Capítulo 52

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- Oi detetive!!!

- Oi, pequena!! Como você tá?

- Tô com a minha mamãe. Elas voltaram pra mim. Igualzinho no meu sonho. Você quer falar com ela também?

Nesse momento, Tee apareceu dividindo a tela com a filha.

Meio sem jeito, ela acenou para a detetive que também sorriu sem graça.

- Detetive.

- Sim, princesa.

- Cadê os filhotes bagunceiros? A senhorita Armstrong tá cuidando bem deles?

- Sim, pequena. Eles estão muito bem. Quando voltar poderá brincar com eles novamente.

- Já falou pra minha mamãe aí que eu vou ficar com os dois?

- Vai é?

Perguntou Irin olhando para Freen que olhava para a tela procurando refúgio.

- Escuta, pequena. Quando você voltar, prometo que esse assunto já vai tá resolvido. Compramos muitos presentes pra você, eu e toda a equipe.

- Onde tá a tia Nam? E o príncipe Sapo? E a Nita bacana?

Tee não conteve o riso e Irin olhava para Freen tentando entender porque a filha havia dado apelido para todos os agentes.

- Estão aqui esperando você voltar. Todos com muitas saudades.

- Filha, precisamos desligar agora, se comporte. Obedeça a mamãe e os avós. Te amo tá. Beijos.

- Tchau! mamãe. Tchauzinho! detetive.

- Tchau! princesa. Se comporte.

A menina se despediu sorrindo e a chamada foi encerrada.


Irin continuou parada ao lado de Freen ainda olhando para o celular.

- Que história é essa de príncipe Sapo?

- Coisa dela e do Nop. Ela se apegou muito a todos nós. É uma menina muito carinhosa.

- Ela é sim.

Freen desviou o olhar evitando a todo custo encarar a comandante que ainda estava no mesmo lugar parada quase ao lado dela.

- É tão difícil assim olhar pra mim? Eu não sou um fantasma. Sabe disso, não sabe?

Freen deu um leve sorriso com o canto da boca.

- Não é difícil, é só... estranho.

- Não precisamos nos odiar pra sempre, Freen. Por mais que eu tenha negado todos esses anos... temos algo em comum. Mon é uma parte de você que cresceu dentro de mim e isso não vai mudar.

- Desculpa, Irin. Eu acho que passei tanto magoada com o que aconteceu que...

Freen baixou novamente a cabeça.

Irin, delicadamente tocou o queixo dela fazendo com que a detetive voltasse a olhar em seus olhos.

Quase ao mesmo tempo, Nam entrou tão rápido na sala e de uma forma tão inesperada que tanto a comandante quanto a detetive quase sacaram suas armas com tamanho susto que levaram.

- Não sabe bater na porta, Nam?

Disse Freen assustada.

- Eu tô batendo já faz um tempinho. Queria conferir se estava tudo bem. Não ouvimos nada lá de fora. Estranhei o silêncio. Vocês sabem muito bem que sempre que as duas ficam sozinhas ou tentam se matar ou quebrar a cara uma da outra e...

- Chega! detetive. Nós já terminamos aqui. Vamos tentar ficar em paz a partir de agora, não é Sarocha?

- Sim... claro que sim. Não precisamos brigar pra sempre.

- Detetive, Nam. Por favor, avise Nop e Nita que venham até aqui. A partir da outra semana, Nop será seu parceiro e Nita ficará com a Sarocha.

- Achei que Nita fosse ser minha parceira, não da Sarocha.

Nam falou um pouco decepcionada com a escolha da chefe.

- Entendo que estejam na fase da lua de mel, mas não quero que isso interfira em nenhuma situação no trabalho.

- Mas comandante, seremos totalmente profissionais e...

- Nada disso detetive. Quando estiverem mais experientes, Nop e Nita serão parceiros um do outro e você volta a trabalhar com a Sarocha. Por enquanto, quero você e a detetive Nita trabalhando sem preocupação.

- Acha que não vou me preocupar estando longe dela?

- Chega!detetive. Jensen sabe se cuidar muito bem e já provou isso várias vezes. Confie em mim. É difícil se concentrar quando numa situação de perigo extremo, você tem a pessoa que ama, ferida ao seu lado. Entendo que estejam juntas. Mas irão existir situações em que seu porto seguro, será também o seu ponto fraco. E eu não quero correr riscos.

- Vamos Nam. Irin tem razão. Existem normas internas que proíbem casais de trabalharem juntos. Ela já faz muito, deixando vocês duas tão próximas.

- Tá bom. Tá bom.

Nam saiu antes de Freen e dessa vez foi ela quem fez a porta sofrer, batendo com força antes de ir embora.

Irin respirou fundo.

- Com quem será que ela aprendeu a fechar portas assim?

- Dê um tempo a ela. Nós já passamos por isso.

- Sim. Já passamos. Mas eu não quebrava as portas. Era você.

As duas sorriram olhando uma para outra.

- Vou conversar com ela quando se acalmar. Ela vai entender.

- Obrigado, Sarocha. Tudo que não preciso agora é lidar com mais uma agente rebelde.

- Preciso ir. Até mais tarde.

- Sarocha.

- Sim.

- Tá livre mais tarde?

- Sim.

- Quer beber alguma coisa?

- Eu...

- Você????

- Eu ligo pra você se estiver livre.

- Vou esperar.

FREENBECKY EM CASOS DE "POLÍCIAS" PARTE 02Onde histórias criam vida. Descubra agora