Tempestades em nossas vidas.

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Luiza.

seja racional Valentina por favor me ouve , sei que você está nervosa M- mais me escute me deixa explicar. — pedi gesticulando nervosamente sentindo as lágrimas começarem a surgir nos meus olhos.

— não quero explicações nenhuma. — pela primeira vez desde de que adentramos o quarto mantive contato visual e vislumbrei seu rosto vermelho e seus olhos verdes que eu tanto amava admirar inundados. — você teve todas as oportunidades do mundo e mesmo assim omitiu e o mais engraçado foi o discurso de militância pra cima de mim ontem. — riu sem humor. — isso por que era uma coisa do passado de muitos anos atrás e você escondendo coisas recentes de mim , hipocrisia total né ? Mais tudo bem sabe Luiza ?! A culpada nisso tudo só eu.
Sabe por que ?! Óbvio que não sabe, aliás você não sabe algo verdadeiramente sobre mim, mais você está livre Luiza pra seguir sua vida da forma que achar melhor e lhe peço desculpas por ter insistindo tanto pra que ficássemos juntas , por ter te perseguido não vou nomear tudo agora mais te peço perdão em geral.

— olha Valentina eu entendo que você esteja super nervosa, que falhei em não ter contado mais não vou permitir que você duvide dos meus sentimentos. — tentei me aproximar e mais uma vez recuou.

— vou dormir no quarto da Manuela já que ela não está aqui e já está tarde pra você sair pelas ruas mesmo que seja por meio de um carro de aplicativo.

— à partir do momento que você terminou comigo não tem mais direito de opinar em relação as minhas decisões. — exclamei chorosa puxando meus cabelos em nervosismo.

— sem shows Luiza a noite de hoje já foi o suficiente, e devo te agradecer por ter me convidado pra beber com a sua amiga se não fosse esse barzinho continuaria sendo feito de trouxa isso se..

— não ouse terminar essa frase Valentina porque eu posso ser tudo nessa vida menos mal caráter , jamais trairia você ou qualquer outra pessoa que fosse. — a interrompi segurando o nó que se formava na minha garganta o seu olhar acusador estava me machucando demais.

— você falou tanto da minha mãe e me magoou no mesmo nível que ela. — Valentina limpou as lágrimas me olhando nos olhos mais uma vez antes de sair porta a fora.

Balancei a cabeça em negação sentindo as lágrimas banhando o meu rosto abri minha mão e a aliança dela estava ali , tudo estava acabado havia magoado a pessoa que eu mais amava.

Pensei em ir atrás dela mais tudo que Valentina precisava nesse momento era de tempo tentar conversar com ela dessa forma só carretaria em mágoas ofensas que depois nós arrependeríamos.

.*.*.*.
Valentina.

Conforme aquela mulher falava tudo aquilo como se fosse algo normal o som da música que ecoava segundo atrás por toda aquele lugar sumiu dos meus ouvidos.

As carícias da Luiza no meu braço que antes estavam me agradavam tanto estava me incomodando e quanto mais aquela mulher falava mais rígido meu corpo se tornava e antes que as lágrimas imundasse meu rosto demonstrando toda a minha decepção empurrei a Luiza pra frente pra que ela saísse do meio das minhas pernas , e sai daquele local sem olhar pra trás parei no primeiro ponto de táxis que encontrei e suspirei profundamente tentando segurar as lágrimas.

Poderia ter sentado a minha mão no rosto da Laura mais na minha visão ela era a menos culpada ali , a culpada disso tudo era a Luiza a mulher que eu amava loucamente e acreditava que me amava na mesma intensidade , mais me enganei assim como já me enganei tantas vezes na vida seria tão difícil assim alguém me amar verdadeiramente?

Lembrei de todas as minhas idas na terapia e do quanto a Doutora vinha trabalhando sobre a minha dependência emocional na Luiza e na maioria das vezes seus conselhos entravam por um ouvido e saía pelo outro , por que embora não fosse saudável ser dependente de alguém eu gostava disso , nem sei mais o que eu estou falando não me julguem pelo menos não nesse momento onde até simples fato de eu respirar dói.

Infinitas chances para amar - Valu Onde histórias criam vida. Descubra agora