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Maratona:2/4

Olho para Victoria que me fez carregar todas as sacolas do shopping, fomos para o shopping comparar as nossas roupas de Natal e ano novo.

Me arrependo de vindo com ela, tô carregando todas as bolsas, e ela só comendo sorvete.

O tal cebolinha deixou nos na praça pq a vic queria sorvete, e nem é meio dia ainda.

Victoria: tira essa cara aí, eu nem ia comprar as minhas roupas no shopping, ia comprar por aqui mesmo. -Dá uma mordida na casquinha sujando a boca.- porém, o João disse que eu não ia comprar por aqui, que eu ia comprar a onde eu sempre compro.

‐ isso ia mudar em que? -Levanta a sobrancelha e ela dá de ombros.-

Victoria: eu acho que é pelo fato das que eu tenho, você sabe, que eu já peguei as minhas coisas lá no apartamento da minha mãe, aí ele ficou olhando para as minhas roupas e ficou estranho, tá ficando mais de plantão.

‐ talvez pelo fato que as suas coisas são tudo cara e de marca, você não tem uma coisa que não seja de marca Victoria. Acho que ele não queira que você fica toda coisadinha querendo voltar para o luxo que a tia Luísa te dava. -Falo revirando os olhos.-

Victoria: não revira os olhos não, eu nem ligo pra isso, o que de pra vestir tá ótimo.

‐ tu fala isso, mas se tiver um buraco pequeno na sua roupa, você nem sai, falta chorar. Ou você não se lembra quando eu levei você para comemorar o aniversário da minha vó na casa dela.

Victoria: ahh, mas é diferente, aquela roupa era feia e sem moda nenhuma. Não é por nada não, você tem uma cara de metida a besta, mas quando vê a sua família, um bando de farofeiros. -Debocho da cara dela.- eu tô falando sério, mora em apartamento, em frente a praia e tudo. Mas quando te conhece mais, aí sabe como a sua família é.

‐ posso fazer nada, só tenho tudo isso por causa do meu pai que trabalhou muito. Se não fosse isso, acho que eu ainda iria estar morando perto daquela casa onde meu primo Bernardo mora.

Victoria: aquela casa que você morava é bonita. -Concordo e ela fecha a cara.- chegou quem não devia.

‐ que? -Uma ruiva apareceu do nosso lado, reconheço na hora a ruiva que me olhava com desprezo.-

Victoria: Alguém te chamou aqui? Pega o teu caminho, Sandra. -Fala irritada, porém a mulher só cruza os braços fazendo cara de deboche mastigando um chiclete.-

Sandra: não vim falar com você, mas se bem que eu devia falar, cuidado em mana, a corna é a última a saber das coisas. -Cruzo os braços olhando para ela que me encarou.- é tu mesmo que eu quero falar.

‐ pode falar, sou toda ouvidos. -Mantenho o rosto erguido olhando bem para o rosto dela.-

Sandra: fica longe do grego, escutou? Agora ele é meu, então fica bem longe dele pra eu não arrancar esse teu cabelo. -Aponta o dedo na minha cara, dou um tapa no dedo dela.-

‐ Olha moça, se ele é teu ou não,problema é seu. Não tou correndo atrás dele nem nada para você vir aqui, nesse horário para infernizar achando que eu tô atrás dele. E outra, nem te dei intimidade para você vir aqui falar merda e de quebra apontar o dedo na minha cara.

Sandra: sim minha querida, só vim da esse aviso. Na próxima o aviso vai ser outro. -Dou risada achando tudo engraçado.- tem alguma palhaça aqui? Sua puta, eu sei que tu quer pegar o meu marido. -Levanto na hora e a Victoria segura a minha mão.-

‐ Olha, se o grego é teu marido ou não agora, aí já não é comigo. Mas você vir aqui, se rebaixando na frente dessas pessoas por causa de macho, fica péssimo Para você, se valoriza e para com essa palhaçada.

Sandra: palhaçada nada, eu seu que tu quer sentar de novo pra ele. -Fala gritando- mas fique ciente que agora ele tem fiel, e eu aqui. -Bate no próprio peito e eu dou um sorriso debochado achando aquilo uma palhaçada, uma mulher dessa se rebaixando a esse nível.-

Em um movimento rápido ele puxa o meu cabelo que tava solto e para frente, ela sai me puxando até chegar no meio da rua. Fico sem entender nada e ela começou a me xingar batendo e puxando o meu cabelo, no fundo eu escuto a bicicleta gritando e se aproximando.

Fico com ódio por tá passando essa vergonha sem eu ter nada haver, dou um murro certeiro no meio dos peitos dela que soltou o meu cabelo um pouco colocando a mão no peito, levantei a cabeça e começando a distribuir murro na cara dela que foi soltando o meu cabelo e andando para trás, ela passou as unhas enormes no meu rosto que ardia.

Empurrei ela no chão dando várias sequência de tapas e murros na cara dela que arranhava o meu braço.

‐ você achou mesmo que vindo até a minha pessoa.- Bato a cabeça dela no chão que grunhir de dor.- achou que eu era dessas que não sabia brigar só pq eu moro em Copacabana? Só pra ficar de alerta quando você quiser vir brigar comigo, eu sei muito brigar e arrancar cabelo também. -Dou um murro no nariz achatado dela que grita mandando eu parar.- sua puta, agora que você começou, aguente.

Sinto um puxão no meu braço me tirando de cima dela, cravo as minhas unhas no pescoço da pessoa arranhando fazendo o grunhir de dor.

Grego: filha da puta, na cama você não faz isso. -Puxa as minhas mãos pra cima e agarra o meu corpo.- fica quieta, papo reto.

Suspiro cansada e irritada com a ruiva que está sendo levantada pelo cebolinha. -O grego soltou o meus braços mas agarrou o meu corpo impedindo que eu me soltasse.- oque aconteceu aqui? -Fala alto e a vagabunda já foi botando cara de choro.-

Sandra: eu só fui falar com a Victoria e essa menina aí já foi voando pra cima de mim, dizendo que era pra eu ficar longe de você, que ela era a primeira dama e sua fiel. -Solta lágrimas de crocodilo e eu dou uma risadinha debochada-

Grego: que papo esse, Elizabeth? -Olho pra ele por cima do ombros.-

‐ Olha grego, não tenho nada haver com quem você se relaciona. Mas você  segura as suas  mulheres, eu não quero nada sobre o meu nome ou cochicho que eu tô correndo atrás de você. -Me solto dele e olho pro lado vendo um pretinho que eu reconheci em segundos, ele tava com a camisa de time e um fuzil nas costas.-

Oh não.

NO MEU MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora