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Elizabeth 🏐 

Acordo assustada sentindo o meu coração acelerado, me sento na cama com uma grande vontade de chorar, passo a mão no rosto quando algumas lágrimas começam a cair sem parar.

Levanto da cama e saio do quarto indo para o quarto do meu pai, verifico se ele tava bem e volto para o meu quarto.

Pego o meu celular e olho a hora que tava marcando seis horas da manhã, ligo pra Victoria e no terceiro toque ela me atende.

[Ligação]

Vic: o que foi em? -Escuto a voz dela rouca de sono-

‐ você tá bem? O bebê tá bem? -Falo rápido.-

Vic: sim liz, o que houve?

‐ Acordei assustada, liguei para você pra ver se tava tudo bem.

Vic: ta tudo bem, talvez foi um pesadelo, pq não volta a dormir.

‐ vou fazer isso, tchau vic. Qualquer coisa me liga.

Vic: tá bom, tchau.

Desligo e deito de volta, vou tomar a dormir e Acordo quando é de tarde, escovo os dentes e vou para sala que tava o meu pai sentado assistindo o jornal que começou.

Sento no sofá sem prestar atenção na reportagem.

Fernando: Victoria veio aqui apressada. -Ele fala tirando a atenção da televisão.- veio chorando mas logo foi embora quando eu disse que você estava dormindo. 

‐ sério? Ela vir aqui do nada é algo sério. -Levanto e vou para o meu quarto, pego o celular e sento na cama.-

Olho algumas mensagens dela falando que assim que eu acordasse era pra eu ir pro morro.

Não entendi e fiquei meio assim, até pq se eu fosse que ia acabar vendo o grego.

Mas é pela a minha amiga, é claro que eu vou.

Tomo um banho rápido e me arrumo bem simples, pego meu celular e cinquenta reais, antes de sair dou um beijo no meu pai e vou pro morro.

Eu não sei o porquê, mas o meu coração tá agitado hoje, como se algo tivesse acontecido e ele tivesse me alertando.

O uber para uns centímetros antes da barreira, desço do carro e pago o uber, passo pelos homens armados que parecia tudo com um semblante preocupado e ansioso.

Vou até a casa do jv, acho que já vim tantas vezes que já decorei o caminho.

Olho um pouco pra frente e vejo a mesma ruiva que eu já vi uma vez, ela passa por mim com um cheiro doce que eu já tinha sentindo em algum lugar, paro tentando lembrar e olho pra trás a onde ela também já estava me encarando, ela me olhou dos pés a cabeça com uma carranca na cara, levanto uma sobrancelha travando o maxilar.

Encaro ela dos pés até a cabeça, mas viro indo até o meu destino. Quando eu chego perto eu já vejo a Victoria encostada na porta com as mãos no rosto.

Me aproximo dela puxando o braço dela, os olhos dela estavam totalmente vermelho, como se estivesse chorando por horas.

‐ o que…o que foi? -Meu tom sai baixo e ela me abraça.-

Victoria: eu quero meu namorado liz, eu quero ele. -Fala soluçando de tanto chorar.- pq ele foi?

Olho ao redor e vejo algumas pessoas nos encarando.

‐ vamos entrar. -Puxo ela e fecho a porta, sento ela no sofá que desaba de tanto chorar.- me fala, o que houve?

Victoria: o…o João foi fazer a porra de um assalto, eu nem sabia que ele ia fazer um assalto, ele só disse que ia ficar de Plantão na madrugada. Eu fui atrás dele na boca hoje pq eu fiquei preocupada, chegando lá eu ganhei a linda notícia que ele foi fazer esse assalto e esse assalto tá passando em todos os canais liz. -Abraço ela que tava tremendo.- dois policiais morreram e um dos criminosos ficou ferido, então quer dizer que algum deles ficou ferido!

‐ meu…meu deus, Victoria. -Tento manter calma, sinto minhas mãos tremer.- Tenta se acalmar Victoria, lembre-se que não só tem você, lembre-se do bebê também.

Victoria: eu tô tentando, mas ele prometeu que não ia se envolver em coisa grande enquanto eu estivesse grávida. 

‐ calma, calma. -Passo a mão nos cabelos rebeldes dela.- fica calma, ok? Ele vai voltar ainda hoje.

Victoria: ele tem que vir, ele tem que voltar pra gente. -Passo cuidadosamente minha mão na barriga dela, aliso devagar.-

‐ descansa um pouco, eu fico aqui. -Sento no sofá, coloco a cabeça dela na minha coxa que se encolhe todinha- vai ficar tudo bem.

[...]

Escuto a porta sendo aberta e a luz sendo ligada, tento me acostumar com a luz, me pergunto em qual momento eu dormi.

Victoria da um pulo do sofá abraçando alguém que eu nem tinha reparado, o jv tava todo cheio de sangue e sujo.

Victoria: amor, você tá aqui, ainda bem meu deus. -Abraça ele que abraça ela também.- eu fiquei tão preocupada.

Jv: sim, tô aqui, Voltei pra vocês. -Fala com uma voz baixa e cansada.-

Victoria: você tá machucando? De quem é esse sangue. -Se afasta dele o analisando.-

Jv: eu tô ótimo…o grego que não tá, esse sangue é dele. -Victoria arregala os olhos e eu me levanto.- ele tomou dois tiros.

‐ m-mais tá bem? -Pergunto gaguejando de nervosa.-

Jv: pow, eu posso dizer que ele nasceu de novo. Um dos tiro pegou de raspão no pescoço, mais o tiro pegou do mesmo jeito pq saio sangue pra caralho, agora ele tá internado.

‐ meu..meu deus. -Ponho a mão na boca.- 

Jv: tenho que arrumar alguém pra ficar com ele no hospital, eu e os mano não pode pq tem ficha suja, a Sabrina viajou levando a Laura, eu não quero botar a Victoria grávida lá,até pq tem que ajudar ele a se levantar quando ele quiser ir no banheiro e ela não pode pegar peso. -Passa a mão no rosto.- o último jeito é pagar a…

‐ eu fico! -Ele me olha rápido.- eu fico com ele, até ele sair do hospital.

Victoria: tem certeza, Beth? -Concordo.- 

Jv: se tu quer mermo, eu resolvo isso ainda hoje, se pá ele saiu da cirurgia quase agora, eu vou tomar banho e vamos pro hospital onde ele tá.

‐ tá certo. -Ele sai da sala puxando o braço da Victoria, sento no sofá suspirando fundo.- Será que isso foi o certo a se fazer?

NO MEU MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora