capítulo 25

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Encaro o grego comendo igual um bicho, já era o segunda vez que ele tava comendo, eu já tava me perguntando a quanto tempo ele ficou em cárcere privado.

Grego: agora eu enchi pra valer. –Empurra o prato.–

- eu ficaria assustada se tu dissesse que estaria com fome ainda. Depois de um prato de predeiro que tu comeu. –Falo encarando, amarro o cabelo que já tava seco e todo pra cima.–

Grego: assustado quem tá é eu vendo tu assim, tomou choque foi garota?

- não sei se tem creme aqui né. –Levanto e boto meu prato já pia.– tenho que ir pra casa, poderia deixar eu naquele lugar que ficar aqueles homens? –Ele me encara e faz uma careta.– que foi? Eu não me lembro como se chama aquilo. –Fico emburrada.–

Grego: espera aí agora, deixo eu descansar que eu não sou de ferro. Quem acordou tarde foi tu garota, não eu.  –Dou de ombros.–

- tem escova de dente? Quero escovar meus dentes.

Grego: porra, que uma toalha e um lugar na minha cama não? Mó pidona tu né.

- posso fazer nada, só quero escovar os dentes. Até porque eu chupei teu pau aí, então eu tenho que escovar mais ainda!

Grego: claro, boqueteira. –Levanta e boda o prato na pia, abre o armário e pega uma escova.– Toma aí. –Joga na mesa.– eu vou tomar banho e te deixo na barreira.

- ei, mas eu quero um carregador, acha que eu vou como? Meu celular tá sem bateria. –Encaro ele dos pés a cabeça com cara de nojo.–

Grego: e eu tenho cara de quem vai procurar um carregador pra tu? Se vira mina, papo reto, mó abusada tu né. –Fala indo pro quarto.–

- eu? Eu não. Só tô dizendo porque como eu vou chamar um uber? –Sigo ele até o quarto.–

Grego: da os teus pulinhos. –Entra no banheiro e deixa a porta encostada.–

Entro no banheiro e vejo ele sem roupa de costa pra mim, encaro a bundinha dele e depois subo pra costa vendo que tinha uma tatuagem lá e "alguns" arranhões.

- licença aqui, vou usar sua pasta. –Me viro rápido pegando a pasta.–

Ele não diz nada, escuto o barulho da água caindo no chão, porém não olho, só me concentro em escovar os dentes.

Termino de escovar os dentes mas dou uma espiada no homem que tá tomando, encaro ele que tá de olhos fechado debaixo do chuveiro, analiso o corpo dele até meus olhos cair no pau dele.

Grego: já tá bom de encarar né. –Olho rapidamente pro rosto dele que já tava me encarando, fico envergonhada e saio do banheiro.– tá envergonhada por que? Tu já viu, até botou na boca. –Falou alto.–

Filho da puta!

Ele sai do banheiro com a toalha na cintura e foi até o guarda-roupa, pegou uma cueca, bermunda preta e uma blusa  do flamengo.

- logo flamenguista? Tem que ser esse tipo feio mesmo em. –Ele me encara e coloca a cueca.–

Grego: ihhh, tá falando do meu time porquê? –Coloca a bermuda.–

- nada, só é perdedor esse teu timinho. –Dou de ombros.–

Grego: hoje o dia tá mó lindo pra meter um tiro na cara de neguinha né. –Da um sorriso falso.–

Me calo e ele me encara jogando a camisa no ombro.

Grego; bora logo garota. –Sai do quarto e eu sigo ele.–

Ele abre a porta e sai indo até a moto que tava no cantinho, fecho a porta e ele sobe na moto, bota a chave na ignição.

Grego: empurra o portão aí.

- deu a porra agora, sou empregada é? –Resmungo e Empurro o portão.– pronto, senhor.  –Ele vai saindo de ré e me encara feio.–

Grego: tu é uma filha da puta né. Sobe aí logo antes que eu vou embora e deixo aí tu se virar sozinha.

Fecho o portão e vou até a moto gigante dele. Encaro como eu vou subir, ele me encara impaciente e pega no meu braço me puxando pra subir, subo e Ponho a mão na cintura dele. Péssima ideia, ele acelerou e eu quase fui com Deus pra trás.

Ele é louco dirigindo, tive que me Agarrar bem nele pra não cair pra trás. Ele abuzinava pra algumas crianças que tava brincando ou pra alguns homens. Não demorou muito pra chegar no lugar que eu não faço a mínima do nome.

Grego: vai descer garota. –Desço e encaro ele.– que foi em?

- ninguém aqui tem o aplicativo do uber? –Ele Suspira.–

Grego: o pé de cabra. –Um homem vira pra ele.–  entra ai no teu aplicativo pra chamar um carro pra essa menina, tô me estressado já.

O tal " pé de cabra" se aproximou e botou o celular na minha mão com o aplicativo do uber já aberto.

Coloco a localização do meu destino e fico encarando o celular, de primeira aceita. Ohh sorte milagrossa.

- já aceitou, só falta esperar. –Encaro grego que assente.– pode ir embora já.

Grego: mas é uma filha da puta mesmo viu. –Liga a moto e sai voando fazendo eu ri alto.–

O pé de cabra me encara e eu Encaro ele.

- oi. ‐Sorri–

Pé de cabra: iae, tu tá no nome do chefe? –Aperta o fuzil.–

- não faço a menor ideia doque tu tá dizendo, mas eu não tô no nome dele. –Dou um Sorriso pra ele que sorri de volta.–

Se alguém me disser que traficante era bonito assim, eu teria vindo pra favelas mais vezes.

- bonito você né moço. Mas pela aliança é bem comprometido, e desse tipo eu tô bem longe. –Sorrir fofa pra ele que fica sério.– se me der licença, aquele carro ali é o meu. –Entrego o celular e saio sem olhar pra trás.–

Deus me livre, é cada coisa que me aparece, eu posso ser tudo menos burra, mulher corna nunca bote no homem, só na mulher.

Entro no carro e vou embora pro meu querido destino.

Casa!

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NO MEU MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora