Capítulo 39

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O grupo voltou da cidade quase no final da tarde.

Becky preparava um lanche e Freen ainda dormia.

- Senhorita Armstrong! Olha o que eu ganhei do príncipe-sapo.

Mon correu feliz de encontro a diretora que tinha um semblante bem mais alegre do que horas antes.

- É um urso bem bonito. E você pequena? Tá com fome?

- Não. Eu tô cansada e...

- E...?

- Eu quero minhas mamães. Sinto falta delas. Quando vou poder vê-las?

- Já conversamos sobre isso, pequena comandante. Agora vamos tomar um belo de um banho e você mocinha irá descansar um pouco.

Nam, seguiu para o quarto, levando Mon com ela.

- Cadê a detetive??? Você...não matou ela não, né diretora?

Nop esperava uma reação diferente, mas Becky, com o humor bem melhorado, apenas sorriu.

- Ela tá no quarto. Tá descansando.

Nita e Nop se olharam cinicamente.

-  Pega, Armstrong. Sarocha pediu para trazer esses remédios pra você. Vão ajudar a cicatrizar esses hematomas.

Becky estranhou as palavras gentis de Nita que sempre a estava provocando.

- Obrigado, agente Jensen. E obrigado você também, agente Nop. Desculpem meu comportamento. Talvez eu tenha sido um pouco egoísta. Obrigado por cuidarem de mim esse tempo todo.

- Nossa!!! A Sarocha torturou você foi? Te chantageou? Ameaçou ou algo assim???

Nita estava surpreendida com a mudança de humor da diretora.

- Não posso dizer o que ela fez, agente Jensen.

Becky pegou o sanduíche que tinha acabado de preparar e um copo de suco e foi para o quarto.

- Parece que a detetive ainda tá usando a mesma tática.

Nita sorriu e Nop fez sinal com a cabeça concordando com ela.

Os dois foram surpreendidos por batidas na porta.

Sempre prontos para o combate e totalmente em alerta, sacaram as armas quase que ao mesmo tempo.

- Deixe que eu atendo.

Disse Nop, colocando a mão armada atrás da cintura.

O agente abriu a porta e deu de encontro a uma bela mulher.

- Olá! Me chamo Beer. Moro no chalé do outro lado do riacho. Vocês são novos por aqui? Eu e meu irmão queremos dá as boas-vindas a vocês. É meio que uma tradição convidarmos os vizinhos novos para um jantar.

Nop ficou sem ação.

Nita praticamente deu um chega pra lá no colega e entrou na conversa.

- Nós aceitamos. Meu irmão aqui é um pouco tímido com pessoas novas. Nossa família adoraria jantar com a sua.

- Aguardo vocês mais tarde. Até logo senhorita...

- Nara. Me chamo Nara. Esse é meu irmão Nico.

Beer se despediu e voltou para casa.

- Irmão???

Perguntou Nop sem entender nada.

- Claro! Queria que eu dissesse que era meu marido? Você não tem cara de marido?




•••



De volta ao quarto, Becky deitou cuidadosamente ao lado de Freen que ainda dormia, se aconchegando no corpo quentinho e ainda despido.

Uma manta cobria a detetive da cintura para baixo.

Com a ponta dos dedos, a jovem diretora fazia carícias nas costas nuas da detetive.

Becky desfrutava cada detalhe.

Freen foi despertada por mordidinhas na orelha e beijos na nuca.

- Acorda, detetive. Você precisa se alimentar. Dormiu a tarde inteira.

Becky foi agarrada e puxada rapidamente.

Antes que pudesse falar, Freen já estava por cima dela, calando-a com um beijo.

- Todos já estão em casa, diretora?

- Você precisa parar de aplicar esses golpes em mim.

Disse Becky sorrindo.

Freen acariciava os cabelos dela enquanto dizia:

- Prometo que ensino todos eles a você.

- Todos já voltaram da cidade.
Perguntaram se eu havia matado você.

- Bom, você quase fez isso mesmo e...

- E...?

- Eu me assustei, mas adorei.

As duas sorriram, enquanto Nita entrava no quarto.

- Detetive, fomos convidados para jantar na casa do vizinho, ou melhor da vizinha.

- Você não sabe bater na porta, agente Jensen?

Becky, falou sorrindo enquanto abraçou Freen, puxando-a para junto de si, deixando-a de costas para Nita.

- Não se preocupe, Armstrong. Eu já vi a detetive sem roupa várias vezes. Não se atrasem, a não ser que queiram ficar sem jantar hoje.

Nita falou e saiu sorrindo.

- Como assim ela já viu você sem roupa???

- Nita gosta de provocar você.

- Isso não responde minha pergunta.

- Trabalhamos no mesmo lugar, Becky. Dividimos o mesmo vestiário. Trocamos de roupa no mesmo lugar. De vez em quando, um vê o outro pelado. Não me diga que está com ciúmes, diretora?

- Dela?? Não mesmo! De você, eu tô começando a ter.

- Não precisa, eu serei apenas sua, se você quiser.

- Aposto que diz isso a todas as outras. Já me falaram da sua fama.

- Não dê importância. Algumas coisas que falam sobre mim são fakenews.

Becky sorriu e ganhou mais um beijinho.

- Agora vamos levantar e tomar um banho. Só esse lanchinho aqui não vai me sustentar.



FREENBECKY EM CASOS DE "POLÍCIAS" PARTE 02Onde histórias criam vida. Descubra agora