Scott não estava conseguindo dormir. Dava sinais de cansaço, mas a grande quantidade de açúcar o deixava com o sono inquieto, mesmo tomando os remédios que Beth receitou. E como sua garganta estava doendo, nem o seu precioso tetê fazia o menino dormir sossegado.
N: Vontade não falta de falar para o seu pai cuidar do menino.
A: Acho que hoje ele ficou com medo. O jeito que vocês olharam pra ele. Nunca vi mamãe tão alterada.
N: Mas também, ele deu cinco sorvetes pro Scott. Além de todas as outras porcarias que tentamos evitar. Sei do poder de convencimento do nosso filho em ganhar doces, mas seu pai passou de todos os limites. Mas agora não adianta chorar pelo leite derramado. O estrago já está feito.
A: Vamos tentar dormir um pouco, se é que iremos conseguir.
Mesmo agitado, Scott dormiu pelo cansaço, mas isso já era mais de 5 horas da manhã. Tanto Nikki quanto Alice pareciam zumbis.
V: Bom dia filha. Nossa que cara.
A: Bom dia mamãe. Quando Scott foi dormir, já era mais de cinco da manhã. Ontem a orelha do papai deve ter doido à beça.
L: Bom dia. Noite difícil.
A: Nem fala. Scott não dormiu antes das cinco.
L: Nossa. Vou subir com você. Assim eu o pego, e cuido dele enquanto vocês dormem um pouco mais.
Luci sobe e pega Scott, indo para o quarto do menino, deixando-o na cama. Mas quando ela tenta colocá-lo no colchão, ele ameaça acordar e segura a camisa de sua mama. Sem alternativa, ela fecha as cortinas com o garoto no colo e acaba deitando junto com o menino, fazendo carinho em sua cabeça.
Nikki e Alice dormem mais umas duas horas. Após fazerem suas higienes, descem para tomar o café da manhã.
N: Bom dia. Pensei que Luci estava aqui embaixo com o Scott.
V: Bom dia. Ela achou melhor leva-lo pro quarto, mas não conseguiu descer. Ele grudou nela que se ela saísse, ele acordaria.
N: Agora, é com o senhor, senhor Chris. O que passou na sua cabeça, dar um monte de porcaria pro menino. Cinco sorvetes. Cinco. E ainda deu mais um monte de açúcar. Era açúcar pra mais de um ano.
C: Dos sorvetes, é o que eu falei. Depois do segundo, eu nem contei mais.
N: Mas não era nem pra chegar no segundo.
C: Ele estava em dúvida entre o de morango e o que tinha brinquedo.
A: Os dois foram juntos então.
C: Sim. Ele ficou na dúvida, e quando a gente tem dúvida, a gente sempre leva os dois. Vocês sempre fazem isso quando compram roupas.
V: Mas roupa não é de comer, criatura de Deus.
A: Se queria agradá-lo. Dava o de morango pra ele e você deveria comer o que tinha brinquedo e desse o brinde pra ele.
N: Exato. Além disso ainda teve algodão doce, pipoca, refrigerante. Minha glicemia subiu só de falar essas coisas.
C: Nikki, nem foi tanto assim.
A: Papai, dessa vez não tem como te defender. O menino ficou agitado até as cinco da manhã de tanto açúcar que tinha no organismo. Sua orelha deve ter ficado vermelha de tanto que a gente de xingou.
C: Ei, ainda sou seu pai.
A: Mas agiu como meu filho.
N: A gente fazendo o maior sacrifício de cortar o açúcar dele e você dá tudo em um dia só.
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A nova vida de um baby
FanfictionScott, um adolescente de 12 anos, que morava com a sua mãe, Nicole. Seu pai morreu quando Scott tinha somente 3 anos, em um acidente aéreo. Na época, Nicole assumiu a presidência das empresas da família, o que acabou comprometendo seu tempo e neglig...