CAPÍTULO 4 - POR QUE SEMPRE FOGE?

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Esse capítulo contém agulhas e sangue

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Esse capítulo contém agulhas e sangue. Caso tenha gatilho ou agonia, recomendo pularem essa parte.

- Podem ficar a vontade, queridas. - a enfermeira disse, com um ar de gentileza.

Na sala de consulta, a luz fluorescente criava um ambiente impessoal, destacando a atmosfera clínica. Sentei-me na cadeira, as mãos apertadas, enquanto a enfermeira preparava o necessário para a retirada de sangue. O odor familiar dos produtos de limpeza pairava no ar, adicionando uma nota adicional de antecipação.

Não é a primeira vez que tiro sangue, mas por que sempre fico tão nervosa?

- Ela já tirou sangue alguma vez? - a enfermeira perguntou gentilmente para a minha mãe, que sempre me acompanhava nesse tipo de consulta.

- Já sim. Não sei se te informaram, mas Lisi precisa tirar sangue de vez enquanto.

Cristina, minha mãe, tomou a iniciativa de explicar à enfermeira sobre a peculiaridade do meu sangue raro durante a consulta para a retirada. Com uma expressão serena, ela compartilhou a informação necessária, destacando a importância de monitorar periodicamente meu tipo sanguíneo único.

Enquanto minha mãe detalhava a necessidade de tirar o sangue em certos intervalos, eu me esforçava para manter a compostura, enfrentando a persistente tontura. A enfermeira, agora mais ciente da singularidade da situação, ajustou o procedimento com cuidado, proporcionando uma sensação de alívio ao reconhecerem as particularidades dessa rotina médica.

A presença tranquilizadora de minha mãe, ao explicar a complexidade do meu sangue, tornou-se uma âncora momentânea durante o procedimento. Em meio à vertigem e à conversa entre elas, ficou claro que a retirada de sangue era mais do que uma tarefa médica; era um ato cuidadoso e necessário para preservar minha saúde única em Mystic Falls.

Falar do meu tipo sanguíneo raro me faz ter vergonha de mim, por eu não ser igual as outras pessoas nessa área da vida.

- Bem, Lisi. Pode ficar confortável querida, garanto que vou tomar cuidado com você. - a enfermeira disse. Ela então começou a se aproximar de mim, com um álcool e um algodão na mão.

O frio toque do álcool na pele foi o primeiro sinal de que a agulha logo seguiria. Uma pontada de nervosismo percorreu meu corpo, intensificada pelo som suave do preparo da seringa. Observar a agulha em cima da mesa mesmo que de forma discreta, desencadeou uma sensação mista de vulnerabilidade e curiosidade. Ela afastou o algodão da minha pele e o posicionou em cima de uma mesinha branca.

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