Capítulo 35

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O hospital ficou agitado por causa da presença em massa da polícia.

Alguns andares foram isolados.

Carros eram revistados, junto com funcionários e pacientes.

A capitã Danvers estava no comando.

Aquela noite parecia mais longa que as outras.

Os ferimentos de Irin eram graves e suas chances de sobreviver eram bem poucas.

Advogado, Capitã e Comandante.

Ambos em coma induzido.

Todos lutando para permanecer nesta vida.

Freen,
Parada na porta do quarto, imaginava o que seria de Mon se perdesse as duas mães.

Encostou na parede e deslizou por ela até chegar ao chão.

Sentada, pegou o celular de Irin e a aliança.

A tela do aparelho estava bloqueada.

Freen usou a gravação que havia na aliança, como senha.

Um velho código que ambas usavam quando estavam juntas.

Freen abriu a galeria e teve acesso a última gravação de Irin.

" Como você pode vê, Sarocha.
A coisa tá um pouco feia aqui.

Estamos em menor número e espalhados.

Alguns estão caídos.

Não sei se estão mortos.

Estamos encurralados
Me escuta!

O único medo que tenho agora, é que minha filha fique sem as mães dela.Então...

Se eu não voltar pra ela...e se a Tee...

Se ela também não conseguir, por favor...

Seja a mãe que eu não deixei você ser.
Entendeu ?

Sua idiota...

Vê se cuida da nossa garotinha.



Freen baixou a cabeça entristecida.

Irin falava como se tivesse se despedindo.

Ela sabia das condições de Tee.

De seu estado gravíssimo e mesmo assim, fez um último esforço para salvar a filha.

Freen levantou rápido ao perceber um ruído vindo de dentro do quarto.

Era Mon que havia acordado.

- Ei. Aonde você pensa que vai mocinha?

- Tô com sede. Onde tá minha mãe? Onde que eu tô?

- Venha. Volte pra cama. Você desmaiou e sua mãe me pediu pra trazer você pra cá.  Estamos no hospital.

- Eu quero a minha mãe. Cadê ela?

- Vamos fazer assim: você fica aqui sentadinha, enquanto eu pego água pra você e conversamos sobre suas mamães.

A menina voltou para o leito, enquanto Freen enviava uma mensagem para Nam que não demorou a ir até elas.

- A minha mãe Tee. Machucaram ela. Ela tá bem?

- Ela tá dormindo agora.

- Ela vai morrer?

Freen sentiu um aperto enorme no peito.

FREENBECKY EM CASOS DE "POLÍCIAS" PARTE 02Onde histórias criam vida. Descubra agora