Neil Melendez (Cute) Parte 1

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Titulo: Atrasos e emergências (Parte 1)

Imagine: Imagina que tu és um génio e chegas ao hospital com uma vitima deparando-se com um médico arrogante que te rouba o coração.

Avisos: Nenhum


O dia havia começado bem, mas a paz e tranquilidade não duraram muito quando algo ao meu redor fez um enorme barulho sobressaltando-me. Gritos e pessoas a correrem para um determinado lugar fazendo-me entrar em alerta. Ao aproximar-me mais do lugar onde se reunião um grande grupo de pessoas e deparei-me com um acidente de carro. Uma das vitimas havia saído ilesa, mas outra não mostrava nenhum sinal de vida.

- Afastem-se! – Foi a primeira coisa que gritei para as pessoas no local. – Chamem uma ambulância.

Alguém pegou num telefone e chamou uma ambulância, mas pela forma como a vitima se encontrava se não fosse socorrida imediatamente poderia não sobreviver. Com todos os cuidados observei o que pude sem tocar na vitima e não havia nada no interior, pelo que a retirei cuidadosamente para o exterior da viatura.

Só aí é que senti um cheiro estranho que rapidamente me deu a resposta do que aconteceria de seguida. Sem pensar duas vezes, mandei todos se afastarem para fora da área de alcance e tentei arranjar forma de apagar o fogo, mas acabei por ter de chamar os bombeiros e concentrar-me apenas na vitima que tinha em mãos. Voltei a verificar o seu corpo, agora mais detalhadamente e encontrei a causa da sua insuficiência respiratória....Estava a afogar-se no próprio sangue.

Se não agisse rapidamente a vitima morreria muito antes de a ambulância ter hipótese de chegar próximo do local onde nos encontrávamos. Olhei rapidamente para o meu relógio de pulso e constatei que se antes iria chegar bem à rasca, agora nem com um milagre chegava a tempo ao meu primeiro dia como residente no hospital San Jose St Boneventure. Deixei o assunto de lá e preocupei-me em arranjar tudo o que precisava para retirar aquele sangue extra dos pulmões.

Improvisando com uma garrafa vazia de vodka, que tinha sido utilizado para esterilizar os restantes equipamentos, consegui bombear o sangue e devolver-lhe a respiração, mas os problemas ainda não tinham acabado. Ao retirar o sangue e deixando o ar entrar, uma perfuração abriu-se no seu pescoço derramando sangue que o poderia afetar. No momento em que preparava os meus próximos passos a ambulância chegou e pudemos levá-lo ao hospital de imediato.

....

(P.O.V de terceiros)

- Onde esta á Dr. (T/S)? – O Dr. Melendez bateu o pé impaciente enquanto olhava para os outros residentes que apenas lhe deram de ombros.

No momento em que olhou pela milésima vez para a entrada principal, antes de dar as tarefas do dia a cada residente, viu uma maca entrando com uma mulher inconsciente e aquela que ele procurava por cima da mulher fazendo pressão no pescoço. Imediatamente que o viu saltou da maca e explicou o caso rapidamente nunca deixando de fazer pressão na ferida.


(Teu P.O.V)

Ao entrar no hospital rapidamente avistei o Dr. Melendez e os meus novos colegas e saltei da maca assim que chegamos minimamente perto. Ele não se encontrava com uma cara de muitos amigos, mas no momento isso era o que menos importava. Após explicar-me o que havia acontecido começamos a preparar-nos para operar a mulher de emergência.

Claro que como uma das menos inexperientes, esperava ficar de fora, mas ele declarou-me o seu segundo, significando que teria de ajudá-lo a efetuar esta operação. Respirando profundamente para acalmar os nervos comecei a trabalhar e o tempo pareceu parar, mas no fim saímos triunfantes e a mulher sobreviveu.

Após a operação de emergência e mais algumas rondas, consegui fazer uma pausa na sala do pessoal. E enquanto comia uma maçã o Melendez apareceu com a mesma cara de poucos amigos, dirigindo-se rapidamente a mim.

- O que se passou hoje não pode voltar a acontecer.

- Concordo plenamente, as pessoas deviam ter mais cuidados quando conduzem, mas sinceramente não acho que esteja em minhas mãos. – Disse inocentemente irritando-o ainda mais.

- Sabes muito bem que me refiro ao teu atraso e não à paciente. – Incredulidade mostrou-se no meu rosto.

Eu já havia ouvido os murmúrios de que o Dr. Melendez "havia salvado" a mulher que se envolvera essa manha no acidente deixando-me ser apenas conhecida como a residente que se atrasou no seu primeiro dia, mas nunca esperava ouvir da sua própria boca. Já me tinham avisado do quão grande era o ego desde cirurgião, mas fiquei sempre com as minhas duvidas e agora vejo que devia ter acreditado.

Uma enorme fúria subiu pelo corpo até chegar à garganta, deixando-me com uma sensação de estar a sufocar.

- Ah! Estou a ver, feriu-lhe esse seu ego por não ser a primeira na porta do hospital desejosa de trabalhar consigo?!- Disse ironicamente. – Eu cheguei atrasada porque parei para ajudar aquela mulher, senão fosse por mim ela teria se afogado no próprio sangue antes da ambulância poder ficar a um bloco de distancia do local onde houve o acidente.

Todos os que estavam naquela sala ficaram congelados e com uma expressão de surpresa, incluído o Dr. Melendez. E foi assim que deixei o homem mais arrogante que conheci na minha pequena vida.

Beijos Doces.

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