capítulo 4

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Ficamos esperando o moço vir com o carro.

Ele parou o carro do nosso lado e entramos atrás, fique do lado do passageiro e a vic atrás do banco dele.

GV: mas qual é a gestão em? Cê disse que não ia vir por um bom tempo pow. -Falar dirigindo- manda o papo, sem caô.

Victoria: primeiro tenho que falar com jv, depois falo com tu.

GV: jaé então. - me encarar pelo retrovisor.- e tu mina? Mó bonita tu né.

- obrigada? - falo sem jeito.-

GV: cê tem namorado? Mora aonde? Tem quantos anos?.

Arqueio uma sobrancelha sem entender, por acaso tava tendo uma interrogatório aqui?

- não tenho namorado, tenho 16 anos. -Encarando o mesmo que tava concentrado nas ruas.-

GV: 16 anos? -Assentir.- novinha tu né. Mas vai fazer 17 ou fez 16 esse ano?

- Vou fazer 17 anos. -Digo querendo entender a onde ele quer chegar.-

GV: ainda bem né. Cê já tem praticamente 17, então é so arredondar pá 18 - ele vira e me encarando com um sorriso cafajeste no lábios.- vamo trocar uma ideia depois, tomar um sorvete ou açaí.

Victoria: ei meu filho, já pode tirar o cavalinho da chuva viu. -Disse se
intrometendo.- e tu para de ser palhaço,  que nem de rola ela gosta.

GV: oque? -Encarar nos rapidão.- papo reto mermo?

Como não sou boba nem nada, só concordei com a cabeça.

GV: ihh, qual foi morena, já queria meter um papo contigo pow.

- fazer oque né. -Dou de ombros.-

Ficamos calados pelo resto do caminho, fiquei até aliviada que ele nem fez nenhuma pergunta.

Sempre faço isso para me livrar de macho, meto uma logo que sou lésbica.

Isso aconteceu no Carnaval, um menino não queria largar do meu pé de jeito nenhum, falei que era lésbica mas ele disse que não ligava.

Fiquei dando um monte de foras nele, até beijei duas meninas na frente dele. E tu saio do pé? Pq ele não. Continuo insistindo, mas chegou um "amigo" meu e botou o Menino pra correr.

Fiquei tão distraída que nem vi o moço, vulgo gv parou o carro em uma praça, tava cheio de crianças brincando, soltando pipa, algumas jogando bola, tinha uns bar por que tava com algumas pessoas provavelmente bebendo em plena quinta-feira, algumas barracas de lanches.

Fiquei encarando tudo ali, parecia que todos estavam tão felizes, crianças sorrindo, algumas senhoras conversando sentadas em cadeiras na sombra, alguns bêbados no bar tava dançando uns forró eu acho.

Saio do meu transe quando o gv começou a falar.

GV:Fica esperando aí pow, eu vou brotar lá na boca e mando o papo o jv, suave?

Victoria: ta bom.

Saímos do carro e o bicho saio voando pelas ruas, ele passou pela frente do bar abuzinadando para alguns homens que estavam lá.

- bem diferente aqui né. -Falei pra vic-

Victoria: sim, a primeira vez que eu vim aqui, eu pensei que ia ser bem tenebroso, mas quando cheguei aqui foi bem legal, quando eu venho para cá, tá sempre assim. -Diz olhando em volta.-

- entendi.-Falo olhando algumas crianças brincando-

Ficamos conversando coisas boboas, minutos depois uma moto venho na nossa direção, o barulho da moto dava para ouvir de longe e a velocidade nem se fala.

- Quem é esse doido em?. -Cruzo os braços.-

Victoria: meu doido. -Encaro ela rapidamente- você sabe que eu gosto de uma adrenalina. -Da um sorriso-

- Meu deus.-Levo a mão na testa, suspirando.-

Vejo a moto parando um pouco distante de nos e vejo o mesmo descendo ajeitando o fuzil dele nas costas, ele encarar nois e veio todo sério.

××: Qual foi preta? -Fala se aproximando da Victoria.-

Acho que ele tem problema de vista, pq a bixa ta branca viu, se botasse um papel perto dela eu ate me confundia quem era o papel ali, mas vai que é apelido carinhoso né.

Victoria: precisamos conversar jv, assunto urgente. -Encarar ele serinha.-

JV: Pode pá, bora brotar ali na minha goma pra meter o papo. -Falar e me encarar.- Quem é tu?

Bem educado graças a Deus.

Victoria: amiga minha, ela veio pra não deixar eu vir sozinha.

JV: hum. - olhar pra vic e depois para mim- ei mina, fica ali a onde vende açaí,  pago dois açaí de 500ml pra tu, aí ei depois voltamos, tá mec?

Concordo rapidamente, não é todo dia que pagam dois açaí né.

JV:Pode pá, diz que é na conta do jv que ela libera.

-ok. -Falo encarando o mesmo-

JV: Vamo pretinha. - pegar na mão Victoria e sair andando.-

Victoria: ja já eu volto vida. -Falar olhando para mim-

Faço um belezinha e vou pra barraquinha que tinha lá perto.

-Boa tarde, eu quero um açaí de 500ml, bota na conta do .... jh? Ja? Como é nome dele mesmo?

Moça do açaí: seria jv não Moça?

-Isso! Jh - falo rápido- ele disse que era pra pegar dois açaí na conta dele que ele vai pagar.

Moça do açaí: Tá bom, espera aí moça, vai querer completo?

-Sim, a senhora pode arrochar leite viu. -Sorrir animada-

Moça do açaí: pode deixar. -sorrir.-

Fico esperando ela fazer, olho arredor q movimentação, de longe vejo uma menina morena dos cabelos cacheado segurando um bebê, e outra de cabelo vermelho liso atrás dela.

Fiquei encarando as mesmas, a de cabelo vermelho tava falando um monte de coisa, já a de cabelo cacheado nem tava ligando.

Voltei a minha atenção para mulher do açaí que me chamou.

Moça do açaí: aqui minha filha. -Entregar o açaí-

-Obrigada, dona..- espero ela falar o nome dela.-

Jaciane: meu nome é jaciane minha filha. -Sorrir.-

-Obrigada, dona jaciane. -retribuir o sorriso.-

Fiquei comendo numa boa, até me assustar com um grito.

Viro rapidamente e vejo que eram as mesmas meninas, a de cabelo vermelho tava gritando horrores e agarrando o cabelo da de cabelo cacheado.

Fiquei comedo pelo bebê que tava nos braços da mesma, já que pelo jeito ele podia cair a qualquer momento.

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NO MEU MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora