Duas Marcas - Freenbecky (GAP)

29 - Aquele da surpresa e referência

Infelizmente estou proibida de fazer comentários 😔 (obs: isso não é um comentário)

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Tenho dificuldades para acordar quando o alarme toca no horário programado, parece que acabei de pegar no sono. Reclamo e cubro minha cabeça na tentativa de conseguir dormir mais alguns minutos. Diferente de Freen que levanta já bem disposta e começa a acender as luzes e andar pelo quarto.

Estou quase pegando no sono novamente quando sinto um corpo quente cair sobre mim.

– Você vai assim? – Ela questiona em meu ouvido.

Rolo para o lado para derrubá-la e me sento na cama, ainda com os olhos semicerrados, lutando para mantê-los abertos. Percebo que ela já está de banho tomado e completamente vestida.

– Te incomoda? – Eu a provoco.

Freen olha atentamente para meus ombros descobertos, enquanto seguro a ponta de um lençol sobre a parte frontal do meu corpo, escondendo minha nudez.

– Eu preciso dirigir o carro, deveria prestar atenção em outra coisa – Se defende ainda olhando para meu corpo.

Sorrio e empurro levemente seu ombro, para que ela perca o equilíbrio do braço em que se apoia e caia de costas na cama.

Alguns minutos depois eu já estava pronta e devidamente vestida, quando desci para encontrar a atriz bem disposta, pude ouvir o som alto do processador na cozinha. Não era um barulho usual nessa casa, então me surpreende.

– O que está fazendo? – Questiono um pouco tarde demais.

Ela já despeja um líquido coado num copo térmico com tampa e o estende para mim.

– Suco de melão – Diz simplesmente.

– Você detesta suco.

– Mas você gosta.

Sorrio quando ela beija rapidamente meu rosto e segue para a porta que dava acesso à garagem. Parece ainda empenhada em sua tarefa de tentar me agradar, ainda que eu esteja gostando, me preocupa.

– E o que você vai beber? – Questiono seguindo-a.

Freen dá de ombros enquanto caminha, como sempre ela anda até a porta do passageiro e a segura aberta para que eu entre. Tento retribuir seu carinho, mas sou mais ousada, quando passo por ela, beijo seus lábios. Seu rosto fica vermelho, ela continua ainda não estando acostumada com qualquer demonstração de afeto, mas eu a acho adorável.

Rapidamente ela se recupera e dá a volta no carro para ocupar o assento do motorista.

– Eu pensei em parar em algum lugar no caminho para comprar um café – Ela responde finalmente. – Mas você não gosta de café.

Arqueio uma sobrancelha para ela. – Como sabe que não gosto de café?

– Nunca a vi tomando café antes.

Não é que eu odeie café, eu só prefiro não tomar a não ser que eu realmente precise, mas não digo isso a ela. Nesse caso em específico pode ser que eu precise, já que não me sinto totalmente descansada, e a culpa é toda dela.

– Vai ser uma viagem longa, você pode dormir – Ela diz como se conseguisse ler meus pensamentos.

– Prefiro te fazer companhia – Garanto.

Mas eu menti, pouco depois que deixamos a cidade eu caí no sono e estive apagada por horas, tanto que quando despertei novamente o sol já estava alto no céu, sendo que quando eu adormeci, ele ainda se escondia tímido no horizonte. Sinto meu corpo reclamar, a posição em que estive não era exatamente favorável e sinto as consequências agora em meu pescoço.