Tem dores que já não doem mais,
estão anestesiadas.
Tem choros que já não choram mais,
viraram desertos.
Tem amores que já não amam mais,
são agora solitários.
Tem palavras que já não existem mais,
elas se desintegraram
na boca
no peito
no tempo.
Tem certezas que já não valem mais,
elas se tornaram vazias.
Tem pessoas que já não se conhecem mais,
essas estão perdidas.
Tem ventos que já não ventam mais,
estão estagnados.
Tem águas que já não correm mais,
elas estão secas.
Tem corações que já não se entregam mais,
esses estão feridos.
E o amor que para tantos pesa demais,
estes estão agora entregues
flutuando sobre suas dores infernais.
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As Luas de Júpiter
ŞiirAs Luas de Júpiter é uma obra autoral com mesclas cronistas e características da poesia. Construída sob uma narrativa abjeto, um experimento literário de dar corpo e identidade para a subjetividade de um lugar, um sentir, uma inspiração que nominei...
