Entre vidas e mortes
Vivi todas elas
Com insanidade e intensidadeEntre quedas e voos
Caí para destroçar por inteiro
E voei mais alto que os céusEntre choros e gargalhadas
Chorei até a seca dos meus ossos
Sorri até os dentes que não tinhaEntre erros e acertos
Aprendi com a dor todo o seu valor
Errei muito com o amor e de sobra recebi mais dorEntre paixões e amores
Me entreguei de corpo e alma
Fui apenas corpo, fui apenas caraEntre idas e vindas
Atesto que sim, eu sigo melhor sozinha
Pela estrada à caminho da minha velha casaEntre voltas e retornos
Descubro que nunca é tarde para recomeçar de novo (e quantas vezes mais forem preciso.)
E que a vida é de fato uma via de mão dupla
Tudo o que vai, um dia volta
Tudo o que sobe, uma hora cai
Quem muito chora, um dia aprende a sorrir
Quem tanto é ferido, uma hora aprende a ser cura
À ser curado e à se curar, uma via de mão duplaEntre perdas e ganhos
Entendi que a perda nunca é perda
Afinal só "perdemos" aquilo que não temos e nem nunca iremos ter
E a perca chega a ser alegre, pois quanto mais perco mais descubro o que verdadeiramente tenho
E perder se torna ganharEntre loucuras e aventuras
Experimento o real sabor da realidade
E que ser louca é a minha maior virtude
(fodam-se os normais!)Entre palavras e parênteses
A vida é um diagrama
Está tudo diante de nós
Posto às claras sob nossos olhos
Palavras são mágicas
E pensar é o maior poder de nós seres-mentaisEntre passado e presente
É uma película posta muito fina e sensível
Que atravessa de lá e de cá
Sem tempo, sem pudor, sem censura
Pairam pelo ar invisíveis, mas jamais imperceptíveisEntre ser e não ser
Escolhi viver sem temer
Sem regras, sem me esconder
Pois bem
Escolho serPorque morrer eu não sei,
mas viver talvez.
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As Luas de Júpiter
PoesiaAs Luas de Júpiter é uma obra autoral com mesclas cronistas e características da poesia. Construída sob uma narrativa abjeto, um experimento literário de dar corpo e identidade para a subjetividade de um lugar, um sentir, uma inspiração que nominei...