Capítulo 55

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- Sarocha? Caiu da cama hoje? Não costuma chegar tão cedo. Nam e Jensen já estão por aqui?

- Não, comandante. A essa hora devem estar tomando café. Saí antes delas acordarem.

Freen respondeu e voltou sua atenção para o computador.

Irin deu alguns passos em direção a sua sala, mas voltou do meio do caminho.

- Sei que não é da minha conta, mas...aconteceu alguma coisa? Você tá com uma cara péssima. Teve uma noite ruim?

- Vamos ser amigas agora?

Freen perguntou friamente.

- Achei que estávamos bem. Mas acho que me enganei. Desculpa. Só quis ser gentil. Mas se você quer que tudo volte a ser como antes, então... se me der licença.

Irin deixou a detetive com seu mau humor e entrou na sala de comando.

Freen pôs as mãos na cabeça, respirou fundo e foi atrás dela.

Deu algumas batidas na porta e ao abrir encontrou
Irin séria servindo um copo de café.

- Posso entrar?

- Claro que pode, Sarocha. Mas deixe seu mau humor aí fora.

- Me desculpe, Irin. Não queria aborrecer você.

- Vou deixar uma coisa bem clara Freen. Aqui sou sua chefe, você responde a minha pessoa, temos regras e tudo mais. Mas também somos humanas. Temos sentimentos e teremos dias bons e dias ruins. Eu só preciso que me diga como devo tratar seu lado humano. O lado que não é detetive. Porque acredite, eu não quero mais ter que brigar com você por qualquer besteira. Ontem fiquei esperando sua ligação. Queria esclarecer algumas coisas. Coisas relacionadas a nós, ao nosso passado e agora também ao nosso futuro...

- Eu tive uma noite péssima, Irin. Não dormi direito. E quando tava conseguindo pegar no sono, o dia já tava amanhecendo e...

- Você tá ressaqueada ou algo assim?

- Não. Mas acho que tô precisando mesmo sair e beber um pouco. Faz tempo que não faço isso.

Irin serviu outro copo de café e ofereceu a Freen.

- Por enquanto fique com o café. Ainda tá cedo pra afogar os problemas com uísque.

Freen percebeu um pacote em cima da mesa e perguntou:

- São donnuts?

- Sim.

A detetive sorriu despertando a curiosidade da comandante.

- O que foi? Por que tá sorrindo? Eu ainda como um, de vez em quando. isso nunca mudou.

- Não é isso. Lembrei do dia que tentei cozinhar e foi um desastre. Até a Mon ficou empanada.

Irin se aproximou de Freen cerrando os olhos.

- Detetive Sarocha, você por acaso não deixou a minha filha chegar perto de um fogão, deixou???

- Isso não foi nada. A Nita queria ensinar ela a atirar. Mas, só deixei ela ensinar alguns golpes.

Freen levou um beliscão na cintura que doeu pra valer.

- Eu vou ter uma conversinha com a Jensen. Aliás, com todos vocês.

- Eu tô brincando, comandante. Queria vê seu jeito. Mas tem uma coisa que precisa saber.

FREENBECKY EM CASOS DE "POLÍCIAS" PARTE 02Onde histórias criam vida. Descubra agora