Capítulo 89

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Amanda POV's on:

O casamento estava se aproximando, faltavam exatos um mês e dez dias. Eu e Antônio já havíamos enlouquecido e tomado as rédeas de tudo um milhão de vezes. Mesmo com uma equipe enorme ainda estávamos com tarefas a mais. Havíamos decidido ficar no Brasil por tempo indeterminado, então também estávamos procurando uma casa mais espaçosa, já que meu apartamento não era tão grande. Atarefados era muito pouco pra nós. Para nossa sorte, minha mãe e minha sogra estavam nos ajudando com tudo, sem elas o caos estaria bem pior.

A produção e venda da minha linha seguia muito bem, graças a Deus, estava entre uma das cinco marcas de skin care mais vendidas no Brasil. Mas com tantas demandas, eu estava trabalhando mais distante, porém tentava participar de tudo como sempre. Além de um pequeno quadro sobre maternidade que eu estava participando, agenda cheia. Antônio também estava com muitos afazeres, tentava reduzir os treinos e estava participando mensalmente como comentarista de algumas lutas em um canal de esportes. Estávamos tentando equilibrar, não pegávamos nada que ocupasse muito tempo.

Tiramos alguns dias para fazer algumas viagens, para fazer os convites a nossos padrinhos e levar os convites pessoalmente para pessoas especiais para nós, como minha avó e o pai do Antônio. Ao final, conseguimos passar pelo Paraná, Bahia, João Pessoa e Curitiba. Único padrinho que não teve seu convite feito pessoalmente, foi o Cigano, já que o lutador estava na Flórida. Mas o homem viria ao casamento ao fim do ano para nossa felicidade.

Olívia estava tendo saltos de crescimento, eu e Antônio estávamos bobos com tudo. Parecia que não podíamos piscar os olhos, ou perderíamos algo. A bebê já começará a engatinhar, ainda não era perfeitamente, mas do seu jeitinho ela já conseguia se mover pela casa. Antônio estava neurótico, tentava o máximo manter tudo limpíssimo, para a bebê passear pelo chão. Havíamos começado a introdução alimentar, mesmo com a Olívia recusando a maioria dos alimentos, seguíamos pacientes e esperançosos, sabíamos que aos poucos ela começaria se acostumar. Já me dava uma dorzinha em pensar que era início do fim da amamentação, mas decidimos que deixaríamos o desmame bem mais pra frente.

— Olha que delícia, Olívia — dona Wilma dizia oferecendo algumas verduras amassadas a bebê. Como resposta, a neném resmungava enquanto esparramava um pouco do alimento por sua cadeira de alimentação.

— É muito gostoso, filha — sentado ao lado da mãe, Antônio dizia fingindo experimentar o alimento — hum, que delícia — ele tentava convencer Olívia a almoçar — é muito bom isso, pequenininha.

— Vovó fez com tanto carinho, Oli — a mais velha falou fazendo um aviãozinho — experimenta, princesa.

A bebê choramingava sem querer comer, mas a após muita insistência, aceitou um pequena colherada do almoço. De imediato Antônio e a mãe comemoraram.

— É festa? — falei jogando meus cabelos úmidos para trás dos ombros — eba! — comemorei junto a Antônio e dona Wilma.

— Olívia comeu uma colher de abóbora! — minha sogra disse animada.

— E vai comer mais, porque tá uma delícia — Antônio falou com a voz infantilizada colocando mais um pouco de comida na boca da bebê.

Ao ver que ela havia aceitado a colherada gritamos juntos em comemoração:— eba! — falamos juntos e a neném sorriu.

— Como foi? — Antônio perguntou me dando um beijo.

— Tranquilo — sorri — só tivemos que terminar antes a entrevista porque o meu leite estava vazando — juntei os lábios — Olívia não tem mamado tudo — fiz bico.

Antônio riu:— essa palavra está banida na hora do almoço — ele riu cochichando — eu escondi todas as madeiras pra ela esquecer que existe leite.

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