Amanda POV's on:Os dias no bangalô foram incríveis. Aproveitamos o máximo à companhia um do outro. Andamos um pouco pelas redondezas, passeamos de barco, nadamos no rio... dias incríveis. E o melhor, sem medo! Sem medo de alguém ver, sem a pressão de ter horários para fazer nada, sem medo de baterem fotos sem nosso consentimento, sem receio algum, só diversão. A hora mais chata foi a de voltar pra o mundo real. Quando entregamos as chaves ao Cadu o coração ficou pequeno, se pudéssemos ficaríamos ali pra sempre. Sai daquele lugar com a certeza que de que quando fosse escolher o meu cantinho, queria que fosse similar aquele. Natureza, paz e ele.
Os dias seguintes foram a correria de agendas, Antônio aproveitava os últimos dias no Brasil. Embarcou para João Pessoa para visitar a família, já eu fui para São Paulo para alguns compromissos e logo depois voltaria ao Rio para alguns cursos que faria na rede globo. Combinamos que passaríamos o São João juntos, em João Pessoa, 3 dias lá e seus últimos no Brasil, seria na Bahia, ele visitaria o pai e depois se encontraria comigo na casa da minha família.Cheguei em João Pessoa, no fim da tarde. O Antônio me buscou no aeroporto, o que mais tarde nos resultou em 41 matérias cheia de fotos nossas. De certa forma já esperávamos, apenas seguimos ignorando.
Toda a família dele me recebeu com festa, tive o prazer de conhecer seus outros sobrinhos e sua irmã, além de rever a dona Wilma. Eu até pensei em reservar hotel para não incomodar, mas dona Wilma insistiu para que eu ficasse hospedada em sua casa.— Como foi o voo? — ela perguntou pegando meu casaco e minha bolsa — fica a vontade, Amanda. A casa é sua minha querida.
— Foi muito bem, graças a Deus... Obrigada — sorri me sentando ao lado do Antônio no sofa. De imediato, ele se deitou com a cabeça em meu colo abraçando uma almofada — que isso garotinho? — disse fazendo carinho em seu cabelos negros — senta direito — disse sorrindo.
— Tamo em casa, Amandinha — ele disse sorrindo — quer deitar também?
— A garota tá cansada, Júnior! Sai de cima da menina.
Sorri olhando-o e ele sorriu de volta me roubando um selinho, senti o rosto corar de vergonha. O riso alegre e semblante abobalhado da dona Wilma foram imediatos, ela estava maravilhada com o que acabará de ver. Cheio de graça, ele se levantou indo para o sofá que estava a minha frente:— então vou deitar no seu colo dona Wilma — ele a abraçou apertando beijando sua bochecha.
— Garoto abusado, meu Deus — ela disse sorrindo
— Manhoso também — disse olhando-o tentando me recompor.
— Desde pequeno... — ela disse levantando seus cabelo e beijando sua testa — vocês demoraram, já estava achando que teu voo atrasou... ou que Júnior tivesse te levado pra outro canto.
— O Antônio me levou até a casa da Carol, e tinha alguns amigos dele lá, ficamos papeando um pouquinho.
— Sabe os meninos que eram vizinhos da gente? Aqueles que a gente ficava jogando bola? — ela sacudiu a cabeça afirmando — então, toda aquela galera tava lá, apresentei a Amandinha.
— Ah sim — ela disse contente — São amigos do Juninho desde menino.
— Eles contaram um monte de história pra Amandinha.
— Quer comer alguma coisa, Amandinha? Ou quer tomar um banho e descansar? — ela sorriu solicita.
— Eu vou tomar um banho primeiro.
— A Carol já encheu a Amanda de bolos, biscoitos, chá, tem até uma cachaça ali que ela ganhou — Antônio disse sorrindo — sua visita te traiu dona Wilma.
— Tão te pagando pra tentar me queimar? Ou é ciúme? — disse semicerrando os olhos.
— Ciúmes, Júnior sempre foi ciumento — ela sorriu se levantando pousando a cabeça do Antônio no sofá — tem dona Wilma pra todo mundo Júnior — dei com os ombros provocando-o — Vem cá, deixa eu te levar no teu quarto — ela disse me segurando pela mão — vem pegar as malas, Júnior.
Ele gargalhou pegando as malas e passando em nossa frente:— Quer ficar em qual quarto? — ele disse — tem essas suítes, e tem aquele... — ele apontou — que tem uma companhia muito especial, e não é a companhia da dona Wilma!
Gargalhei:— sempre foi assim?
— Sempre — ela me deu um beijo na bochecha — vou passar um café, Júnior te mostra o resto da casa — sorriu de um jeito carinhoso — fica a vontade minha filha, escolha o quarto que quiser, a casa é sua!
— Obrigada — retribui o beijo e segui em direção ao quarto. Antônio colocou a mala no canto e sorriu abrindo os braços — Vem cá Amandinha — devolvi o sorriso e corri de imediato pulando em seus braços.
— Enfim sós — ele disse rodando enquanto me abraçava apertado — que saudade, meu amor — ele disse depositando beijos aleatórios pela minha cabeça.
— Que saudades, Sapatinho — disse sorrindo alegre abraçando ainda mais forte seu pescoço.
— Isso é quase um mata leão — gargalhou me deitando sobre a cama com seu corpo sobre o meu. Ele olhou meu rosto como se analisasse os traços, escorregou as mão carinhosamente pelos meus cabelos e contornou o dedo sobre meus lábios me fazendo sorrir — saudade de ter assim pertinho, você é tão linda — ele sorriu de volta e segurei seu rosto pelas laterais beijando-o.
Nosso beijo carregado de saudade se movimentava devagar com encaixe perfeito. Saboreávamos o gosto que nos tanto fez falta nesses últimos dias. Sentíamos o corpo inteiro pulsar. Antônio com as mãos bobas, passeavam por baixo da blusa sem pudor.— A porta tá aberta — disse segurando seu rosto lhe dando uma sequência de selinhos — lindo.
— Minha mãe ta focada no café — Antônio disse tirando as mãos de dentro da minha blusa. Me olhou carinhosamente afagando meus cabelos e passou a depositar vários beijos pelo meu rosto — linda, linda, linda... — eu e ele sorriamos sem parar, parecíamos crianças alegres. Brincalhão ele dava beijos sortidos em meu rosto enquanto repetia a palavra "linda".
Gargalhei tentando segurar seu rosto:— Antônio... — disse tentado esconder o rosto — para — a minha barriga já estava a doer de tanta risada e o Antônio seguia a beijar-me loucamente.
— Meu Deus acho que comi rímel — ele disse logo depois de beijar um dos meus olhos. Antônio gargalhou tentando fazer um bico com os lábios — tira isso, amor.
— Não vou — disse sorrindo — é o castigo por ficar me pirraçando.
— Amor, vai que isso é tóxico — ele disse finalmente parando de rir e conseguindo formar um bico com os lábios — por favor, tira — ele disse embolado devido ao biquinho que seus lábios formavam. O jeito que a pronúncia soou aos nossos ouvidos fez com que voltássemos a rir de imediato.
— Quase estragou meus cílios — disse rindo sem parar tirando com a ponta da unha um pequeno resquício de rímel que estava em seu lábio — pronto.
— Minha heroína — ele disse rindo e aproximando o rosto do meu pescoço.
— Sei... — sorri — vai, levanta — dei alguns tapinhas em seu braço — vou tomar banho.
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intense feelings
RomansaTudo pode nos tocar a alma. Por um milésimos de segundos ou até nosso último segundo de vida. Depende da intensidade. #docshoe