Não tem nada mais para ser dito
Não tem nada mais para ser explicado
Basta sentir
Não é preciso que seja entendido,
não precisa ter sentido, não
Basta sentirSolte, libere
Deixa que escorra por toda a tua pele
Passando por cada pedacinho, por cada milímetro
Cada pêlo, cada área, cada dedo
Deixa que escorra como a água ao cair pelo teu corpo
Deixa que escorra
E que vá para a terra
Todos os medos, todos os traumas
Todos os anseios, todas as lágrimas
de dor...
Todos os devaneios, todas as mágoasDeixe que vá, deixe que vá
Você já fez a tua parte
Você se comprometeu consigo mesma
Pegou a espada, a lança tudo o que foi preciso e necessário
Vestiu-se de coragem para enfrentar todos eles
Todos os monstros, todos eles
Você os derrotou.
Eles não eram, nunca foram maiores que você,
Você que ainda não sabia do teu tamanho, da tua força, da tua capacidadeEntão deixe que vá, que vá
Que escorra, que escorra, que escorra
Mas não corra, não tem mais porque correr
Dance, dance, dance, dance assim como ao vento
Se entregue, se renda, se renda,
Para o teu coração, para a tua pele, para o teu corpo, para a tua alma, para a tua verdade
Se renda.Vá, se mova como queira se mover
Vá por onde queira ir.
Viva como desejas viver.
Vá. Vá.Não olhe mais para trás, não tem mais porque olhar para trás
Não há nada mais o que temer.
Não há nada mais o que temer.Há apenas um caminho a ser seguido,
e ele só se faz para frente
É lá onde está tudo o que você deseja saber e conhecer
Então vá.
Vá, deixe que o vento te leve
Deixe que o vento sopre ao pé do teu ouvido
Qual o próximo passo,
qual o próximo movimento a ser seguidoSinta. apenas sinta
Feche os teus olhos, inspire e expire
O ar, que é muito mais que ar
Que entra e sai, que entra e sai em forma de vida
Não, não precisa explicar.
Não se preocupe não há nada que ser explicado,
não há nada que ser entendido,
não há nada que ser verbalizado agora
Sinta, sinta, se entregueAo sentido
que não tem sentido,
que não precisa ter sentido
para sentir
a vida.
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As Luas de Júpiter
PoetryAs Luas de Júpiter é uma obra autoral com mesclas cronistas e características da poesia. Construída sob uma narrativa abjeto, um experimento literário de dar corpo e identidade para a subjetividade de um lugar, um sentir, uma inspiração que nominei...