Capítulo 34

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Amanda POV's on:

Acordei sozinha no quarto. Olhei tudo em volta e estava um completo silêncio. Demorou um pouco até que eu tivesse coragem pra levantar. Rolei na cama algumas vezes e ao pegar o celular o Antônio havia mandando algumas mensagens perguntando se estava tudo bem e se precisava de algo. Deduzi que ele tinha saindo.

Fiz minha higiene e usei uma roupa confortável. Ao chegar na cozinha me deparei com o café da manhã todo pronto e posto sobre a mesa. Na geladeira tinha um bilhetinho dizendo que ele tinha ido para o treino e retornaria para o almoço.

Antônio sempre foi muito cuidadoso, mas agora estava ao extremo, se pudesse não me deixaria pisar no chão. Ele já tinha mandado áudios e mais áudios dizendo que sairia mais cedo do treino para preparar o almoço e que eu devia descansar. Acho que ele esqueceu que o meu repouso acabou.

Estava quase na hora do almoço quando ele chegou apressado. Estava sentada olhando o celular. Ele se aproximou beijando minha cabeça:— não vou te abraçar, tô todo suado — acarinhou a minha barriga indo para o lado oposto da sala — não consegui sair mais cedo, Amandinha — ele respirou fundo ofegante — quer sair para comer em algum lugar ou prefere que eu peça comida? — perguntou tirando a camisa suada.

Meus olhos foram de imediato para o abdômen trincado e suado do moreno. Senti o corpo queimar e o rosto também, ao perceber que ele tinha notada que eu estava seca-lo com os olhos:— e-eu... — gaguejei engolindo em seco — eu cozinhei pra gente.

— Eu disse que não precisa se preocupar, você só tinha que descansar.

— Eu sei... — nem questionei, não conseguia tirar os olhos de seus corpo bem torneado, meu único pensamento era sobre ele. Antônio sempre foi um puta gostoso. Sempre me achei muito sortuda por tê-lo. Mas com a preparação intensa para a luta, ele estava mil vezes mais atraente. Eu não sei ao certo, mas ele estava mexendo com a minha cabeça além do normal.

Malditos hormônio. Pensei.

Ele riu passando a mão sobre o abdômen notado que o meu olhar se concentrava ali:— vou tomar um banho e já volto, se quiser ir almoçando não tem problema.

Apenas concordei com a cabeça. Meus olhos os acompanharam até que ele sumisse do meu campo de visão. Me joguei no sofá coçando a cabeça:— meu Deus do céu o que tá acontecendo comigo? — falei comigo mesma.

Levantei indo até a janela, abri um pouco para tomar um ar. Eu conversava comigo mesma enquanto eu me abanava com a mão. Tomei um baita susto ao notar um jacaré saindo da grama entrando no lago e outro vindo em direção a janela. Minha única reação foi dar um grito alto me asfaltando da janela, em segundos o Antônio saiu do banheiro com uma tolha enrolada em sua cintura.

— Que foi? — ele disse segurando na parede enquanto os pés deslizavam no piso — que aconteceu?

— Antônio — falei assustada — ai Antônio.

Ele abriu os olhos apavorado se aproximando. Antônio passeava rapidamente com os olhos por todo meu corpo como se procurasse algo de errado:— o que foi Amanda? Tá sentindo alguma dor? É alguma coisa com o bebê? — ele disse preocupado segurando a toalha com uma das mãos e com a outra segurou uma de minhas mãos.

— Tem um monte de jacaré lá fora — falei tremendo — Antônio, ele tá pertinho da janela. Vão entrar aqui!

Antônio respirou aliviado passando a mão pelos cabelos ainda com sabão:— Amanda, pelo amor de Deus, você quer me matar do coração, velho? — ele soltou a respiração pesada — eu pensei que você estivesse sentindo mal.

— É um jacaré na nossa janela! — falei caminhando para o mais longe possível — um jacaré!

— Tem vários aqui — ele falou se aproximando da janela e olhando — ele já até sumiu, seu grito espantou ele — o homem abriu mais um pouco a janela olhando para os dois lados — não tem mais nenhum aqui.

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