ficou sozinha na enfermaria e eu segui para a sala de espera. Assim que passei pela porta, vi uma senhora alta, bem vestida e de cabelos presos em um coque, devidamente alinhados.

- Senhora Weems.

- Wdnesday, minha querida – ela se curvou e me cumprimentou com dois beijos, um em cada bochecha – e Enid?

- Vai precisar passar a noite no hospital – ela me olhava atentamente. – Ela está bem, está acordada, mas o médico quer que ela fique em observação.

- Eu observei que ela estava um pouco ofegante hoje – ela colocou a mão na testa e respirou fundo, balançando a cabeça negativamente. – Bom, eu vou na recepção deixar meu endereço na ficha dela.

- Para que? – Perguntei franzindo o cenho.

- Para o hospital mandar a conta.

- Não – balancei a cabeça negativamente – eu já preenchi tudo, não se preocupe.

Senhora Weems olhou para mim e seu cérebro parecia avaliar aquele ato, e balançou a cabeça positivamente.

- Eu tento ajudar Enid como eu posso – ela se explicou – se precisar de algo, me diga, eu posso lhe ajudar com as despesas.

- Senhora Weems – falei pacientemente e da forma mais educada que eu conseguia – não precisa se preocupar com nada. Não me entenda mal, mas da Enid eu cuido, ela é responsabilidade minha agora.

- Wednesday não é assim. Vocês acabaram de se conhecer. A Enid tem questões delicadas que precisam de atenção, questões essas que eu tenho certeza que você nem sonha quais são. Eu mesma demorei anos para conhece-las. Eu posso dizer com todas as letras que conheço Enid há cinco anos, mas realmente saber quem é a Enid... não sei – ela parou para pensar – dois anos no máximo.