- Oi detetive!!!
- Oi, pequena!! Como você tá?
- Tô com a minha mamãe. Elas voltaram pra mim. Igualzinho no meu sonho. Você quer falar com ela também?
Nesse momento, Tee apareceu dividindo a tela com a filha.
Meio sem jeito, ela acenou para a detetive que também sorriu sem graça.
- Detetive.
- Sim, princesa.
- Cadê os filhotes bagunceiros? A senhorita Armstrong tá cuidando bem deles?
- Sim, pequena. Eles estão muito bem. Quando voltar poderá brincar com eles novamente.
- Já falou pra minha mamãe aí que eu vou ficar com os dois?
- Vai é?
Perguntou Irin olhando para Freen que olhava para a tela procurando refúgio.
- Escuta, pequena. Quando você voltar, prometo que esse assunto já vai tá resolvido. Compramos muitos presentes pra você, eu e toda a equipe.
- Onde tá a tia Nam? E o príncipe Sapo? E a Nita bacana?
Tee não conteve o riso e Irin olhava para Freen tentando entender porque a filha havia dado apelido para todos os agentes.
- Estão aqui esperando você voltar. Todos com muitas saudades.
- Filha, precisamos desligar agora, se comporte. Obedeça a mamãe e os avós. Te amo tá. Beijos.
- Tchau! mamãe. Tchauzinho! detetive.
- Tchau! princesa. Se comporte.
A menina se despediu sorrindo e a chamada foi encerrada.
Irin continuou parada ao lado de Freen ainda olhando para o celular.
- Que história é essa de príncipe Sapo?
- Coisa dela e do Nop. Ela se apegou muito a todos nós. É uma menina muito carinhosa.
- Ela é sim.
Freen desviou o olhar evitando a todo custo encarar a comandante que ainda estava no mesmo lugar parada quase ao lado dela.
- É tão difícil assim olhar pra mim? Eu não sou um fantasma. Sabe disso, não sabe?
Freen deu um leve sorriso com o canto da boca.
- Não é difícil, é só... estranho.
- Não precisamos nos odiar pra sempre, Freen. Por mais que eu tenha negado todos esses anos... temos algo em comum. Mon é uma parte de você que cresceu dentro de mim e isso não vai mudar.
- Desculpa, Irin. Eu acho que passei tanto magoada com o que aconteceu que...
Freen baixou novamente a cabeça.
Irin, delicadamente tocou o queixo dela fazendo com que a detetive voltasse a olhar em seus olhos.
Quase ao mesmo tempo, Nam entrou tão rápido na sala e de uma forma tão inesperada que tanto a comandante quanto a detetive quase sacaram suas armas com tamanho susto que levaram.
- Não sabe bater na porta, Nam?
Disse Freen assustada.
- Eu tô batendo já faz um tempinho. Queria conferir se estava tudo bem. Não ouvimos nada lá de fora. Estranhei o silêncio. Vocês sabem muito bem que sempre que as duas ficam sozinhas ou tentam se matar ou quebrar a cara uma da outra e...
- Chega! detetive. Nós já terminamos aqui. Vamos tentar ficar em paz a partir de agora, não é Sarocha?
- Sim... claro que sim. Não precisamos brigar pra sempre.
- Detetive, Nam. Por favor, avise Nop e Nita que venham até aqui. A partir da outra semana, Nop será seu parceiro e Nita ficará com a Sarocha.
- Achei que Nita fosse ser minha parceira, não da Sarocha.
Nam falou um pouco decepcionada com a escolha da chefe.
- Entendo que estejam na fase da lua de mel, mas não quero que isso interfira em nenhuma situação no trabalho.
- Mas comandante, seremos totalmente profissionais e...
- Nada disso detetive. Quando estiverem mais experientes, Nop e Nita serão parceiros um do outro e você volta a trabalhar com a Sarocha. Por enquanto, quero você e a detetive Nita trabalhando sem preocupação.
- Acha que não vou me preocupar estando longe dela?
- Chega!detetive. Jensen sabe se cuidar muito bem e já provou isso várias vezes. Confie em mim. É difícil se concentrar quando numa situação de perigo extremo, você tem a pessoa que ama, ferida ao seu lado. Entendo que estejam juntas. Mas irão existir situações em que seu porto seguro, será também o seu ponto fraco. E eu não quero correr riscos.
- Vamos Nam. Irin tem razão. Existem normas internas que proíbem casais de trabalharem juntos. Ela já faz muito, deixando vocês duas tão próximas.
- Tá bom. Tá bom.
Nam saiu antes de Freen e dessa vez foi ela quem fez a porta sofrer, batendo com força antes de ir embora.
Irin respirou fundo.
- Com quem será que ela aprendeu a fechar portas assim?
- Dê um tempo a ela. Nós já passamos por isso.
- Sim. Já passamos. Mas eu não quebrava as portas. Era você.
As duas sorriram olhando uma para outra.
- Vou conversar com ela quando se acalmar. Ela vai entender.
- Obrigado, Sarocha. Tudo que não preciso agora é lidar com mais uma agente rebelde.
- Preciso ir. Até mais tarde.
- Sarocha.
- Sim.
- Tá livre mais tarde?
- Sim.
- Quer beber alguma coisa?
- Eu...
- Você????
- Eu ligo pra você se estiver livre.
- Vou esperar.
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FREENBECKY EM CASOS DE "POLÍCIAS" PARTE 02
FanfictionDepois de um tempo fora da cidade, a detetive Freen Sarocha está de volta ao seu antigo Distrito de Polícia. Inteligente, rebelde e sedutora, ela terá que enfrentar, além de um novo caso, sua nova chefe (que também é sua ex). • Existem 2 perfis com...