Rumpelstiltskin (Cute) - Parte 2

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Não pensava escrever a parte 2, mas como me foi pedido por FaraelaMandro e eu fiquei entusiasmada aqui está a parte 2. Boas leituras e Beijos Doces.

Título: O meu once upon a time – Parte 2

Imagine: Imagina seres a irmã de Belle e acabas sendo escolhida no seu lugar por seres mais destemida e dizeres sempre o que te vai na cabeça.

Avisos: Nenhum.

Não é fácil viver em Storybrooke e manter um trabalho decente quando não conseguimos deixar os pensamentos em privado. Desde que me conheço por gente que digo tudo o que me vêm à cabeça e isso não me ajuda muito, mas mantenho a minha esperança enquanto me dirijo para uma nova entrevista de emprego na loja de penhores do Sr. Gold.

O sinal na porta indica que está fechado, mas como normalmente as lojas fecham nos dias das entrevistas não ligo e entro deixando o sino avisar da minha entrada.

- Parece que quando comprei o sinal "Fechado" eu estava a atirar o meu dinheiro fora. - O Sr. Gold fala e antes que eu possa pensar respondo diretamente.

- Se quer que ninguém entre na loja talvez devesse trancar a porta às chaves?! - Ele vira-se e parece me encarar por algum tempo até sair do transe novamente.

- Desculpa. Deves ser a candidata de hoje para a vaga de empregada.

- Sim senhor. Eu não sei muito sobre penhores, mas estou sempre disposta a aprender e sou boa a fazer limpezas.

- Estás contratada.

- Sério?!

- Sim. Começas amanhã bem cedo, portanto não te atrases.

***

- Este vou por nesta prateleira de cima. - O Sr. Gold abre a boca para responder, mas a porta abre-se no mesmo instante e a Regina entra na loja.

Eu continuo nas escadas arrumando as prateleiras sem ligar ao que me rodeia. Já não é a primeira vez que eu desligo das negociações do Sr. Gold, mas desta vez sou apanhada desprevenida pela Regina me mandando embora rudemente.

- Oh criadazinha, vai limpar coisas lá dentro. - Eu assusto-me de tal maneira que a escada balança fazendo-me cair nos braços do Sr. Gold.

- Ela fica! - A sua voz torna-se mais longínqua à medida que uma memória se apodera de mim.

- O que estás a fazer?

- É quase primavera, devíamos deixar entrar alguma luz. Pregaste estas cortinas?!

- Sim! - Com um último puxão as cortinas caem levando-me com elas, mas antes de cair no chão o Rumpel apanha-me.

- Rumpel... - Eu sussurro em espanto lembrando-me do meu passado. O meu sussurro não lhe passa despercebido e enquanto me volta a pôr no chão tem de se conter perante a Regina.

- O que é que eu posso fazer por si, Vossa Majestade. - O Rumpel pergunta.

- A minha árvore está morrendo, porquê?

- Talvez seja do fertilizante! - Digo sem conseguir me aguentar.

- Achas isto engraçado?! - A Regina vira a sua atenção para mim. - Eu não disse para desapareceres daqui?

- Sim... Mas da última vez que eu vi o dono aqui é ele e ele disse para ficar. Eu tenho de ouvir o meu patrão. - O Rumpel sorri divertidamente.

- Bem já que é assim deixa-me dizer o que eu acho. Eu acho que é um sinal da maldição fraquejando por causa da Emma, mas tu preocupaste?! Não! Contentas-te em ficar por aí a... fazer o que quer que seja.

- É uma loja de penhores, o que achas que ele faz?! - A Regina simplesmente tenta ignorar-me. - Queres que chame Dr. Hopper, talvez ele te ajude com essa "maldição".

- Cala-te! - Ele levanta uma mão, mas o Rumpel interpõe-se no caminho.

- Regina! O teu problema é comigo, deixa-a fora disto. Para além disso ambos sabemos que isso não é tudo, pois não?! Vá lá, mais vale tirares isso do peito.

- Eu não sei do que falas.

- Do Henry! A Emma quere-o.

- Ela vai ficar com ele por cima do meu cadáver.

- Isso pode ser mais fácil de se fazer do que pensas Rainha do Pomar. - Digo por cima do ombro do Rumpel e ela vira-se saindo da loja furiosa.

- Ora aí está uma coisa que não se vê todos os dias. - O Rumpel ri vendo-a sair antes de se virar para mim. - Eu acho que temos que falar.

***

- Então o resto da cidade ainda está sob a maldição?! E como é que eu acordei?

- Existe uma ínfima possibilidade, mas não nos vamos preocupar com isso agora. Queres ir almoçar?

- Pode ser.

Nós vamos almoçar ao restaurante da Granny e enquanto esperamos começamos a conversar agradavelmente até que um rosto familiar cruza o meu olhar deixando-me tensa... O meu suposto pai. O Rumpel passa para o meu lado pondo uma mão no meu joelho para me tranquilizar. Ele sabe o quanto desgosto da maneira que o meu pai me trata e mesmo com a maldição as coisas não mudaram muito.

- Não te preocupes, minha querida.

- Isso é fácil, mas eu ainda tenho de viver com ele.

- Ou podias vir morar comigo, como nos velhos tempos.

- Eu não sei Rumpel, as pessoas podiam desconfiar.

- Hmm... (T/N) podes vir comigo por um momento?!

- Ok, mas e o almoço e a loja?!

- Podemos levar a comida e quanto à loja não te preocupes, eu não digo nada ao patrão se tu não disseres. - Ele pisca o olho e oferece a sua mão.

O Rumpel leva-me para uma pequena mansão com uma biblioteca imensa. Ele parece um pouco nervoso, mas nunca decifro os seus pensamentos.

- (T/N), eu quis dizer-te antes da maldição ser lançada, mas perdi a confiança e depois fui preso. - Ele para uns minutos coletando coragem. - Eu amo-te (T/N).

- O quê?! - Eu sou apanhada de surpresa. Eu nunca esperei que fosse ouvir essas palavras vindas dele.

- Eu sei que não sou o príncipe que esperavas e não te vou vincular a contrato... - Eu interrompo-o agarrando o seu rosto e puxando-o para um beijo doce.

- Eu nunca quis um príncipe Rumpel. Foste sempre a minha escolha, mas pensei que tu não querias nada com o amor... A verdade é que eu também te amo. - Ele volta a beijar-me rodeando a minha cintura com os seus braços.

- Já agora querida, o que achas desta casa?

- É maravilhosa. Porquê?!

- Porque ela é nossa. Esta é a casa que comprei para vivermos juntos após a maldição quebrar.

- Bem eu acho que podemos adiantar isso, não?!

- Leste-me os meus pensamentos, querida.

Passamos o resto da tarde naquele salão roubando beijos e dançando ao som de uma doce melodia que toca no gira discos. Finalmente posso dizer que tive o meu "Once upon a time"... 

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