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Passo as mãos no meu joelho que já tava vermelho de tanto eu cair na areia, tento não ficar salvando a bola, porém vou por instinto.

Nosso placar já tava de 5 a 3, estávamos ganhando, só faltava mais uma partida pra ver quem ia ganhar.

Em um movimento rápido eu levanto a bola que vai diretamente na mão do Jefferson que ataca fazendo a bola ir com tudo no chão fazendo ele ganhar um ponto e conseguindo levar o time pra vitória.

Bato na mão dele que bagunça o meu cabelo me fazendo rir dele, ele pega a garrafinha dele e começa a beber água. 

Jefferson: vai querer beber água não Elizabeth? Toma aí. –Me entrega a garrafinha dele, pego da mão dele levando até a boca, porém paro no caminho quando um estrume me chama.–

Grego: o jogo acabou amor? Vamo pra casa, todos já querem ir. –Encaro ele sem entender, ele fica de braços cruzados encarando eu e o Jefferson.– vamos preta?

Ignoro ele entregando a garrafinha de volta, dou meu melhor sorriso pro Jefferson.

– O jogo foi ótimo! –Ele dá um sorriso.– você tem o meu número, quando quiser me chamar pra jogar de novo com os seus amigos eu vou aceitar.

Jefferson: claro Elizabeth, quando acontecer esse jogo de novo eu mando uma mensagem, te chamando. –Balanço a cabeça sorrindo e vou até o grego que Agarra minha cintura com força.–

–que foi em? Tá agarrando eu assim pq? E que estória é essa de amor? –Começamos a andar, ele segura minha cintura mais forte ainda dando um selinho nos meus lábios fazendo eu encarar ele sem entender.–

Grego: aquele cara tava cheio de intenções pro teu lado pow, ele pensa que eu não vi, gostei não, fica cheio de olhadinha pra cima da mulher do cara. –Encaro ele, mordo os lábios tentando não rir porém é falho quando ele me encara fazendo eu rir alto.– vai rindo aí pow, papo reto mesmo.

– desde quando eu sou tua mulher em grego? Se manca feio, que nem ficante tu é meu. –Ele para fazendo eu parar junto, ele me encara sério porém bolado.–

Grego: que porra de ficante oque mano, tu é minha mulher desde do dia que eu dormi lá na tua casa. Já tá no meu pente fia, no meu nome. –Me abraça forte e dá um beijo na minha testa, esse traficante é estranho.–

– tô nem sabendo disso, me poupe viu grego, só ficamos no máximo três vezes, tá ficando doido por acaso em homem? –Ele passa o cavanhaque na minha testa.–

Grego: não tem essa que só ficamos três vezes, se eu quiser eu peço pra tu vir morar comigo daí já somos casados. Tu é minha mulher e pronto, abraço o meu papo e anda na reta do destino. –Começa a andar me abraçando fazendo eu botar o rosto no peito dele.–

– Não é só assim grego, não sou sua mulher. Nem ficante fixo somos. Você conhece a palavra " conhecer" ? Então, primeiro vamos nos conhecer e depois pensamos em namorar. –Ele para de novo levantando o meu rosto, apoio me queixo no peito dele fazendo eu encarar o rosto perfeito dele.–

Grego: papo reto mesmo? Então tá mec pow. Mas tem isso de se conhecer não, nos namorados já tá no caminho de se conhecer. Então vamos namorar, traficante nem namorar pra começo de conversa pretinha, no momento que estiver junto, já é casado. –Reviro os olhos e ele bota a mão na minha bunda.– mas com tu eu namoro só pra tu tirar esse papo aí teu.

– não grego, vamos nos conhecer mais. Não tem isso de namorar desse jeito.

Ele não fala nada encarando o mar todo sério com o maxilar travado, provavelmente ficou bolado comigo, porém eu não posso fazer nada, não vou namorar uma pessoa que eu só vi uma cinco vezes.

Grego: é melhor voltar logo, tô vendo daqui a Sabrina discutindo com o fael de novo. –Diz olhando pra frente, viro a cabeça pra trás e olho pra Sabrina que tava com Lucas no colo, ela apontava o dedo na cara do fael que tá a sentando na cadeira olhando pra ela todo sério, em um movimento rápido ele levanta com tudo ficando de frente pra Sabrina.– porra, esses porra vão querer se pegar no tapas aqui mesmo, vamos pretinha. –Pega na minha mão andando rápido até o lugar que estávamos.–

Quanto mais nos aproximamos, os gritos deles dois estavam presentes, algumas pessoas que estavam no lugar, que eram bem poucas, estavam encarando eles.

Sabrina: eu quero que você vá tomar no cu! Tu acha que eu tenho cara de otária? Tu deu em cima dela que eu ouvi muito bem! –Empurra ele com o dedo fazendo ele dar um tapa na mão dela.–

Fael: dei em cima o'que caralho! Tu viu porra? Tá com o rabo cheio de cachaça aí, se tu vim querer bater em mim de novo tu vai achar o teu porra. –Empurra ela que vai pra trás um pouco.–  ainda vem querer brigar com o meu filho no colo, Tá louca?

Jv: ta bom caralho! Presta atenção aonde nós Tá. Aqui não é o morro pra vocês aí querer se quebrar no pau e depois ficar na boa. –Puxar o fael com tudo.– vamos, lá vocês conversam. Sabrina, dá o Lucas pra Laura e vai de moto com o gv.

Ela não fala nada só dá o Lucas pra Laura e sai sem olhar pra trás. Gustavo fala algo no ouvido do gv fazendo ele dar a chave da moto na mão do Gustavo, Gustavo pega e sai da praia com a camisa no ombro.

Grego: já tá bom, vai pro carro fael. –Fael não fala nada e sai com o jv do lado dele.– é cada coisa viu, vamos pretinha. –Aperta minha mão.–

Victoria: acho melhor irmos embora amanhã. eles assim, só vão dar problema. –Concordo, ela sai com o gv e a Laura, deixando grego e eu.–

– pega meu short aí? Cuidado que meu celular tá enrolado nele. –Grego pega meu short me entregando, tiro o celular e dou na mão dele que guarda no bolso.– acho que vou sem short.

Grego: vai nada, vai de moto e a tua bunda vai ficar aparecendo. 

– tou com a tua blusa,não vai aparecer nada. –Puxo a mão dele que resmunga.– Toma, leva meu short. 

Grego: vou levar uma porra, leva tu pow. –levanto o short fazendo ele encarar  e arracar da minha mão fazendo eu rir.–

Começamos a andar, grego fica falando um monte falando que era pra vestir o short, pq os "caras" ia ficar olhando pra minha bunda. Cortei logo ele dizendo que se ele continuasse eu ia chamar um uber para voltar, ficou calado num instante.

Quando chegamos na casa tava no maior silêncio, grego para a moto e eu desço.

– Tá muito silêncio, vou pro meu quarto pra tomar banho. –Quando eu ia, o grego agarrou minha cintura.– que foi? Vou tomar banho.

Grego: Toma banho comigo? –Nego.– ihhh, qual foi? O mano lá tá no quarto lá.

‐ idai? Deixa eu tomar banho, tô com sono depois dessa praia, só vou tomar banho e dormir. 

Grego: então vai dormir comigo? Em? 

-não sei grego, vou pensar no seu caso. –Me solto dele e começo a andar.– mas tarde eu pego meu short e dou sua blusa.

Grego: aproveita e dorme comigo. –Não falo nada.–
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NO MEU MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora