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Grego 🎭

Puxo mais um sentido o meu coração bater rápido e os meus olhos embaçar um pouco, olho pro fael que tava falando com o gv.

Gv: Tô te falando mano, Laura tá pegando o moleque da rocinha, quando a mina passou por mim fingiu nem me conhecer, mandada filha da puta.

Fael: bom pra ela né, tava na hora de arrumar alguém. -Bate com os dedos no braço da cadeira.- tá bem aí grego, tá suando cara.

‐ tô tranquilo, na boa. -Olho pra algumas meninas que tava sentadas na praça conversando e me olhando, nego e abaixo a cabeça.- Só esse bagulho aí do assalto está perfurando minha mente, tô achando que algo vai acontecer.

Fael: fica mec, já olhei tudo e tá tudo certinho. Vai dar tudo certo no assalto lá. -Balanço a cabeça puxando mais um.- mas se pá, nos devia dar um descanso depois desse assalto, quero ficar na boa por enquanto.

Gv: também, tem um bagulho que tá martelando a minha cabeça, mas deixa quieto pq é bagulho meu.

‐ Depois daquele bagulho lá, vou me afastar um pouco do tráfico, tô sentindo que talvez eu não vou passar desse ano. -Sinto meu coração acelerado e passo a mão na cabeça.- se pá, tô sentindo algo errado.

Gv: Deve ser muita droga no teu corpo, tá todo neurótico aí. -Passa a mão na cabeça pegando o celular.- jv disse que vai vir mais tarde, Elizabeth machucou o pé e foi pro médico ver. -Olho pra ele rapidamente.-

‐ mas ela tá bem? -Ele dá de ombros mexendo no no celular.- vou piar pra minha casa, dormir mais pra porra do assalto não ficar com sono, quero tudinho de madrugada aqui, essa porra vai chover dinheiro.

Fael: tem que chover mermo, não quero morrer pq tenho um filho pra criar e uma mulher pra conquistar.

Gv: ihhh, tá viajando jão? Vai achando que Sabrina voltar com tu, tá sonhando mermo viu. -Fael dá dedo encarando ele boladão - nessa mesa só tem eu de fiel, pq nem o próprio fiel que tem o vulgo de fiel é fiel. -Encaro ele bolado também.-

‐ se fuder, filha da puta. -Levanto dando um murro fraco na cabeça dele.- três horas quero tudinho aqui.

Fael: pode pá, vai falar paizão. -Nego rindo e saio do estabelecimento -

[...]

Olho para as ruas enquanto a Van balançava, olho pro jv tava rezando pela décima vez pedindo para voltar vivo pq queria ver o filho dele, gv com a cabeça baixa e o fael mexendo no celular parecendo conversar com alguém, os moleque tava tudo conversando baixinho.

Aperto o fuzil na minha frente fechando os olhos, peço a Deus para voltar vivo, não quero morrer agora eu nem fiz um pivete ainda pow.

Lembro de alguns momentos que eu passei na minha vida, lembro de cada memória foda que eu passei com os manos até chegar na cacheada.

Lembro dela dormindo no meu peito com um bico maior que o cabelo dela, quando ela mandou eu lavar o cabelo dela já que eu tinha feito um nó depois de uma transa foda, quando ela fez um bagulho lá no meu rosto e no dela e o meu rosto ficou com cheiro de morango e eu fiquei reclamando a noite toda, a nossa última foda antes que eu fiz essa besteira toda, os olhos dela brilhando enquanto me olhava.

Solto um suspiro pesado pensando nela.

Sinto falta dela, do cheiro de chocolate do cabelo dela, da voz fina que antes eu me irritava só de ouvir, risada escandalosa quando realmente achava algo engraçado.

A Van para no outro lado da rua, os moleques olham um para o outro e eu fico de pé.

‐ eu quero todo mundo vivo, entendeu caralho? -Eles concorda.- vai leleco, começa aí.

Leleco: jaé chefe. -Ele abaixa o gorro e abre a porta da Van saindo rápido com o fuzil.-

Os outro moleques sai da Van, faço uma oração rápida e saio também, hoje é tudo ou nada.

[...]

Continuo colocando os bolos de dinheiro na mochila até o pica-pau aparecer suado.

Pica-pau: de merda grego, a polícia tá vindo aí. -Escuto tiros ser acessado.- fudeo chefe, o plano molhou

‐ molhou o caralho, pega essa bolsa aqui. -Jogo a mochila pra ele que pega e sai correndo, faço o mesmo segurando o fuzil.-

Saímos do banco dando já de cara com os manos atirando nos policiais que fazia o mesmo, começo a acessar fogos contra eles, faço isso até ficar próximo da Van, encaro o jv que tava ficando pra trás e vou até ele dando vários tiros nos policiais que tava trás de um carro.

‐ CORRE, PORRA! CORRE! -grito pra ele que vai indo para trás e começa a correr até a Van.-

Os policiais para de dar tira mas eu continuo, vou indo para trás chegando perto da Van, escuto o fael gritando mandando eu voltar logo pra Van.

Olho pra trás um pouco mas escuto dois disparos fazendo meus olhos arregalar, caio no chão de joelhos sentido meu pescoço e coxa arder, olho ao redor e os dois policiais que atiraram caiu no chão morto.

Meus olhos começam a ficar embaçado tento estancar o meu pescoço, o fael ficou do meu lado puxando os meus braços enquanto gritava com alguém.

Sinto lágrimas saindo dos meus olhos, arrependimento bateu por não ter falado o que eu sentia pela Elizabeth, por machucar ela.

Meu corpo ficou mole e os meus olhos fechando.

‐ amor.. Elizabeth...

Minha vista ficou totalmente escura.

NO MEU MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora