Capítulo 4

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Amanda POV's on:

Aos mãos do Antônio deslizavam, apertando e massageando exatamente os lugares em que meus ombros doíam, nem se ele possuísse um manual seria tão preciso com a localização. Nosso pouco tempo de convivência já era suficiente para ele me entender por completa.  Era assustador.
Não demorou muito para que eu estivesse totalmente relaxada. O sono já começa a bater, mas eu não disse nada, aproveitaria aquela massagem o máximo que eu pudesse. Abri os olhos depois de um suspiro logo e o observei pelo reflexo do espelho, seu rosto sério e seus olhos fixados em meus ombros me davam uma bela vista:— Sapatinho, seria ofensa se eu dissesse que suas mãos são de fada? — perguntei fazendo-o levantar levemente a cabeça olhando para meu rosto através do espelho.

— Muita! — ele manteve seu semblante fechado, mas logo perdeu a pose me concedendo um sorriso enorme — pequeno pônei, mãos de fada... — Antônio balançava a cabeça em negação enquanto sorria —minha credibilidade no mundo das lutas será zero — ele me apoiou o queixo em meu ombro esquerdo olhando fixamente o reflexo de nos dois — o bochecha tira minha paz com esses apelidos... — retomou a massagem — Amandinha, Amandinha... para com essas coisas.

— Eu adoro o pequeno pônei... — afirmei, ele não disse nada, apenas balançou a cabeça negativamente e me encarou novamente pelo espelho com um sorrisinho de canto. Suas mãos apertaram meus ombros com força e seus dedos polegares escorregaram sobre minha pele parando em meu pescoço, onde circularam com força minha nuca. Foi inevitável não sentir meu corpo todo estremecer e soltar um gemido baixo que o fez abrir um sorriso largo.

Não acredito que ele fez isso. Pensei.

— Eu sou um lutador, Amanda! — sussurrou com a voz rouca — eu sei usar bem essas mãos...

Amanda? Filho da puta, ele sabe bem como me desconcertar.

Ele massageou um pouco mais meus ombros, mantendo-se calado. Mordi os lábios sorrindo ao lembrar dos minutos anteriores, sua voz rouca e sexy "Eu sou um lutador, Amanda". Antônio respirou fundo roubando-me dos meus devaneios:— melhorou? — perguntou ele parando a massagem e deslizando as pontas dos dedos sobre minha pele como se checasse se eu estava realmente relaxada.

Gaguejei:— si..sim — relaxei os ombros sentindo seu toque, logo soltando a respiração pesada. Já ele, soltava meu cabelo escorrendo seus os dedos pelo mesmo — muito obrigada pela massagem! — disse balançando o corpo tentando afastar os arrepios que tomaram conta de mim.

— Que bom! — ele falou depositando uma sequência de beijos calmos no meu pescoço, enquanto afastava meus cabelos. Senti a pele queimar, mas me mantive quieta, fingindo normalidade. E realmente era normal, agíamos assim no bbb, mas agora era diferente... sabíamos exatamente o que viria depois — Amandinha? — ele disse abafado com a boca próxima ao meus pescoço.

Escorreguei uma das mãos por sua perna que está estendida na lateral do meu corpo, depositando um leve carinho em sua coxa:— oi? — sinalizei que o seus chamado não tinha passado desapercebido.

— Eu sei que a gente já conversou... — sua voz parecia carregada de receio —  posso te fazer uma pergunta? — ele disse baixo tentando manter contato visual pelo reflexo do espelho, mas desviei o olhar.

Engoli a seco e confirmei apenas balanço com a cabeça.

— Naquela noite, no jantar da casa da Aline... você se arrependeu do que aconteceu? — senti os lábios secarem com sua pergunta repentina — se arrependeu?

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