Capítulo 7

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Antônio POV's on:

Amanda demorou a responder minha pergunta, manteve os olhos fixos aos meus através do espelho, como se me analisasse. Ela sabia bem como mexer com a minha cabeça, talvez nem fosse intencional, eu é que já estava entregando demais o que sentia.
Ela se virou ficando frente a mim. Sentou-se sobre as pernas e jogou os cabelo para trás dos ombros. Olhou fixamente meus lábios por alguns segundos e disse com firmeza:— não — ela voltou os olhos em encontro aos meus.

— E da noite que passamos no hotel? — questionei com medo da resposta.

— Eu não me arrependo de nada! — ela disse com convicção — NADA.

— Eu sei que metade desse teu estresse é por causa da gente... — umedeci os lábios engolindo a saliva — teve aquela matéria, tem a minha volta pra Miami, tem esse tanto de coisa que falaram, esse tanto de acusações que andam fazendo... ficamos... — respirei fundo em um pausa longa — sua vida já está mudando bastante, já tem muito pra você administrar, eu não quero ser o causador de mais um.... — ela me interrompeu.

— Eu já te disse uma vez, repito quantas vezes for necessário, eu não tô nem aí para o que as pessoas dizem, eu ligo para o que você pensa, me importa o que eu e você sente! — ela se concertou ficando mais próxima a mim — E eu não quero que você pense isso. Eu gosto de você, gosto de estar com você, me faz bem estar com você... acho que você também sente mesma coisa — ela sorriu e eu também — eu amo você Sapatinho — Amanda aproximou suas mãos juntando com as minhas — de verdade, e ninguém vai mudar isso.

— Eu também te amo — acarinhei seus dedos — muito.

— Antônio, nunca, em hipótese alguma ache que você é um problema pra mim. Pelo o contrário, você é quem deixa tudo mais leve.

— Você também, Amandinha. Você não tem ideia do quanto você é essencial na minha vida.

Ela sacudiu a cabeça em meio a um sorriso bobo, segurou meu rosto pelas laterais e depositou um selinho calmamente, pegando-me de surpresa.

— As vezes você me deixa confuso, garota — confessei, ela sorriu e beijou-me novamente.

— Eu sei que eu te disse pra gente esquecer tudo, depois que era pra manter só amizade, depois pra ir com calma, falei que não era namoro... — respirou fundo — mas eu não me vejo com outra pessoa que não seja você — sorri contente com que ouvia — esquece as coisas que disse antes. Eu estava confusa, com medo... medo de perder você, de estragar tudo, a gente se afastar... — ela contornou meus lábios com a ponta dos dedos antes de depositar outro beijo calma e sereno — e eu não sei mais o que é ir com calma... — ela depositou outro beijo — eu não quero mais ter calma — nos abraçamos e Amanda afogou o rosto em meu pescoço — quero viver isso que eu tô sentindo.

Acariciei seu rosto levantando-o devolvendo o beijo:— eu também quero viver isso... — acariciei seu rosto com meu polegar — mas quero achar uma caminho que seja fácil, principalmente pra você.

— Você sabe que não é o caminho fácil que a gente quer... — Amanda desviou os olhos, voltando-os para o teto, na tentativa de impedir que seus olhos marejados transbordassem — o caminho que mais parece fácil é a gente fingir normalidade como estávamos fazendo... fingir que esqueceu tudo e seguir baile — ela passou a mão nos olhos e voltou a me olhar — e isso tá complicado na prática, eu não tô conseguindo administrar. Eu não quero o caminho fácil se for pra gente tá separado e fingindo que não quer se beijar a cada vez que tá junto — ela deslizou os dedos como se desenhasse meu rosto — Dane-se o que vão falar, eu só quero o caminho que tenha nós dois juntos, o caminho que eu tenha você.

— Você já me tem — disse a puxando pra perto — e sempre vai ter — Amanda me empurrou contra a cama deitando com seu corpo sobre o meu. Seu dedos escorregou pelos meus cabelos puxado-os, no mesmo instante que uniu seus lábios aos meus em beijo lento e provocante. Estávamos sem pressa alguma, explorávamos aquela sensação com maestria. Ela deslizou as mãos pelo meu peitoral e sorriu terminando o beijo com um selinho — satisfeita? — perguntei mordiscando seu queixo.

Tentei em seguida unir nossos lábios, mas ela impediu, passando sua língua sobre minha boca, sussurrando de modo provocante:— muito — ela me olhou sorrindo e juntou nossos lábios novamente em um beijo breve.

— Você disse que não íamos mais fazer isso — sorri.

Mantendo apenas nossas testas juntas ela disse a sorrir:— só tá valendo as coisas que eu acabei de dizer — Amanda tocou meu rosto com carinho e afirmou com clareza — eu quero muito você, esquece todo o resto.
Ataquei seus lábios como se dependesse apenas daquele beijo para sobreviver. Adentrei as mãos por baixo de sua blusa fina, subindo com as mãos pelas suas costas. Minhas mãos caminhavam por sua pele macia como se mapeasse seu corpo, a trazendo pra perto. Já ela, segurava meu rosto impedido que nossos lábios se afastassem.
Puxei sua blusa de uma só vez, jogando-a em um canto qualquer, trouxe seu corpo pra mais perto do meu e pude sentir seus mamilos enrijecidos contra meu tórax o que fez meu corpo todo de arrepiar. Desci com as mãos por dentro de seu short apertado sua bunda com força, Amanda arfou mordendo meu lábio com tamanha vivacidade gemendo meu nome com a voz arrastada, o que me deixava ainda mais excitado.
Segurei seu corpo e em um movimento preciso, rolei na cama ficando por cima dela.
Com calma e sem pressa, comecei a trilhar um caminho de beijos por seu pescoço, logo em seguida depositei um chupão que a fez cravar as unhas em meus ombros e grunhir. Seu cheiro inundava minhas narinas deixando-me completamente louco, eu não tinha dúvida alguma que tudo que eu mais queria no mundo era tê-la. Pra sempre.

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