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Maratona:4/4

Elizabeth 🏐

Engulo seco, eu não sabia que ele era traficante também, como porra eu tenho dedo podre por transar com outro traficante?

Dou um suspiro alto e ele me olha pelo retrovisor, fico o encarando do mesmo jeito que ele fazia, Victoria me cutucou tirando minha atenção.

Victoria: desse jeito vocês vão se comer no carro, que porra é essa Elizabeth? -Sussurra bem baixinho.-

‐ longa história, quando chegamos na sua casa eu falo. -Ela concorda ficando quieta.-

Chegamos na casa vic bem rápido, ele tava dirigindo igual um doido, bateu o retrovisor umas três vezes.

Victoria: obrigada, ajudou muito. -Ele concorda e ela abre aporta saindo, pego as bolsa e faço a mesma coisa que ela, porém sou impedida por ele que segura a minha mão.-

Turquia: preciso bater um lero com tigo. -Engulo seco e a Victoria me olha, dou algumas sacolas para ela e ela fecha a porta com um olhar de desconfiada, me ajeito no banco de trás e ele e vira o corpo deixando de lado.- tu foi embora e nem falou nada, mandei mensagem pá tu e tu nem respondeu. Fiquei surpreso vendo você aqui e ainda mais em briga.

‐ Olha moço, eu não falei nada com você pq eu nem lembro o que aconteceu direito naquele dia, no máximo eu só lembro que transei com você. -Ele ficou calada me encarando, começo a estralar os dedo.-

Turquia: não se lembra de nada mesmo. -Faço mais ou menos com as mãos e ele suspira.- se eu soubesse que tu tava tão chapada assim, nem aceitava transar com tu. -Falou ajeitando o corpo ficando de frente os braços apoiado no volante.-

‐ foi mal, essas coisas acontecem quando eu bebo além da conta. -Ele balança a cabeça batucando o dedo no volante.-

Turquia: não quer repetir a dose não? Com tu consciente? -Olho pra ele que olhava para frente.- se quiser é só falar, tu tem meu número.

‐ claro, vou pensar. Tchau, tenho que entrar. -Ele vira puxando a minha mão-

Turquia: dessa vez tem que ter uma despedida né? Na primeira correu antes que acordasse. -Solto um riso pelo jeito que ele falou, ele beija a minha mão encarando os meus olhos.- mas acho que aqui seria morte na certa, já que você se relacionou com o chefe daqui. -Deu uma piscadinha beijando a minha mão.- tchau, Elizabeth. Minha proposta tá de pé, só falar quando.

‐ tchau. -Pego as sacolas e saio do carro sem olhar para trás.-

Entro na casa da Victoria onde ela tava sentando comendo melancia, ela me olha com um olhar de curiosidade e eu sento do lado dela.

Victoria: começa aí. -Coloco as sacolas no chão.-

‐ lembra daquele dia que eu disse que tinha dormido com alguém? -Ela concorda.- Foi com ele, mas eu não sabia que ele era traficante também, se não eu nem tinha transado com ele…eu acho.

Victoria: porra, você tem um dedo pra querer pegar chefe viu. Tu mal pegou um chefe de morro direito e já sentou pra outro que vai ser mais chefe ainda.

‐ como assim? -Ela olhou pra minha cara negando com a cabeça. -

Victoria: João falou que ia vir um cara para conversar com o grego, pq esse cara is ser o frente da rocinha. Mas só uma tava todo confiante do jeito que falava, e é o cara que você transou Lili.  Você transou com o futuro dono da rocinha. -Falou sorrindo e eu morrendo por dentro -

‐  ohh Deus, eu joguei pedra na cruz? -Olho pro céu a vic da risada.- e ele quer repetir a dose.

Victoria: olha pra ela, já é o segundo chefe de morro que gamou no chá da Lili. Cuidado pra não ficar careca. -Dou um tapa nela.-

‐ Deus me livre, meu cabelo é valioso.

Victoria: valiosa vai ser essa informação se o grego saber. -Faço careta.- nem faça careta, tá na cara que o grego te quer, mas não der esse gostinho pra ele.

‐ Eu não vou dar mesmo. -Dou de ombros.-

Victoria: não vau dar em todos os sentidos.  -Faço bico e ela rir comendo a melancia. -

NO MEU MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora