Pela noite vai menina
sonhar com a vida que perdia,
seu choro é uma sinfonia de melancolia e agonia.
Dessa tua pele fria e das noites geladas geadas, o vento frio que atravessa por entre as fibras finas daquelas velhas cortinas.
Tenho ficado descrente das minhas próprias mentiras que ironia a minha de ser tão tímida
são muitos os ditongos e as veias abertas que encontro no caminho triângulo da minha mente - Eu sempre estou em algum dos extremos. Beirando as minhas bordas prestes a cair numa queda quebra irreversível e irreparável.
Quando a noite se deita sobre o céu e as estrelas se mostram tão confortáveis em seu corpo
penso na beleza da luz e como é belo reluzir.
Então volto para o escuro do meu quarto e ao escuro da minha alma
penso na beleza da sombra e como é belo o obscuro
a possibilidade de caminhar no mistério no subterrâneo profundo e oculto
da nossa inteireza enquanto seres prematuros
Nossa maior virtude e nossa maior agrura.
Pela manhã vem crescida
e acorda com a cabeça
dessa vez sóbria e colorida
em suas retinas agora ensandecidas
com as velhas cortinas deixando a luz do sol entrar na sua vida.
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As Luas de Júpiter
PoesiaAs Luas de Júpiter é uma obra autoral com mesclas cronistas e características da poesia. Construída sob uma narrativa abjeto, um experimento literário de dar corpo e identidade para a subjetividade de um lugar, um sentir, uma inspiração que nominei...