PÓS-BELLADONNA cap 3

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Todo mundo de mãozinhas dadas caminhando juntinhos para o final?

Falta pouco, galera, semana que vem última semana de La Belladonna!

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6 MESES DEPOIS

Carros e mais carros paravam em frente a Ophelia Gallery of Art trazendo convidados que foram escolhidos a dedo por Wednesday Addams e pela Editora Standard Letter. Do lado de dentro, no hall, cadeiras pretas estavam espalhadas em fileiras, onde repórteres, câmeras e fotógrafos já se posicionavam procurando o melhor ângulo para o palco montado ali, com uma mesa coberta por uma toalha branca. Os microfones eram enfileirados sobre a mesa para que cada canal de comunicação conseguisse gravar igualmente a coletiva de imprensa que revelaria a verdadeira identidade de Goody Addams. Cinquenta senhas foram distribuídas pela Editora de diferentes formas para fãs que teriam a oportunidade de ter o livro La Belladonna autografado pela autora.

Na escada, no canto da galeria, um casal parecia ansioso e aflito, na verdade ela parecia ansiosa e aflita, ele apenas tentava acalmá-la.

- É sério, Pugsley, eu não acredito nisso. Eu só posso estar vivendo um pesadelo – Bianca passava a mão no rosto, tentando controlar a vontade que tinha de chorar.

- Não fala isso – seu namorado repreendeu. – Eu já falei que você não precisa se preocupar, eu estou aqui, você não está sozinha nessa, nunca esteve.

- Você está aqui? – Ela franziu o cenho irritada pela calma do rapaz. – Pugsley, você acabou de começar a sua residência, eu vivo atolada de trabalho, como a gente vai fazer isso?

- Eu não sei, mas a gente vai dar um jeito, eu já falei.

- Meus Deus, como eu deixei isso acontecer – a moça encostou seu corpo na parede e o rapaz respirou fundo segurando suas mãos. – Um bebê não estava nos meus planos, Pugsley. Não agora e muito menos assim.

- Eu sei amor, nos meus também não, mas não precisa de tudo isso. Não é como se a gente tivesse dezesseis anos e não tivesse um puto no bolso. – Ele se aproximou e lhe deu um selinho – hoje não, mas amanhã a gente pode convidar os nossos pais para um jantar em algum restaurante ou no meu apartamento ou no seu, não sei. Eu posso cozinhar, e aí conversamos com os meus pais e os seus de uma vez.

- Não, você está certo, hoje não. Hoje é um dia importante para a Wednesday e precisamos dar essa força para ela. – Bianca respirou fundo e riu – meu Deus, as nossas mães vão nos enlouquecer, imagina elas duas como avós.

- Elas duas? – Pugsley riu – imagina o seu pai como avô. E diga-se de passagem, ele já estava jogando umas piadinhas cobrando netos.

- O meu pai? E o seu pai? Imagina Gomez Addams como avô. Não, pior, os seus avós como bisavós. A gente tá ferrado, amor.

- Não estamos não – Pugsley sorriu e colocou a mão sobre a barriga ainda reta de Bianca – esse bebê é muito sortudo.

- É – Bianca sorriu e colocou a mão sobre a mão do namorado que estava em sua barriga.

- Se for menina, podemos chamar de Olympia?

- Olympia? – A moça repetiu o nome.

- Sim. Não é um nome comum e também não é um nome fofinho, é um nome forte. E levando em consideração as mulheres da minha família e da sua família, definitivamente vai ser uma garota de personalidade forte – ele falou sorrindo bobo como um verdadeira Addams apaixonado.

- Olympia – Bianca repetiu mais uma vez – eu gosto de Olympia. Mas e se for menino?

- Não sei – Pugsley deu de ombros – mas temos tempo para pensar.

La Belladonna  (Wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora