As Luas de Júpiter

Em busca de mim.

Calados.
Sem posição
Mas em oposição
à tudo aquilo que contradiz
a sua ou a minha razão

Minha língua te fere
Como uma afiada adaga
Segundos
Depois.
meus lábios amaciam
como toque de fada

Sou uma infinita estrada
Um pouco esburacada
E de difícil acesso.
mas ele tem,
ele tem...
um vazio tão cheio de solidão
inspiro suas dores e ás trago para mim
em um piscar já não estava mais ali

Fui sem me despedir
Seus olhos nos meus
Foi o mais longe que consegui ir

O "nós"
De minha história não passa
de alucinógenas poesias
quero partir dessa miserável realidade de distopia
e libertar-me em minha distorcida utopia

Esses versos não são para ele
ou pouco foram inspirados nele
São para me lembrar
de tudo que precisei reconstruir
Para enfim seguir
Em busca de mim.