Antônio POV's on:Já fazia alguns dias que estávamos em casa. Estava uma correria, nos primeiros dias não paravam as visitavas. Meus amigos, os de Amanda, nossos familiares... Uma loucura! Estávamos com uma rede de apoio legal, minha mãe e dona Regiane revezavam nos ajudando como podiam. Além de termos contratado uma pessoa para nos ajudar com a casa e alimentação.
O pai de Amanda já havia voltado para Bahia, por conta do trabalho. Nossas mães ajudavam muito durante o dia, a noite eu e Amanda havíamos combinado de tentarmos sozinhos, afinal, assim que terminasse o puerpério, era assim que ficaria. Mesmo com toda ajuda, não deixava de ser exaustivo, estávamos extremamente feliz e realizados, porém cansados na mesma proporção. Nossos primeiros dias em casa foram horríveis, Olívia parecia está em fuso horário diferente do nosso. A bebê dormia boa parte do dia e chorava toda a noite. Eu e Amanda fazíamos tudo que nos falavam, e parecia que nada ajudava.
Ligávamos incontáveis vezes para as amigas pediatras de Amanda, quando estávamos com vergonha de ligar para nossa pediatra. As vezes a impressão que tínhamos era que a bebê estivesse doente, mesmo Amanda examinando e não achando nada de errado. A loira estava tão exausta que as vezes se questionava se estava examinando a bebê corretamente. Chegamos em ponto que parecia que os conhecimentos médicos de Amanda não nos ajudava muito. Acho que partia daí boa parte das crises de Amanda. Nossa montanha russa estava movimentadíssima.
— Vai dormir, eu fico com ela — disse bocejando e me aproximando das duas.
— Você não dormiu nem 20 minutos — ela bocejou coçando olhos quase cochilando, o cabelo feito um coque mal feito e as olheiras que já estavam visíveis, mostravam o quanto Amanda estava cansada, mesmo assim, a mulher ainda parecia uma onça agarrada a nossa filha — não quer descansar um pouco mais, amor? — perguntou apoiando a cabeça em uma das mãos.
— Eu tô bem — rir fraco falando baixinho enquanto pegava a bebê que cochilava recostada no ombro de Amanda — pode ir princesa, já estava quase amanhecendo. Você dormiu menos que eu.
Amanda levantou esticando a coluna me olhando:— Não vou negar essa oportunidade — sorriu — qualquer coisa me chama, tá? — a loira sorriu sem mostrar os dentes, beijou meu braço e a cabeça de Olívia. Depois, acariciou minhas costas e saiu do quarto.
Tentei me aconchegar na poltrona, mas parece que nada ficava confortável, meu corpo estava moído. Já Olívia, dormir esparramada sobre meu peito, com os bracinhos abertos e a bochecha amassada contra meu peitoral, a garotinha respirava fundo no sono pesado. Mas a menor tentativa de colocá-la no berço, a menina acordava fazendo um biquinho que me comovia. Eu e Amanda já estávamos quase cedendo ao bercinho moisés em nosso quarto.
Assustei no dia seguinte com a minha mãe tentando pegar Olívia devagar dos meus braços. Ela tentou não me acordar, mas a primeira mexida da bebê eu despertei.
Ela sorriu:— Calma que eu não tô roubando a menina — ela pegou Olívia — bom dia.
— Que susto! — disse ainda sonolento — bom dia, mãe — falei espreguiçando — chegou tem muito tempo?
— Sim, já passei um café, espiei Amanda, já ajudei ela a tirar leite... e agora, estava olhando vocês dois — ela sorriu fraco levando Olívia até o trocador e balançou uma mamadeira cheia de leite — ladrão pode entrar e roubar tudo, vocês só despertam se mexer na Olívia.
— Eu tenho o sono um pouco leve, deve ser o cansaço — bocejei — Amanda tá acordada?
— Ela tá descansando, e você pode ir também — ela falou enquanto averiguava a fralda da neta — eu tomo conta dessa princesa linda, fofura da vida da vovó, a vovó te ama linda — disse com a voz fofa a encher a neta de carinho.
— Tá certo — bocejei novamente dando um beijo na cabeça da minha mãe.
Caminhei pelo corredor feito um zumbi, até chegar em meu quarto. Avistei Amanda apagada e abraçada ao travesseiro. O cobertor estava jogado aos pés da cama. Puxei o cobertor cobrindo a loira e me deitei ao seu lado. Eu acho que nunca agradeci tanto por ter uma cama como naquele momento, meu corpo estava moído. De imediato a loira se livrou do travesseiro abraçando meu corpo e deitando a cabeça em meu ombro. Sorri depositando um beijo em sua testa.
— Você tá cheirando outra mulher... — ela sorriu dando um beijo no meu peito — quero o divórcio.
Gargalhei a trazendo para mais perto:— nem casamos ainda, já quer o divórcio?
— Sim, você dormiu e está com perfume de uma mini morena — ela me olhou tentando ficar séria.
— Ela não me deixa dormir, não quero não. Quero só você mesmo. Relacionamento tóxico.
— Ela só tem centímetros e tá acabando com a gente — Amanda se aconchegou fechando os olhos enquanto sorria — estamos uns pais muito moles.
— Mais tarde, vou ter uma conversa séria com essa menina — falei seriamente — ela vai ter que entrar em um consensos.
Amanda sorriu me dando um beijo:— espero que ela te escute — riu ainda mais — boa noite? — perguntou bocejando.
Rir fraco abraçando seu corpo:— sim, boa noite.
Apagamos os dois. Eu só acordei algumas horas depois com Amanda tentando sair do meu abraço sem me acordar. Abri os olhos e levantei o braço dando espaço para que ela se sentasse.
— Que horas são? — perguntei espreguiçando.
— Não sei, mas já é hora da Olívia mamar — ela apontou para a camisola molhada do leite que havia vazado.
Sorri sentando na cama:— daqui uns 10 minutos dona Wilma aparece por essa porta com ela esperneando — Amanda gargalhou se levantando.
— Então preciso me apressar para o banho — a loira de se levantou em direção ao outro cômodo.
Tomei um banho rápido e fui até o quarto de Olívia, a bebê dormia calmamente agarrada a uma blusa de Amanda, minha mãe já estava driblando as artimanhas da pequena. Segurei o riso, e voltei para o quarto.
Amanda havia saído no banho, estava penteado os cabelo:— acordou? — ela perguntou ao me ver entrar.
— Apagada — me joguei na cama — adivinha o que minha mãe fez.
— O que? — ela perguntou se sentando na beira da cama.
— Colocou uma blusa sua junto da Olívia — gargalhei — e ela tá dormindo no berço, o mesmo berço que com a gente parece que tem espinhos.
— Mentira — ela riu — cara, Antônio, a gente também nem pensa né?
— Cansaço — mandei uma piscadela — vamos tomar um café? — disse me aproximando e fazendo carinho em seu rosto.
— Vamos — respondeu me dando um beijo.
— Quer descer ou quer que eu traga? — perguntei brincando com os fios de seus cabelos.
— Quero descer — ela escorregou as mãos por minha barba — tá com a bateria recarregada? — fiz que sim com a a cabeça, em seguida, fiz que não. Amanda sorriu — normal, só voltamos a dormir bem daqui uns 4 anos — ela me deu um selinho — bora? — sorri confirmando com a cabeça e saímos de mãos dadas do quarto.
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Oi pessoal, como estão?
Estamos outra vez em turbulência das fortes... Bom, a fic está caminhando para o fim, eu já tenho os próximos passos. Mesmo com tudo, não costumo deixar coisas que começo pela metade. E também, tenho muito respeito e consideração por vocês que acompanham, fora que vocês estão bastante tempo aqui comigo. Por isso, quero opiniões!
Ainda tem alguém que quer ler até a finalização? Acham que não tem mais vibe? Opinem. O que a maioria decidir acataremos.Um beijo no coração, fiquem com Deus! 💗
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intense feelings
RomanceTudo pode nos tocar a alma. Por um milésimos de segundos ou até nosso último segundo de vida. Depende da intensidade. #docshoe