NO MEU MORRO

capítulo 8

Victoria 💋

Faz mais de meia hora que ele está com a cabeça baixo com a mão no rosto.

E eu só faço é chorar, meu rosto deve tá ridículo de tanto chorar, já tô vendo que vai ficar inchando depois.

Quando nos chegou, eu já fui puxando ele pro quarto sentando o mesmo na cama.

Fiquei nervosa mas contei tudo de uma vez, ele simplesmente olhou pra minha cara sem reação e depois abaixou a cabeça.

Tô aqui meia hora chora esperando ele falar algo.

- fala alguma coisa caralho. -Falo alto, soluçando depois.-

JV: você espera que eu diga oque?. -Levantar a cabeça me encarando.- eu não esperava isso.

- você acha que eu esperava? Não fode João. -Falo irritada.-

JV:Abaixa a bolinha aí pow, tô falando palavrõ não. - Falar sério.-

Engulo seco na hora.

- oque vamos fazer? Não contei pra minha mãe. Ela vai acabar botando pra rua quando descobri. Falei só pra uma amiga.

JV:Oque vamos fazer eu não sei. Tu não tava tomando remédio? Que caô é esse agora?

-eu tava, mas porra, lembra não da uma última vez que transamos? Eu não tinha tomado injeção ainda.

JV: mas que porra, Victoria. -passar a mão no rosto.-

JV:Acho melhor você..-parar por um momento.-

- NÃO! Eu não vou abortar se você queria dizer isso, eu vou cuidar sozinha do meu filho, e eu tô foda-se se você quer que eu aborte, a porra do corpo é meu! -Falo alterada, batendo no peito.- tô terminando os estudos, falta só esse ano que já tá acabando, eu posso muito bem trabalhar.

- meu filho não precisa de um pai como você, tchau João Vitor, espero ternamente nunca mais ver a sua cara.
-viro indo até a porta, mas paro bruscamente quando ele me pega e me joga na cama.- há! Você tá louco?  -Tento levantar mas ele me empurra de volta.-

JV: porra, deixa eu falar caralho! -Falar bravo.-

- prossiga, só todos ouvidos. -Debochar.-

JV: muita paciência viu. -Resmungar baixinho.- eu não ia mandar cê abortar preta, tá chapada? Que papo de abortar oque. Eu só ia falar pra cê ficar aqui, quando você falasse pra sua mãe.

Encaro ele, ele tava sério mas que o normal.

-Tá falando sério? -Engulo o choro.-

JV: Tô pow, papo reto. Tu acha mermo que eu ia mandar tu abortar um filho meu? Tá viajando truta? Mó mancanda tu pensar isso. -Falar bolado.-

-Você queria oque? Você leva uma vida diferente, cada dia uma puta diferente tá sentando em tu. -Falar sincera.- ainda mas, nem vai dar pra eu morar aqui, não temos nada, a não ser o nosso filho que temos veículo agora. Fora isso, nada.

JV: eu tô ligado, mas podemos mudar isso pow. Vamos ser só nós dois apartir de hoje, sem terceiros ou quartos. Só nos dois por enquanto.

-Por enquanto? -Falo sem entender.-

JV: Sim preta, até quando o bebê nascer, aí vai ser nos três. -Falar sorrindo.-

-Mas, poxa. Não temos sentimento nenhum, como vamos fazer isso?

JV: pow, cê tá ligada que temos ummm... que chama aquilo mesmo?

- Química? -Falo arquiando uma sobrancelha.-

JV: isso pow, e não é de agora, desde quando começamos a nos encontrar, cê tá ligada.

JV: vamos começar algo, só eu e você.

- E se você transar com outras? Pode ter certeza que eu faço questão de sentar pra outro, nem que eu fiquei careca, mas eu e você fica como cornos. -Falo séria.-

JV: ihhh, papo feio esse teu em? Tá malucona é? Eu falei sem terceiros.

- você jura? -Pergunto receosa.-

JV: juro, se eu descumprir, você pode meter o pé, vou deixar tranquilo. -Sério.-

-Ok,então.

JV: agora vem aqui preta, nem me deu um beijo. -Falar deitado por cima de mim.-

- Por que será né? -Ironizo.-

Ele beija meu pescoço e vai subindo pra clavícula, depositando uma mordida ali, e depois dando um selinho demorado.

JV: cê tem que confiar em mim, tá bom. -Falar me encarando.-

- Tá bom.

Ele começa a me beijar de volta.
Vocês acreditam no que ele prometeu? Pq eu não. Homem é uma raça safada, jura na tua cara, depois tá metendo a rola em outra.

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