NO MEU MORRO

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Solto um suspiro cansado, tive que preencher um monte de papel, ainda teve um bafafá pq eu sou de menor, aí não queria me deixar ficar com ele, jv meteu logo que eu sou esposa do grego porém a mulher não deixou, aí ele teve linda solução de apontar uma arma na cara da mulher, ele ameaçou fazendo assim a mulher deixar eu ficar.

Eu pensei que o hospital era longe, mas na verdade era muito perto do morro, jv disse que quando eles tomam tiro vem aqui.

Abro a porta do quarto e logo me deparo com o grego deitado com os olhos fechados respirando fundo, sento em uma poltrona que tinha do lado da cama, coloco a mochila dele que tinha algumas coisas que ele iria precisar enquanto ia ficar internado.

Pego na mão dele que tava meia fria, dou um pequeno aperto alisando os dedos tatuados que ele tinha. Encosto minha cabeça na cama e olho pro pescoço dele que tinha um curativo, o rosto dele parecia cansado.

Fecho os olhos tentando dormir, fico naquela posição até que o sono me detone por completo.

Acordo quando ele mexe a mão, levanto a cabeça um pouco e vejo que ele já tinha acordado, ele tentava sentar mas não conseguia.

‐ vem cá, deixa eu te ajudar. -Levanto e faço um apoio com os travesseiros, ele faz cara de dor quando eu deixo ele sentando.- tá doendo? Você quer agua?

Grego: quero água, e ir no banheiro. -Concordo e levanto, pego um pouco de água que tinha no quarto, provavelmente o jv tinha gastado uma grana pq esse quarto é particular praticamente.-

-você acha que consegue levantar só um pouco para ir ao banheiro? -Coloco o copo perto da boca dele que toma a água olhando nos meus olhos.-

Grego: sei não pow, mas quero ir no banheiro. -Jogo o copo no lixo e fico do lado dele.-

‐ vem cá. Ajudo ele a ficar sentado, ajudo ele a ficar em pé apoiando o peso dele no meu, ele anda bem devagar apoiando o corpo em uma
perna só.-

Entro no banheiro e deixo ele encostado na pia, que a popa o corpo totalmente na pia, olhei pra calça dele e depois para o rosto dele que tava mordendo os lábios com uma expressão de dor.

Abaixo a calça dele e ele me olha estranho, seguro no braço dele e deixo ele me frente ao vaso, se apoiando ele coloca uma mão na parede e outra segura o pau dele. Fico atrás dele o agarrando colocando o peso dele sobre o meu corpo, faço careta pelo peso dele.

Grego: terminei, pode soltar aí. -A voz dele sai baixa e rouca.-

Solto ele subo a calça dele, levo ele de volta para a cama que assim que deita solta um suspiro de alívio.

‐ eu vou chamar uma médica, volto já. -Ele balança a cabeça e eu saio do quarto, pela minha sorte encontrei a doutora que me mostrou o quarto dele antes.-

Falo pra ela que ele acordou e vamos até o quarto que ele estava, assim que ela ver ele dá um sorriso.

Doutora: vejo que o senhor já acordou, está sentindo alguma dor? Tontura?

Grego: não dotora, só uma leve dor na perna. -Ela se aproxima analisando o pescoço dele.-

Doutora: não faça muito esforço no pescoço. Eu vou dar um medicamento para passar a dor na coxa. -Ela se afasta e dá um sorriso para ele.- vou deixar você com a sua esposa. -Ela sai da sala e eu encaro o rosto confuso dele.-

Ela solta uma bomba e sai.

Grego: desde quando eu tenho mulher? -Fala confuso.-

‐ o jv teve que mentir, pq eles não deixam nenhuma pessoa que não tem parentesco ficar com o paciente. Não tinha ninguém para ficar com você, aí eu… -paro de falar e me sento na poltrona.-

Grego: aí eles tão achando que tu é minha mulher? Entendi. -Ele fecha os olhos e eu fico encarando ele.- pode ir pra casa dormir, depois você vem.

‐ não precisa, dormir o suficiente hoje. -Me ajeito na poltrona e ele abre o olhos encarando o teto.-

Grego: se tu quiser…pode deitar aqui comigo, tá ligado? Nos dá um jeito. -Solto uma risada e nego.-

‐ eu mesmo não, tu aí com a coxa machucada, só vai piorar com outra pessoa.

Grego: que nada, minha outra coxa não tá podre. -Paro de rir e dou um sorriso mínimo pra ele que me analisava.- eu tô falando sério.

‐ não precisa, já falei. -Dou de ombros e fecho os olhos.- nem faz 20 horas que você saiu da cirurgia, então fica quieto.

Grego: claro, esposa. -Fala irônico e eu abro os olhos e vejo um sorrisinho de canto nele.-

Encaro os olhos dele e vejo um certo brilho nele que me encarava com uma intensidade que me fez desviar o olhar.

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