Algumas roupas minhas estão perdidas
Outras já não visto mais, não me identifico maisAssim como algumas das minhas relações
Algumas pessoas já não vejo mais, as ideias já não se conversam maisTambém como alguns dos meus pensamentos e das minhas verdades
Já não me cabem mais, já não me identificam maisÉ necessário deixar algumas prateleiras vazias
Esvaziar nossos excessos internos para a possibilidade de criar mais espaçoArejar os interiores para que a vida melhor circule
Se expanda e se transformeDeixo o velho ir, o passado ruir e o tempo das coisas morrerem
Nossos ombros não foram feitos para carregar sobre si o peso do mundo
Nem nossos pés para nos arrastarem mórbidos e cansados pelas calçadas da vidaÉ preciso reconhecer o fim de todas as coisas
E também quando chega o nosso fimE a escolha mais sábia e sadia a se fazer é a de partir.
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As Luas de Júpiter
PoetryAs Luas de Júpiter é uma obra autoral com mesclas cronistas e características da poesia. Construída sob uma narrativa abjeto, um experimento literário de dar corpo e identidade para a subjetividade de um lugar, um sentir, uma inspiração que nominei...