A juventude é muito pouca comparada
Ao tamanho dos nossos corações
E o mundo pequeno demais
Para o tamanho dos nossos sonhos
Mas ainda assim ele consegue ser grande o bastante
Para nos engolir e nos esmagar
Dentro da sua massa fermentada de dominação e poder
Por isso temos que seguir atentos e vigilantes à todo segundo
Pois é sempre no primeiro descuido que caímos dentro das valas do submundo
Todo cuidado é pouco e toda lucidez se faz demasiadamente necessária
Queremos mais que a boca, mais que a língua
E estamos fartos de todas as tolices da mídia
Queremos viver e mais que isso
Queremos ter vida para viver
O mundo também é nosso, afinal aqui estamos e aqui nascemos
Não seremos coniventes e cúmplices
Dos crimes ambientais, sociais e globais
Desse seu sistema de epistemicídio, ecocídio e genocídio
Seremos a contracultura
O anti-herói, o sangue da luta
Para cuspir da carne esse mundo de escarro e escárnio.
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As Luas de Júpiter
PoesíaAs Luas de Júpiter é uma obra autoral com mesclas cronistas e características da poesia. Construída sob uma narrativa abjeto, um experimento literário de dar corpo e identidade para a subjetividade de um lugar, um sentir, uma inspiração que nominei...