capítulo 11

13.9K 638 4
                                    

Quando o dg chegou, já fomos pro desenrolo. Fiz várias perguntas, ele respondeu com sinceridade. Umas das coisas que eu aprendi nesse mundo, é perceber quem é que tava na sinceridade comigo.

Dg: o babão disse que o Zé romeiro pegou maconha e cocaína na hora do Plantão dele ontem.

- e ele deixou? Ele já tá devendo mil reais caralho! Essa porra não é bagunça não. -Levanto puto.-

- Vou cobrar essa porra é agora. Esse filha da puta tá achando que pode ficar pegando e depois não pagar? -Ponho a minha arma no coldre da bermuda.-

- A onde esse arrombado mora? -Pergunto pro dg.-

Dg: Ele mora perto da entrada chefe.

- ok, bora lá e tu amostra o caminho. - falo abrindo a porta da salinha saindo.-

Saio da salinha, falo com alguns caras que tava em frente da salinha. Subo na minha moto que tava um pouco afastado, Tiro o apoio de pé e ligo a moto.

Olho pra trás e vejo o dg sair na frente, fael senta na garupa e dou a partida.

Não demorou muito pra chegar pela velocidade que estávamos indo.

Paro a moto esperando o fael descer, quando o mesmo desce desligo a moto o apoando no apoiandor de pé.

Dg: é essa casa aqui, grego. - apontar para uma casa bastante pequena e com a tintas desgastada.-

Chego perto e bato na porta da casa. Não demorou muito pra um menininho abrir a porta sorrindo.

- cadê o romeiro? -Pergunto encarando o mesmo.-

××: o vovô? Vou chamar ele. -Diz e entra correndo.-

Não demorou muito pra ele aparecer e voltar pra trás com tudo.

- ihh, cal foi? Tá voltando por que? .- -Puxo o mesmo pela camisa fazendo ele cair de joelhos.-

- ta tirando onda com a minha cara é? Pegando droga achando que eu não ia vir cobrar? -Me agacho encarando o mesmo.-

××: romeiro? Oque é isso? -Encaro a mesma que tava bem nervosa.-

Romeiro: entra porra, não mandei você sair! -Gritar com ela.-

××: oque você fez romeiro? Oque ele fez de novo, grego? -Me encara chorando.-

- ihh tia, o mesmo. Seu marido pegou drogas e não quer pagar de novo. -Me levanto olhando pras duas crianças que tava escondida atrás da avó.- acho melhor cê entar, olha as crianças aí pow.

- vai ser coisa feias pá elas. -Falo com a mesma que já estava chorando.-

××: mas eu não paguei oque ele tava devendo? Eu lembro ter paga tudo. -Diz nervosa.-

- é como eu falei tia, ele pegou de novo. Vou levar ele pro desenrolo porque aqui não é bagunça.

××: você vai matar ele? Por favor, não mata ele! Eu não quero perder ele, por favor grego. Eu estou te implorando! -Falar se ajoelhando no chão.-

- mó papo feio esse né. Foi mal aí tia, mas na minha favela não é bagunça pra eles querer pagar quando quiser. -Pego no cabelo do sujeito o puxando fazendo o mesmo cair de cara.-

××: eu pago grego, eu pago! Só não mata ele! -Implorar chorando.-

Nego com a cabeça vendo essa situação. Olho pra criança que tava chorando também.

- foi mal aí tia, vai dar não. Pega esse dinheiro e gasta com tu e as crianças. Por que esse daqui. - puxar o cabelo do romeiro fazendo ele olhar pra cima.- não vai sair ileso, então entrar aí na tua casa e fica na boa.

- se não o b.o. vai pro teu lado também. Então entra e vai cuidar das crianças

××: grego, por favor. -Me encarar chorando.-

××: vovó, oque tá acontecendo? Por que o vovô tá sendo machucado?-Falar chorando.-

- eu falei pra senhora entrar. O seus netos vão presenciar baguio feio.
-Encaro a mesma que pegou na mão dos netos e entrou.-

Fael: Vai matar ele aqui mermo grego? -Perguntar ficando do meu lado.- o povo tá olhando.

Encaro os vizinhos fofoqueiros que estavam encarando da portas ou janelas da casa.

- bando de povo curioso. -Tiro a arma do coldre e destravo.-

Romeiro: Não me mata, a minha mulher disse que ia pagar. Você não pode me matar! -Gritar.-

- vai se fuder velho, tu é melhor moto. Só dá prejuízo pra tua mulher. -Aponto a arma pra cara do mesmo.-

Romeiro: mas eu posso pa..-dou um tiro na cara do mesmo.-

Meto cinco bala na cara do mesmo, guardo a arma de voltar no coldre.

- chama os caras pra fazer a limpeza. -Olho pro dg.-

Dg: sim. -Se afastar falando algo no radinho.-

- vou piar pra casa, vai querer carona fael? -Encaro o mesmo que tava olhando o corpo.-

Fael: não, vou mandar alguém trazer a minha moto. -Me encarar com os olhos vermelhos.-

- jae então, fé pra tu. -Falo andando até a minha moto.-

.
.
.

NO MEU MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora