Charlie Hudson (Cute)

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Título: Clumsy Partner

Imagine: Imagina que és detetive e estás num relacionamento com o Charlie, mas és desastrada e falas sem pensar. O Charlie adora esses traços em ti, principalmente quando a sua ex está envolvida no caso em investigação.

Avisos: Nenhum.  


Um novo caso faz-me acompanhar o Charlie até à praia onde o superintendente Donovan encontrou o corpo e as investigações começam.

- Então uma caça ao tesouro?! Não te imaginava fã do Indiana Jones, hein Donovan.

- Um pouco de aventura nunca magoou ninguém (T/S).

- Diz isso ao morto. - Replica o Charlie dirigindo-se até onde o corpo está posicionado. Eu sigo o mesmo caminho tentando não tropeçar nos meus pés e falhando miseravelmente. O Charlie apanha-me nos seus braços. - Precisas de uma mão?!

- Só gostava de conseguir coordenar os meus pés, mas parece difícil.

Nós terminamos a averiguação da cena do crime e voltamos à esquadra trabalhar nas pistas que havíamos encontrado, mas apercebo-me do aborrecimento do Charlie quase imediatamente esperando até estarmos sozinhos.

- Está tudo bem?! Parecias meio tenso quando o livro foi trazido à tona.

- Digamos que o assunto ainda doi. O livro foi escrito pela minha ex-mulher.

- Oh... Isso explica muito.

- É... Eu não me arrependo do caminho que tomei quanto a isso. Assim pude te conhecer. - Ele entrelaça a sua mão livre na minha enquanto dirige, acariciando o topo da minha mão com o seu polegar.

Por muito trapalhona e desbocada que seja o Charlie consegue ver o que mais ninguém vê e a sua maneira meiga de ser acabou por me fazer apaixonar por ele. Sempre pensei que os meus sentimentos não eram recíprocos, pelo menos até há um mês quando ele se declarou após um dia bem difícil no terreno temendo pela vida do outro.

- Eu também estou feliz por te ter Charlie...Quem mais ia querer uma trapalhona como eu?!

- Eu até te acho muito fofa quando tropeças e acabas nos meus braços, para além disso dizes sempre a verdade.

- Deves ser o único no mundo inteiro...

- Sou o único que te interessa, espero eu.

- Claro que és! Posso não ter filtro, mas não sou demente. Eu sei o homem que tenho a meu lado... Não deixes que te suba à cabeça. - Acrescento a última parte com um sorriso.

***

- Tens a certeza de que ele morreu nesta zona?

- É o que as pistas nos dizem... - O Charlie estaca repentinamente fazendo-me bater contra as suas costas. - Não é possível.

- Ai! O que foi Charlie?! - Ele olha para as costas de uma mulher franzindo a testa.

- Aquela é a minha ex-mulher Julia. - O Charlie sussurra para mim. Como que adivinhando a mulher vira-se.

- Charlie!

- Julia. - Ele responde secamente.

Entretanto a minha atenção é atraída pelo Rex que desce em direção à praia. Eu começo a segui-lo e acabamos por chegar à poça onde a vítima foi morta. Algumas rochas mostram indícios da nossa vítima ter lá estado e após analisar o terreno volto a subir para o acampamento.

- Hey Charlie! O Rex encontrou a cena do crime e eu já a examinei. - Perco a atenção ao chegar perto dele e tropeço nos meus próprios pés. O Charlie apanha-me num instante.

- Wow! Tens de ter cuidado nesta zona querida, o terreno aqui é meio desregular. - O Charlie ri e afasta uma mecha de cabelo demorando o seu tempo a encarar o meu olhar, esquecendo por completo a presença da ex-mulher. - Encontraste alguma coisa?

- Hmm, recolhi algumas amostras, mas só te posso confirmar quando chegar ao laboratório.

- Então vamos andando.

Horas mais tarde as pistas levaram-nos ao barco de um milionário que patrocina a operação inteira querendo encontrar o misterioso tesouro pirata.

- SJPD! Informamos que vamos embarcar no seu barco. - O Charlie avisa.

- O Rex já o fez.

- Sejam bem-vindos.

- Detetive Hudson e estes são os meus parceiros Rex e a Detetive (T/S).

- Estamos aqui por causa de um homicídio, mas pela sua reação assumo que já saiba. - Digo tentando obter mais alguma reação do nosso possível suspeito.

- Bem, não é surpreendente. Tesouros piratas atraem piratas. - Nós adentramos um pouco mais no barco, mas os meus olhos nunca abandonam o Charlie.

Ele escolheu as calças justas que eu mais gosto de o ver usar e ainda combinou com a sua camisa social preta que realça os seus músculos perfeitamente. O Charlie fê-lo de forma consciente para me provocar após o meu pequeno jogo no dia anterior.

- Isso incluí-o a si? Quero dizer, está um pouco longe da suposta rota, não acha?

- Não se preocupem Detetives, por muito que goste de sujar as mãos ainda tenho trabalho a fazer. Nós não vamos a lado nenhum.

- Nós? - Nesse mesmo momento a Júlia aparece novamente.

- Parece que estamos sempre a nos encontrar.

- Eu juro por Deus, se dizes que é o destino jogo-te borda fora. - Murmuro alto o suficiente para ela e o Charlie ouvirem. Ele tem de se conter para não rir.

- Insisto para que almocem conosco, se vou ser interrogado vamos fazê-lo civilizadamente.

- Espera lá. - As peças juntam-se na minha mente. - Tu és o gajo que ela escolheu?! Estás louca ou os dólares deram-te a volta à cabeça?!... O Charlie é definitivamente mais bonito. - O Charlie não conseguiu conter o seu sorriso, mas recompôs-se imediatamente.

- Bem... É melhor seguirmos para o almoço e despachar logo isto.

***

As investigações acabaram e prendemos o milionário Barrett pelo homicídio do jornalista. Agora eu e o Charlie estamos sentados no seu sofá a beber umas cervejas e relaxando nos braços um do outro.

- O dia hoje foi...no mínimo estranho.

- Encontrar a minha ex-mulher e o seu amante... O que poderia ser estranho nisso. - Ambos rimos da situação e depois caímos num silêncio agradável. O Charlie inclina-se beijando-me suavemente.

- Parar que foi isso?! Não que esteja reclamando.

- Só um pequeno agradecimento por hoje. Eu devo dizer que eu realmente adoro essa boca sem filtro.

- Bem, eu fui sincera em cada palavra. Tu, Detetive Hudson, és uma aposta muito melhor do que um zé-ninguém com uns dólares a mais, mas eu acho que mereço um pouco mais do que um beijo, não?! - Digo subindo para o seu colo.

- Acho que podemos arranjar alguma coisa. - O Charlie sorri levantando-se e levando-me para o quarto onde acabamos a noite. 

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