Parecemos dois desconhecidos,
novamente.
Não lembro se ainda me é conhecido
Meus dedos congelam ao se depararem com o teclado, com as infinitas possibilidades de palavras...
O coração gela com a agonia de ver o online do outro lado da tela
E tudo o que sempre quis te dizer sufoca a minha goela
O receio toma conta do meu vocabulário
Queria que seu nome estivesse em algum dicionário, para ver se conseguiria te interpretar de maneira mais fácil.
É tão misteriosa a forma em como duas pessoas que eram até então íntimas, se tornam de uma hora pra outra duas completas estranhas
Mas. o script de todas as nossas conversas permanecem criptografadas em minhas entranhas
Suas promessas que me foram feitas sem intenção alguma vagam no imenso espaço entre eu. e tu.
Quem me dera se existisse um eu e tu,
sem vírgulas, ponto. espaço ou divi/sões
Apenas eu e tu.
Você ousou invadir meus sonhos pela janela da minha alma todas as noites e pulou pra fora na primeira janela que se abriu entre nós
Ou melhor entre eu. e tu.
Porque se não existe nem um,
nenhum, eu e tu. existe muito menos: nós.
É cruel a forma em que você se apega aos detalhes, às trocas de olhares, aos trejeitos, e como ele fez morada tão rápida no seu peito?
Queria saber como isso aconteceu
e se aconteceu,
Olhei em seus olhos e você simplesmente se escondeu, ali era o momento perfeito para eu ter te dito
- Adeus.
Mas escolhi permanecer.
Mesmo tendo todas os indícios de que no final iria me doer
O café esfria
Para toda tristeza há uma alegria.
Amanhã será um novo dia,
Você se esquecerá de mim algum dia, ou mesmo amanhã
E quando esse vazio tomar conta do seu peito
E você se lembrar do motivo entenderá o porque minhas mãos sempre foram tão frias.
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As Luas de Júpiter
PoetryAs Luas de Júpiter é uma obra autoral com mesclas cronistas e características da poesia. Construída sob uma narrativa abjeto, um experimento literário de dar corpo e identidade para a subjetividade de um lugar, um sentir, uma inspiração que nominei...