Capítulo 48

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Antônio POV's on:

Já fazia alguns dias desde a cirurgia. Eu já estava fazendo fisioterapia e caminhava sem muita dificuldade. E diferente das outras vezes, essa recuperação pós cirurgia foi muito tranquila. As dores estavam quase imperceptíveis e meu joelho parecia recuperar-se muito bem. Única coisa que me incomodava, era subir e descer as escadas, sentia algumas fisgadas com movimentos pesados e repetidos, o médico disse que era normal.
Acho que a escada não incomodava só a mim, a Amanda também se irritava com isso. Se pudesse, a loira me prenderia na cama.

— Antônio eu tô perdendo a paciência — Amanda esbravejou terminado de descer as escadas. A loira segurava uma sacola nas mãos, era um presente que estava na nossa caixa postal.

— Gostou? — apontei para a sacola.

— Sim, tem um pra Olívia igual — ela sorriu brevemente, me fuzilando com um olhar — você já subiu e desceu essa escada quatro vezes, só essa manhã! — usando uma camisa minha, a peça estava colada ao corpo, a blusa decorava perfeitamente sua barriga, ela tentou segurou a barra tentando abaixar a peça ao ver meus olhos fitarem seu bumbum avantajado descoberto. A tentativa não teve sucesso, diferente das outras vezes, minhas blusas não pareciam um vestido para ela, o volume da barriga deixava a peça curta. Ela não levava muito a sério quando eu dizia, mas estava cada dia mais linda com a nova curva que lhe foi acentuada.

— Nossa amor, que calcinha rendada bonita — sorri travesso me sentando no sofá tentando mudar o assunto.

Amanda deixou escapar outro sorriso bobo, logo voltando para o semblante sério:— Antônio, por favor — a loira passou uma das mãos no rosto, parecia irritada — você não é criança! Para de teimosia. Repouso, cara. Você sabe o que é isso? — balancei a cabeça positivamente — não parece! — cruzei os braços escutando o sermão — eu tô quase descendo a cama para o meio dessa sala, pra ver se você sossega. Sério, não adianta cirurgia se você não faz a pausa necessária para recuperação.

— Eu só vim pegar uma fruta e tomar o remédio, meu amor — levantei o alimento mostrando a Amanda — você estava vendo as coisinhas da Olívia, não queria atrapalhar. Também, não posso ficar o tempo todo deitado.

Amanda respirou fundo:— você não atrapalha, nunca! Me deixa cuidar de você, Antônio.

— Você tá cuidando — sorri, fiz um sinal com as mãos chamando-a — muito bem por sinal, da melhor maneira possível — Amanda se aproximou e puxei fazendo com que ela se sentasse em uma das minhas pernas — você é maravilhosa, nem se eu estivesse com a dona Wilma, ela me mimaria tanto.

Amanda soltou um riso alto:— que pecado, a dona Wilma falta te colocar em um berço e ninar.

— Você também — sorri afastando as pequenas mechas de cabelo que estavam fora do coque. Amanda apenas me olhava docemente, enrolou os braços ao redor do meu pescoço e depositou um leve carinho na minha nuca. Já eu, deslizei as mãos por suas costas até que chegasse em sua bunda, apartei a região abrindo um sorrindo de canto.

— Você não tem jeito! — a loira sorriu semicerrando os olhos — se comporta, garoto.

— Eu não consigo — falei ainda a sorrir — essa calcinha, exibindo essa bunda gostosa. Puta que pariu, que maldade Amanda.

— Olhando nos meus olhos e pensando na minha bunda, que isso? — a loira beijou meus lábios brevemente — você tá de repouso, desiste.

Subi com as mãos por baixo da camisa que ela usava subindo a peça devagar:— Amanda, eu tô com saudade — afundei o nariz em seu pescoço roçando a barba.

— Eu também estou... — sussurrou baixinho arranhando minha nuca — mas não, para com isso — falou erguendo o pescoço dando mais espaço para minhas carícias.

— Só a gente ir com calma, amor — mordisquei sua orelha, tirei a blusa que ela usava jogando no encosto do sofá — a visão do paraíso, meu Deus — falei olhada-a enquanto deslizava os dedos pela lateral de corpo.

— Eu sou uma médica, devia te repreender, não compactuar com sua loucuras — sorriu negando com a cabeça como se tentasse afastar os pensamentos que lhe passava.

— Não é loucura, só precisamos dar um relaxadinha — Amanda gargalhou segurando meu rosto.

— Se der errado, você pode arrumar outra desculpa para seu médico! Se disser que foi transado, você é um cara morto — ela me olhou seriamente por pouco tempo e logo sorriu colando nossos lábios.

Não durou muito para que estivéssemos sem nenhum tecido impedindo o contato direto de nossos corpos. Tateava com os dedos sua pele, sentido seu corpo arrepiada a cada toque meu. Com os joelho apoiados nas laterais do meu quadril, Amanda mantinha nossos olhos fitados, podia notar cada pontinho dourado e esverdeado do seu olhar único. Sem dúvida alguma, eu amo esses olhos mais do que qualquer outra coisa no mundo.

Ela rebolava devagar apoiando-se em meus ombros. Sentia minha pele queimar com suas unhas cravadas ali. Estava tudo perfeito, nossa junção é perfeita. Único som no ambiente, era de nossas respirações profundas, descompassadas e do choque de nossos corpos.

Enlacei os braços ao redor do corpo de Amanda tentando inverter a posição que estávamos, mas ela impediu:— tá doido? — sorriu mordendo meu lábio — eu que tô no comando! — rir buscando seus lábios.

— Você me enlouquece, princesa! — apertei seu bumbum, revirando os olhos de prazer com seus movimentos provocativos.

— Eu sei, garotinho! — Amanda sorriu mordendo o próprio lábio.

Aquela manhã nos rendeu bons e prazerosos orgasmos. Nossos corpos tremiam e brilhavam cobertos por uma quantidade significativa de suor. Olhei Amanda deitada ao meu lado no chão da sala e sorri, reparando suas bochechas coradas e sua respiração descompassada.

— Sente alguma dor? — girou o corpo ficando de lado e olhando-me.

— Sim — Amanda arregalou os olhos — dói bem aqui... — apontei para meus ombros e tórax extremamente vermelhos e arranhados. Amanda cerrou os olhos cruzando os braços — você me arranhou todo.

— Você mereceu! — ela sorriu se aproximando e colando nossos narizes — e agora? Eu tô acabada, mal sinto minhas pernas e já é hora do almoço — ela dizia como se realmente tivéssemos um problemão — a minha barriga tá roncando, cara! — gargalhei — devíamos ter calculado direito essa brincadeirinha com a pausa para fazer o almoço.

— Você precisa fazer amigos, Amandinha. Precisamos de lugares para filar a bóia — ela sorriu me dando um beijo — vamos nos arrumar, vou te levar em um lugar legal — Amanda bateu palmas contente — mas é com comida saudável, nada de besteiras!

— Nem tudo é perfeito, Olívia! — reclamou a sorrir.

— Você é — falei puxando-a para meus braços, beijando-a.

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