Antônio POV's on:Amanda me abraçou forte aconchegando a cabeça no meu peito, enquanto respirava fundo soltando o ar pesado pela boca. Fiz cafuné em seus cabelos e ela disse fraco apertando ainda mais o abraço como se quisesse se fundir a mim:— não quero pensar nisso... não agora — ela afundou o nariz no meu pescoço, mantendo meu corpo grudado ao seu — eu quero aproveitar você aqui, não vou sofrer por antecedência... — ela sorriu fraco — já senti saudade o suficiente esse quase um mês.
- Você pode aproveitar — beijei seu testa — sou todo seu, estou a disposição.
- Eu quero esse cafuné, sapatinho — disse manhosa esfregando seu rosto contra o meu, antes de se deitar ao meu lado.
Notei seu corpo arrepiado, então puxei o edredom cobrindo-a, ela puxou o edredom até a altura do pescoço, jogou os cabelo sobre o travesseiro enquanto deitava com a cabeça de volta em meu peito:— tá machucando seu braço? — ela perguntou enquanto tentava se aconchegar.
— Não — depositei um beijo em seu lábios retomando o cafuné.
O silêncio pairou no quarto pela primeira vez. Amanda, piscava os olhos devagar, o cansaço de sua agenda cheia, de um voo atrasado, de um trânsito infernal... todo o cansaço do dia parecia ter chegado. Com seu rosto angelical quase que desenhado a mão, ela caiu no sono. Talvez fosse o cansaço, ou talvez efeito do meu cafuné, eu nunca saberia e ela nunca me diria. Apenas perdi, ou melhor, ganhei, longos minutos olhando-a tão minha dormindo serena nos meus braços, depois de um sexo maravilhoso e de declarações cruciais para nossa relação. Eu tinha total certeza que eu não precisava de mais nada. Ela preenchia todos os meus espaços.
__ 09:15 __
Não fazia ideia do horário que despertei, apenas tentava me acostumar com a claridade. Sentia um dos meus braços dormentes, e minhas narinas preenchidas pelo cheiro do shampoo da Amanda. Ao abrir os olhos e recebi uma justificativa, meu braço estava debaixo da cabeça da Amanda, seus cabelos estavam jogados perto ao eu rosto, enquanto seu corpo nu estava colado ao meu.
Ela ainda dormia serenamente, tirei devagar minha perna que estava sobre seu corpo e puxei o meu braço com cuidado para não abordá-la. Balancei meu braço tentando melhorar o formigamento e sorri ao notar a marca exata do brinco da Amanda sobre minha pele.
Tomei uma ducha rápida antes de passar um café.
Amanda acordou um pouco depois que terminei o café, ela continuou deitada mexendo no celular. Só percebi que ela havia despertado, por ouvir o som de áudio reproduzido pelo aparelho.
Preparei uma bandeja com algumas coisas e levei até o quarto:— bom dia — disse colocando a bandeja na cama e depositando um beijo em sua cabeça, logo em seguida beijando seus lábios.— Bom dia, gatinho — ela disse com a voz manhosa acariciando meu braço — nossa, café na cama — Amanda sorriu sem mostrar os dente. Se sentou na cama, enrolou-se no edredom como se o cobertor fosse um de seus vestidos — você tá me mimando demais — ela me mandou um beijo no ar com os olhos fechados de jeito fofo — e eu tô amando ser mimada.
Sorri devolvendo a bandeja pra ela, ao notar que ela já estava devidamente sentada:— Você disse que queria pelas próximas 24 horas, só eu, você e a cama, mas acho que um café dar pra encaixar nesse cronograma... — disse dando um selinho e me deitando novamente na cama — isso não é nem um pedacinho do que você merece!
Ela balançou a cabeça sorrindo tímida, acariciou meu rosto e beijou meus lábios calmamente:— obrigada, por tudo — nos beijamos novamente e ela comeu uma uva — hummm, tá uma delícia! — ela sorriu — aceita? — consenti com a cabeça e ela colocou uma uva na minha boca e pegando o celular em seguida. Amanda bateu uma foto da bandeja e virou a tela do aparelho pra mim — guardar de recordação minha primeira bandeja de café da manhã.
Sorri:— aproveita e posta, marcando o @ que te trouxe — disse roubando um morango e mandando uma piscadela.
— Você não tem mesmo noção do surto coletivo que isso faria — ela sorriu — cara, se eu posto uma coisa dessa, até as 11 da manhã já organizaram um casamento pra gente...
— Daí, nós dois casamos — falei com a maior naturalidade possível, dando com os ombros.
— Você é igualzinho a elas! — ela sorriu tomando um gole do suco — não teve nem pedido de namoro, nem definição do que é isso... — ela disse apontando pra nós dois — o que nos dois temos? Vamos casar com status de amizade que extrapola? — ela gargalhou.
— Mudamos isso agora — peguei o celular colocando na câmera — bom dia minhas queridas docshoes, passando aqui pra dizer... — ela sorriu.
— Para com isso, Sapatoo!
— Então, é que eu e a Amanda namoramos, sim vocês estavam certas, a gente tá namorando — apontei a câmera pra ela — dar um "oi" para os nossos fãs — ela tomou o celular da minha mão.
— Tá doido, Antônio? — ela disse sorrindo e apagando o vídeo da galeria — já pensou se sem querer posta isso?
— Quer namorar comigo? — a respondi com outra pergunta, enquanto me aproximava de seu rosto.
— Não — ela me deu um selinho olhando a bandeja— você está querendo fazer fofoca — ela passou um pouco de manteiga em uma torrada — já combinamos que íamos com calma... — Amanda arqueou a sobrancelha — a gente é amigo, sapatinho — ela tentou se manter seria, mais caiu no riso.
— Vai começar com isso de novo, Amanda? — disse beijando seu pescoço e escorregando as mãos pelo seu corpo nu — nem você acredita nisso.
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intense feelings
RomanceTudo pode nos tocar a alma. Por um milésimos de segundos ou até nosso último segundo de vida. Depende da intensidade. #docshoe