Duas Marcas - Freenbecky (GAP)

27 - Aquele em que namoramos

Mais um capítulo para vocês, por eu ter postado muito tarde ontem 😁

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Olho para o lado ao mesmo tempo em que puxo meu braço, para me livrar do aperto.

– Me solta! – Digo asperamente.

– Ainda não – Mind aumenta ainda mais a pressão de suas mãos, então me lança um sinal com a cabeça. – Vá para o carro.

Não entendo o que ela quer dizer, mas obedeço quando vejo ela andar em direção ao local onde Heng e Freen estão.

Caminho para fora da propriedade de Non e vejo o Rolls-Royce preto mal estacionado, parado atravessado na entrada de carros e com a porta do motorista aberta. Deixo um longo suspiro escapar, preocupada, mas ao mesmo tempo aliviada por ela ter chego ali sem sofrer um acidente no estado em que estava.

Vejo Heng vindo pelo mesmo caminho, com Freen jogada por sobre seu ombro direito e Mind logo atrás carregando o taco de basebol.

– De quem é esse carro? – Ele questiona confuso.

– Dela – Respondo.

– Desde quando você tem um Rolls-Royce? – Continua perguntando ao colocar a atriz quase inconsciente no banco traseiro.

– Não é da sua conta, grandalhão – Ela resmunga de olhos fechados.

Me aproximo de Mind para pegar o taco que ela estende para mim, sinto como se estivesse escondendo a arma de um crime.

– Eu agradeço – Digo a ela.

– Não precisa – Ela pisca para mim. – Eu acho que já entendi tudo.

É tudo o que ela diz antes de se virar e voltar em direção à casa.

– Vamos – Heng mantém a porta traseira do carro aberta para mim. – Vou levar vocês embora.

Não penso duas vezes antes de entrar, não importa que minhas coisas estejam em um hotel qualquer, eu sei que tenho uma casa aqui, minha casa é onde ela está.

– Eu te indico o caminho – Digo ao entrar.

Me encaixo no banco traseiro junto dela, seus olhos estão fechados, mas quando eu elevo brevemente seu corpo para apoiá-la em mim, seus olhos se abrem e me encaram.

– Você – Ela diz, num tom de voz fraco.

– Eu – Apenas confirmo.

Pesados, seus olhos se fecham novamente.

Heng dirige o Rolls-Royce em silêncio por todo o caminho que eu explico, ele não tem dificuldades para chegar ao condomínio, afinal ele já esteve lá várias vezes. Por um momento ele achou até que eu estava levando-o para a casa falsa de Freen, mas quando finalmente chegamos, quando ele estaciona o carro à frente da pequena casa de fachada escura e escondida, leva alguns segundos até ele conseguir processar.

– Esse tempo todo esteve bem debaixo do nosso nariz – Ele comenta.

– Assim que você sair daqui, vai esquecer esse caminho imediatamente – Digo num tom baixo, já que Freen parece ter dormido. – Combinado?

Ele assente com a cabeça, depois de tudo que conversamos, depois de tudo que ele me contou, tudo o que eu quero é manter o lugar seguro ainda seguro.

– Vocês vão ficar bem? – Heng questiona antes de eu abrir a porta do carro.