Capítulo 77

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Amanda POV's on:

Passaram algumas semanas desde o episódio. Os advogamos já estavam a mover a ação. Os organizadores deram total apoio a Antônio e puniram inicialmente Jake com a suspensão de duas lutas, o que de certa forma, encaretaria com perca de alguns de seus patrocínios e diminuição sua pontuação geral. Ele agora só lutaria com o Antônio disputando o cinturão. Os embates menores que Antônio teve, resultaram em três vitórias e um empate, estava maravilhoso, já que seu adversário não participou de duas lutas, empatou uma e perdeu outra, estávamos em vantagem.

Ja minhas gravações estavam a todo vapor. Mas  talvez na teoria parecia mais fácil nossos planos, na prática estávamos tendo alguns probleminhas que não prevíamos. Além dos dias tensos após o maldito vídeo, tivemos que lidar com nossos corpos refletindo a quantidade de estresses dos últimos dias e a mudança de clima. No Brasil estava inverno, já em Miami estava no verão. Eu como adulta senti, mas o uso dobrado de água, alguns analgésicos foram suficiente para seguir minha rotina normal, já Olívia, teve seu primeiro resfriado, o que bagunçou toda nossa agenda. Passávamos a maior parte das noites acordados, durante o dia a neném não queria ninguém além de mim e do Antônio, e olhe lá, as vezes ficava o tempo inteiro grudada comigo. O que dificultou as tentativas de apresentá-la a babá, queríamos ao poucos familiarizando a bebê com alguém de fora do nosso convívio, mas com ela doente, não tinha a menor condição disso.

Antônio teve que abrir mão dos treinos da tarde para que eu seguisse nas gravações. Para não ficar em falta, o homem passou a treinar a noite. Quando chegava, ainda me ajudava com a Olívia. Estava puxado, mas com fé em Deus logo, logo passaria.

— Tá com febre? — Antônio perguntou enrolando uma bolsa de gelo no ombro que havia machucado no treino — daqui, vai descansar um pouco — falou sentando ao meu lado na cama e pedindo a bebê.

— Graças a Deus, nada de febre hoje — ao menor movimento que fiz para tentar entregar a bebê ao Antônio, Olívia abriu os olhos franzindo o cenho como se fosse chorar — melhor deixar aqui — disse beijando sua cabeça — ela tá quietinha... — passei a pontinho dos dedos pincelando seu rostinho que estava grudado ao meu colo, depois acariciei sua mãozinha que segurava a gola do meu pijama — ela tá tão cansadinha.

— Resfriado nojento — ele falou beijado a perninha da bebê — vai melhorar logo, amor do papai.

— Preferia que fosse comigo... — falei afastando alguns fiozinhos de cabelo e beijando a cabeça da bebê.

— Eu também — Antônio falou acariciando a neném que resmungava mesmo a dormir.

— Como foi o treino? — perguntei olhando o homem enquanto ele analisava a nossa filha — tá doendo? — apontei para o ombro de Antônio.

— Pesado... — fez drama — tá doendo um pouquinho — ele fez uma carinha de dengo pousando a cabeça levemente sobre Olívia, assim, ficando no meu colo também — tô dodói também, princesa — fez bico pra mim.

— Ai, meu Deus! — aproximei dando alguns beijinhos em seu rosto — os meus dois nenês então dodóis? — acarinhei seus cabelos negros — quer um carinho, nenê? — perguntei enquanto lhe fazia um cafuné e ele consentiu com a cabeça.

Antônio aproveitou um pouco do carinho, depois me olhou :— a doutora tá cansada, né?— ele sorriu fraco fazendo um carinho em meu rosto — afasta um pouquinho, deixa eu te fazer uma massagem, amor! — falou sentando na cama. Já eu, fiz de imediato o que ele pediu. Antônio colocou alguns travesseiros para se recostar e sentou-se atrás de mim, e eu recostei em seu tórax.

A massagem não durou quase nada, logo nós dois pegamos no sono. Olívia no meu colo, eu recostada em Antônio, e Antônio quase sentado segurando nos duas com os braços em nossa volta.  Estávamos tão cansados que só nos importamos em dormir, a posição pouco importava.

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