Capítulo 13

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Tee caminhava rápido pelos corredores do distrito.

Nunca um telefonema a deixou tão irritada.

Fez sinal para Irin pelo vidro da janela e recebeu um ok para entrar na sala.

Irin falava no telefone, enquanto observava Tee que passava forte a mão nos cabelos, como se quisesse arrancá-lo.

Irin desligou e também não parecia muito satisfeita.

- Você primeiro, capitã. O que houve?

- Acabei de receber um telefonema da diretora Armstrong.

- Aconteceu alguma coisa com a nossa filha?

- Não. Ela tá bem.

- Nossa! Tee. Por favor, não me assuste.

- Ela prestou uma queixa contra uma de nossas detetives.

Irin fechou os olhos e respirou fundo.

- Por que será que você não está surpresa?

- Porque eu pedi que aquela desgraçada da Sarocha fosse até lá.

- Então, já tiveram contato?

- Sim. Hoje cedo.

- E como foi?

Tee perguntou angustiada.

Apesar de não admitir, queria que a história com Freen se resolvesse e tudo voltasse a ser como antes.

Irin levantou, tocando levemente o braço de Tee, tentando tranquilizá-la.

- Foi uma conversa tensa, mas eu ainda sei lidar com ela.

- O que faço em relação a queixa da diretora?

- Nada. Pode deixar que eu resolvo.

- Sabe que não pode misturar os problemas que tem com ela no trabalho, não sabe?

Antes que Irin pudesse responder a porta abriu de repente.

- Opa! Espero não ter atrapalhado.

Freen entrou rapidamente, com seu sorriso cínico e um ar debochado.

- Mas que droga! Freen. Você não sabe bater na porta antes de entrar?

Freen continuou sorrindo.

- Perdoe-me, comandante. Não sabia que estava em um momento familiar.

- Você não muda mesmo não é, Freen?

Dessa vez era Tee quem falava.

- Tee!!! Há quanto tempo!! Não percebi que você estava aí.

- É... capitã Tee, detetive.

- Que seja, não vim falar com você.

Freen sentou na cadeira enquanto Tee olhava para Irin quase explodindo de raiva.

- Por favor! Deixe-nos a sós, capitã Tee.

- Eu deixo sim, mas quero você na minha sala detetive. Temos um assunto pra resolver.

Freen fez apenas um gesto de "tchauzinho" para Tee enquanto ela saía da sala.

- Foi vê a diretora Armstrong?

Perguntou Irin, tentando manter a calma.

- Ela já ligou reclamando?

- O que fez pra deixá-la tão irritada? Recebi uma ligação do escritório de advocacia que representa a diretora. Me cobraram explicações sobre um suposto abuso de autoridade cometido, adivinha por quem?

- Por quem?

Perguntou Freen com a cara mais cínica.

Irin saiu do sério e bateu forte na mesa.

- Vai mesmo continuar com esse joguinho?

Freen não se assustou com a pancada.
Queria irritar a comandante e estava conseguindo.

Olhou Irin dentro dos olhos e disse:

- Você me pediu pra investigar, é o que fui fazer.

- Você entrou na sala dela sem pedir permissão, foi arrogante e...

- E aquela mulher não passa de uma menina mimada.

Freen cruzou os braços, irritada.

- Você vai voltar lá, Sarocha e também vai pedir desculpas.

- Quem me deve desculpas é ela.

- Escuta bem o que eu vou dizer. Se ela prestar uma queixa formal contra você eu não vou poder fazer nada pra te segurar aqui. Essa já é a segunda vez que recebo uma reclamação. Você pode perder seu emprego.

Irin estava com os nervos à flor da pele.

Mas, o fato dela ser a comandante não intimidava Freen.

E se tinha uma coisa que a detetive Sarocha sabia fazer muito bem, era como tirar alguém do sério.

Freen usava isso como estratégia.

Sempre dizia que a raiva, fazia as pessoas agirem sem pensar.

Tudo que tinha que fazer era esperar as atitudes precipitadas que vinham depois.

- É sério, Irin?

- Acha que eu tô brincando?

Dessa vez quem encarava era Irin.

- Não lembro de você ser tão chata. Virou comandante e agora ficou metida?

- Você escolhe, detetive. Ou vai lá e pede desculpas ou dê adeus pra sua carreira.

- Eu vou até aquela mulherzinha mimada, só não garanto que pedirei desculpas. Mas, só vou com uma condição.

- Qual condição, detetive?

- Vou fazer do meu jeito. Quero carta branca e ninguém no meu pé. E esse "ninguém" serve para você e para a capitã traí...para a capitã Tee.

- Se você passar dos limites de novo, eu mesma vou prestar uma queixa e aí você já sabe.

Freen deu um sorriso de vitória, levantou da cadeira e antes de sair disse:

- Você fica mais sexy quando tá com raiva.

Ela fechou a porta bem à tempo de evitar que alguma coisa a atingisse.

FREENBECKY EM CASOS DE "POLÍCIAS" PARTE 02Onde histórias criam vida. Descubra agora