20 - Aquele do baile de máscaras

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Como prometido, dentro do horário combinado anteriormente 😁

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A última cena de Sam e Mon na série é intensa, forte e triste. Infelizmente não existe um final feliz para as duas no roteiro, a investigadora Sam abriu mão de sua ética e do juramento que fez pela justiça ao se tornar policial, quando ela deixa Mon fugir, tudo por causa de seu amor por ela. Nessa temporada, o casal Heng e Freen acabam juntos.

Só falta essa cena para eu gravar e minha trajetória no estúdio da Idol Factory estará finalizada, já que ainda não há renovação prevista para uma próxima temporada da série Diversity, que corre sérios riscos de ser cancelada.

A despedida das personagens ocorrerá no último episódio da temporada, numa cena carregada de emoção onde Mon consegue entrar de penetra num baile de máscaras beneficente que o departamento de policia organizará, só para ver Sam pela última vez. Elas terão uma dança lenta às escondidas atrás do palco, assim que a música se encerra, os personagens de Heng e Non aparecem acompanhados de outros policiais para prender Mon, mas ela desaparece no meio da multidão conseguindo escapar.

Freen e eu estamos já o dia todo trancadas numa sala com um coreógrafo, sinto pena dele e admiro sua paciência. Nós duas somos horríveis nisso, até mesmo usando roupas casuais como agora, não quero nem imaginar quando estivermos com aquele figurino de gala, pesados vestidos de pedraria e salto alto.

Eu sou o tipo de pessoa que tenho pouca noção de ritmo para dançar, mas Freen é ainda pior, parece ter dois pés esquerdos. Pisamos inúmeras vezes no pé uma da outra, o diretor está cogitando colocar uma dublê para substituí-la nessa cena, já que estaremos usando máscaras o tempo todo.

– Certo, meninas. Vamos fazer uma pausa – Diz o coreógrafo.

Assisto ele deixar a sala com passos apressados, talvez ele esteja indo gritar no banheiro, eu não o julgaria.

Esse pensamento me faz rir e atraio a atenção de Freen ao fazer isso, ela está impaciente e irritada por não conseguir acertar os passos da coreografia.

– O que foi? – Ela questiona com uma sobrancelha arqueada.

– Eu acho que ele foi se demitir – Digo ainda rindo.

– E você acha engraçado?

Infelizmente eu tenho o hábito de rir em momentos inapropriados, não é algo que consigo controlar na maior parte do tempo.

Ela rola seus olhos e caminha até o canto da sala para pegar sua garrafa de água, toma vários goles e então se senta sobre o piso com as pernas cruzadas. Sei que está frustrada, meu dever é tentar animá-la.

Ando até ela e estendo minha mão em sua direção.

– Me daria a honra dessa dança, senhorita? – Peço sorrindo.

– Estou cansada – Ela diz emburrada.

– Vamos lá – Faço beicinho porque sei como convencê-la.

E ela cede, rolando seus olhos, e pegando minha mão para se levantar. Trago-a até o meio do salão novamente, mesmo que ela ande com má vontade, ela faz o que quero. Conecto meu celular no sistema de som e procuro por uma playlist de músicas lentas, escolho a primeira que aparece e coloco no modo aleatório.

A música que deveríamos dançar, a que estamos ensaiando há horas, é My Girl da banda The Temptations. Mas eu imagino que Freen já esteja cansada de ouvi-la repetidas vezes tanto quanto eu estou, então deixo que o aleatório faça seu trabalho. Logo começamos a ouvir o som suave do piano na introdução da música Repeat Until Death, da banda Novo Amor, e eu não me atrevo a mudar.

Duas Marcas - Freenbecky (GAP)Onde histórias criam vida. Descubra agora